Geografia da Amizade

Geografia da Amizade

Amizade...Amor:
Uma gota suave que tomba
No cálice da vida
Para diminuir seu amargor...
Amizade é um rasto de Deus
Nas praias dos homens;
Um lampejo do eterno
Riscando as trevas do tempo.
Sem o calor humano do amigo
A vida seria um deserto.
Amigo é alguém sempre perto,
Alguém presente,
Mesmo, quando longe, geograficamente.
Amigo é uma Segunda eucaristia,
Um Deus-conosco, bem gente,
Não em fragmentos de pão,
Mas no mistério de dois corações
Permutando sintonia
Num dueto de gratidão.
Na geografia
da amizade,
Do amor,
Até hoje não descobri
Se o amigo é luz, estrela,
Ou perfume de flor.
Sei apenas, com precisão,
Que ele torna mais rica e mais bela
A vida se faz canção!

"Roque Schneider"



Quem sou eu

Salvador, Bahia, Brazil
Especialista em Turismo e Hospitalidade, Geógrafa, soteropolitana, professora.

domingo, 23 de março de 2014

Demografia: Brasil supera 200 milhões de pessoas; população está mais velha e tem menos filhos.

Em 2013, a população brasileira ultrapassou a marca de 200 milhões. A projeção oficial da população pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) estimou em 201.032.714 habitantes a população absoluta do país. Pela primeira vez, a marca de 200 milhões foi superada -- a última marca, de 2012, apontava 199.242.462 habitantes.
Os dados constam no estudo Projeções Populacionais (2000-2060) - Estimativas de população 2013, divulgado em agosto deste ano pelo IBGE, e que revela, além do aumento da população, o envelhecimento dos brasileiros.
A pesquisa mostra que a população brasileira cresceu 0,9 % em relação a 2012. Do total de habitantes, 43,6 milhões estão no Estado de São Paulo, o mais populoso, seguido de Minas Gerais (20 milhões) e do Rio de Janeiro (16 milhões).
Apesar do aumento, as estimativas apontam que o crescimento populacional no país deve entrar em ritmo de desaceleração depois de 2042, quando devemos chegar à marca de 228,4 milhões de pessoas. Depois de atingir o pico populacional, a quantidade de brasileiros começará a cair e as famílias pequenas serão a maioria. Espera-se um cenário com mais idosos e as mulheres tendo menos filhos.
Mais velhos e com menos filhos
Essa queda está relacionada à redução da taxa de fecundidade das brasileiras. As mulheres estão engravidando cada vez mais tarde e optam por ter poucos filhos. Isso se deve, em parte, à adoção de métodos anticoncepcionais mais eficientes e à entrada da mulher no mercado de trabalho. Em 2000, a média era de 2,39 filhos por mulher. No Censo 2010, foi de 1,91 filhos. Em 2013, a estimativa baixou para 1,77 filhos, média que cairá para 1,5 em 2030.
Nesse cenário, o Brasil já tem um número menor de nascimentos do que o necessário para repor a população. A lógica é que um casal tenha, ao menos, duas crianças para "substituí-los" no futuro.
Com a redução dos nascimentos, a quantidade de pessoas mais velhas será maior – o IBGE estima que em menos de 50 anos, um em cada quatro brasileiros será idoso. A expectativa de vida também deve aumentar: hoje é de 74,8 anos e, em 2060, deve chegar a 81,2 anos.
E qual seria a consequência para o Brasil de uma população mais velha? O país terá que lidar com a queda do crescimento populacional. Nesse caso, ocorre perda de poder econômico, menos pessoas estarão em idade para trabalhar, para pagar impostos e contribuir para a previdência dos mais velhos.
Embora seja um país populoso, as estimativas do IBGE não apontam grandes mudanças na ocupação das áreas, ou seja, o Brasil deve continuar como um país pouco povoado (relação entre o número de habitantes e as áreas habitadas), já que a população está distribuída de forma irregular no território.
País vive “transição demográfica”
A demografia é o estudo das características e mudanças da população através de indicadores como taxas de fecundidade, natalidade, mortalidade, expectativa de vida, população absoluta, crescimento vegetativo, entre outros. Boa parte dessas informações é obtida através do censo do país, processo total de coleta e análise de dados demográficos, econômicos e sociais, referentes a todas as pessoas no Brasil.
O primeiro censo demográfico brasileiro foi realizado em 1872, por ordem do Imperador D. Pedro 2º. Na ocasião, foi feito o levantamento do número de habitantes oficial do país. Desse período até 1940, o recenseamento era realizado a cada 20 anos, quando passou a ser feito a cada dez.
Este processo de mudanças no perfil da população brasileira – redução no crescimento e o envelhecimento -- é chamado de “transição demográfica”. O conceito foi criado pelo demógrafo Warren Thompson, em 1929, e descreve o período de transformação de uma sociedade pré-industrial para uma moderna ou pós-industrial. Segundo Thompson, o perfil atual da população brasileira indicaria que o país está na última fase dessa transição.
O demógrafo caracterizou essa fase pós-industrial por taxas baixas de natalidade e mortalidade e taxas de fecundidade abaixo da taxa de reposição populacional. Há ainda aumento na proporção de idosos – levando a uma mudança no desenho da pirâmide etária, que passa a ter a base (população mais jovem) mais estreita, e topo (mais velhos) mais largo –, o encolhimento da população e a necessidade de imigrantes para trabalhar nos empregos de mais baixo salário.
DIRETO AO PONTO
Em 2013, o aumento da população fez o país chegar à marca de 201.032.714 habitantes. Os dados levantados pelo censo na estimativa divulgada pelo IBGE, aponta que a população brasileira deve ter uma mudança de perfil nas próximas décadas. A partir de 2042, as características demográficas do país serão: menor crescimento populacional, famílias pequenas e crescimento da população idosa.
Essa mudança é explicada pela queda na taxa de fecundidade, que é hoje de 1,77 filhos. A queda pode ser explicada, entre outros motivos, pelas mudanças no papel da mulher na sociedade. Esse valor é menor do que o necessário para garantir a reposição da população.
O IBGE estima também que aumentará a expectativa de vida do brasileiro até 2060: hoje é de 74,8 anos e, em 2060, deve chegar a 81,2 anos.  O aumento da expectativa de vida aliado à redução da taxa de natalidade deve levar à  predominância da população com mais idade no país.


Fonte: http://vestibular.uol.com.br/resumo-das-disciplinas/atualidades/demografia-brasil-supera-200-milhoes-de-habitantes-populacao-esta-mais-velha-e-com-menos-filhos.htm

Blocos Econômicos

1- Blocos Econômicos
A integração regional é um instrumento fundamental para que um número cada vez maior de países possa melhorar a sua inserção no mundo globalizado, uma vez que eleva o seu nível de competitividade, aumenta as trocas comerciais, permite o aumento de produtividade, cria um maior crescimento econômico e favorece o  aprofundamento dos processos democráticos.
A partir de 1990 a regionalização econômica se fortaleceu, com o fim da Guerra Fria, o que tem provocado uma maior interdependência econômica mundial. Surgindo aí os BLOCOS ECONÔMICO.
O que são Blocos Econômicos
É uma união de países com interesses mútuos de crescimento econômico e, em alguns casos, se estende também á integração social desses países. Tem como uma das ideias principais a visão de que haja uma integração maior entre países e a facilitação no comércio entre eles pode beneficiar a ambos  ter um crescimento maior e em conjunto. São associações de países que estabelecem relações econômicas privilegiadas entre si. Os primeiros blocos surgiram em 1956 com a criação da CECA (Comunidade Europeia do Carvão e do Aço), na Europa. Esse grupo foi  formado inicialmente pela Bélgica, Alemanha Ocidental, Holanda, Itália, Luxemburgo e França. E em 1957 com a criação da Comunidade Econômica Europeia (CEE), atual União Europeia (UE). Depois desse grupo, principalmente depois da Guerra Fria, mais e mais Blocos Econômicos foram se formando.
Na América se destacam o Nafta, o Mercosul e, em menor grau, o Pacto Andino e o Caricom; na Europa, a UE e a Comunidade dos Estados Independentes (CEI); na África há o SADC; na Ásia, o Asean. Também está em fase de implantação o bloco transcontinental Apec, que reúne países da América e da Ásia, e continuam as negociações para a formação de um bloco abrangendo toda a América, o ALCA.
Fases ou Tipos de Blocos Econômicos.
São definidos cinco estágios ou tipos de Blocos Econômicos.
1. O primeiro seria a determinação de uma Zona de livre comércio, que significa que produtos produzidos por um país podem entrar em países que têm esse acordo de livre comércio com ele, isento de taxas e burocracias tradicionais de uma importação normal. Como exemplo temos o NAFTA (Tratado Norte-Americano de Livre Comércio), MERCOSUL (Mercado Comum do Sul), U.E. ( União Europeia), APEC (Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico), CARICOM; (Comunidade do Caribe) e CEI (Comunidade dos Estados Independentes).  
2. Numa segunda fase, de interesses mais amplos, temos a união aduaneira que apresenta  a implementação de condutas de comercio, além de regras para comércios com países que não fazem parte dessa união. Pois  além de ser uma Zona de Livre Comércio, resulta de uma mesma regulamentação para o comércio dos países do bloco com outras nações, adotando, assim, a chamada Tarifa Externa Comum (TEC) a qual permite estabelecer uma mesma tarifa aplicada a mercadorias provenientes de países que não integram o bloco, contudo  nessa fase o intercâmbio restringia-se à circulação de bens. Como exemplo temos, o MERCOSUL e a U.E.    
3. A terceira fase é a criação de um mercado comum, que implica numa integração maior entre as economias e regras de comércio interno e externo, além de englobar a passagem de mercadorias, pessoas e capital entre esses países de forma livre, ou seja engloba a Zona de Livre Comércio e a União Aduaneira, além de permitir a livre circulação de pessoas, mercadorias, capitais e serviços entre os países-membros. Como exemplo temos o MERCOSUL, a U.E.
4. A quarta fase é considerado o estágio máximo de ligação é de união econômica e monetária, que é um mercado comunitário, mas com o diferencial de ter uma moeda comum em circulação nos países que compõem esse grupo. Como exemplo temos a U.E. 
5. A Quinta fase é a União Política e Militar, ocorre quando os membros após constituírem o mercado comum e a união monetária se comprometem com a política comum de relações externas de defesa e segurança, onde temos como exemplo a U.E.
Esses estágios são baseados nas fases passadas por Bloco Econômicos, mas não são uma ordem obrigatória para sua criação.
A atual União Europeia (U.E.), surgida da criação, em 1957, da Comunidade Econômica Europeia (CEE), representa o mais avançado estágio desse processo de integração em blocos econômicos, inclusive com a adoção de uma moeda comum, o Euro, e agora também política, com o funcionamento de um Parlamento Europeu fortalecido, que tem sede em Estrasburgo, na França, formado por deputados dos países da Comunidade Europeia, eleitos pelos cidadãos dos países-membros para representá-los num fórum supranacional.
Na atualidade existem no mundo 37 Blocos Econômicos, conforme relação abaixo.
Países ACP- (Associação de países da África, Caribe e Pacífico)
ACP-UE - (Acordo de Cotonou. Um acerto comercial entre a União Europeia)
AEC - (Associação dos Estados do Caribe)
AELC - (Associação Europeia de Livre Comércio)
ALADI - (Associação Latino-Americana de Integração)
ALALCt - (Associação Latino-Americana de Livre Comércio)
ALBA -  (Aliança Bolivariana para as Américas)
ALCA - (Área de Livre Comércio das Américas)
APEC - (Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico)
ASEAN - (Associação de Nações do Sudeste Asiático)
CEFTA- (Acordo Centro-Europeu de Livre Comércio)
CAFTA-DR - (Comunidade de Livre Comércio entre Estados Unidos Central e República Dominicana)
CAN - (Comunidade Andina de Nações)
CAO- (Comunidade da África Oriental)
CARICOM - (Comunidade do Caribe)
CARIFTAt - (Associação de Livre Comércio do Caribe)
CEA - (Comunidade Econômica Africana)
CEDEAO - (Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental)
CEEA - (Comunidade Econômica Eurasiática)
CEEAC - (Comunidade Econômica dos Estados da África Central)
CEI - (Comunidade dos Estados Independentes)
CEMAC - (Comunidade Econômica e Monetária da África Central)
IBAS - (Fórum de Diálogo Índia-Brasil- África do Sul)
COMECOMt - (Conselho para Assistência Econômica Mútua)
COMESA - (Mercado Comum da África Oriental e Austral)
MERCOSUL - (Mercado Comum do Sul)
NAFTA - (Tratado Norte-Americano de Livre Comércio)
OCDE - (Organização para a Cooperação e desenvolvimento Econômico)
OECO - (Organização dos Estados do Caribe Oriental)
SAARC - (Associação Sul- Asiática para a Cooperação Regional)
SADC - (Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral)
UA - (União Africana)
UAAA - (União Aduaneira da África Austral)
U.E. - (União Europeia)
UEMOA - (União Econômica e Monetária dos Oeste Africano)
UMA - (União do Magrebe Árabe)
UNASUL - (União de Nações Sul-Americanas)

OS PRINCIPAIS BLOCOS ECONÔMICOS
União Europeia (U.E.)
Nascida por volta dos anos 50 e tendo como nomes, Mercado Comum Europeu ou Comunidade Econômica Europeia, foi uma associação pioneira. Foi com o exemplo desta união que deu origem a outros mercados econômicos internacionais. A Comunidade Europeia foi constituída em seu início por doze países: Alemanha, França, Espanha, Itália, Bélgica, Portugal, Grécia, Luxemburgo, Países Baixos, Reino Unido, Irlanda e Dinamarca. Atualmente é formada por Alemanha, Áustria, Bélgica, Bulgária, Chipre, Croácia, Dinamarca, Eslováquia, Eslovênia, Espanha, Estônia, Finlândia, França, Grécia, Hungria, Irlanda, Itália, Letônia, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Países Baixos, Polônia, Portugal, República Checa, Romênia, Suécia e Reino Unido. É uma organização internacional constituída atualmente por 28 estados membros. Foi estabelecida com este nome pelo Tratado da União Europeia (normalmente conhecido como Tratado de Maastricht) em 1992, mas muitos aspectos desta união já existiam desde a década de 50. A União tem sedes em Bruxelas, Luxemburgo e Estrasburgo. A União Europeia tem muitas facetas, sendo as mais importantes o mercado único europeu (uma união aduaneira), uma moeda única (o euro é adotado por 18 dos 28 estados membros como moeda oficial, sendo suas últimas adesões ocorridas pela Estônia em 1 de janeiro de 2011, e da Letônia em 1 de janeiro de 2014) e políticas agrícola, de pescas, comercial e de transportes comuns. A União Europeia desenvolve também várias iniciativas para a coordenação das atividades judiciais e de defesa dos Estados Membros. Os últimos ingressos na U.E. ocorreu em 1º de janeiro de 2007 da Bulgária e Romênia e 1º de julho de 2013, da Croácia.
Três países europeus não são membros e nem candidatos à adesão mas mantêm com a União Europeia acordos de livre comércio: a Noruega, o Liechtenstein e a Suíça.
Que países adotaram o euro?
O euro (€) é a moeda oficial de 18 dos 28 países da UE. Esses países, que constituem a chamada área do euro ou zona euro, são os seguintes: Áustria, Bélgica, Chipre, Estônia, Finlândia, França, Alemanha, Grécia, Irlanda, Itália, Letônia, Luxemburgo, Malta, Países Baixos, Portugal, Eslováquia, Eslovênia e Espanha.
Alguns países simplesmente se recusaram a adotar o Euro(€) que o caso do Reino-Unido, da Dinamarca e Suécia, no caso britânico, porque a libra esterlina é mais valorizada que o euro, o que facilita as importações, já nos dois países escandinavos, suas moedas as Coroas Suecas e Dinamarquesa, são muito menos valorizadas que o euro, facilitando as exportações.  Também é valido que as populações desses reinos ficam preocupados com a moeda única, já que sentem orgulho das moedas nacionais que possui valor histórico-cultural.
Existem outros países que não adotaram o euro porque ainda não atingiram os Critérios de Maastricht, onde impõe que para ocorrer a transferência das moedas nacionais para o euro, o país deve ter instabilidade econômica, controle da inflação e redução dos déficit públicos., que é o caso dos mais novos membros da União(entraram no século XXI) , os antigos países do leste europeu que são Lituânia,  Polônia, República Tcheca, Hungria, Romênia,  Bulgária e Croácia.

Nafta (Tratado Norte-Americano de Livre Comércio)
É um bloco econômico formado por Estados Unidos, Canadá e México e tendo o Chile como associado, numa atmosfera de livre comércio, com custo reduzido para troca de mercadorias entre os três países. O NAFTA foi ratificado em 1993, entrando em funcionamento no dia 1º de janeiro de 1994.
Oferece aos países membros vantagens no acesso aos mercados dos países. Estabelecendo o fim das barreiras alfandegárias , regras comerciais em comum, proteção comercial e padrões e leis financeiras, não é uma zona de livre comércio, porém reduziu tarifas de aproximadamente 20 mil produtos.
Empresas dos Estados Unidos e Canadá conseguem reduzir os custos de produção, ao instalarem filiais no México, aproveitando a mão-de-obra barata; O México ganha com a geração de empregos em seu território; O México exporta petróleo para os Estados Unidos, aumento a quantidade desta importante fonte de energia na maior economia do mundo; A produção industrial mexicana, assim como as exportações, tem aumentado significativamente na última década. A geração de empregos no México pode ser favorável aos Estados Unidos, no sentido em que pode diminuir a entrada de imigrantes ilegais mexicanos em território norte-americano; Negociando em bloco, todos países membros podem ganhar vantagens com relação aos acordos comerciais com outros blocos econômicos.

ALCA (Área de Livre Comércio das Américas)
Foi uma proposta feita pelo presidente dos Estados Unidos Bill Clinton durante a Cúpula das Américas, em Miami, no dia 9 de dezembro de 1994, com o objetivo de eliminar as barreiras alfandegárias entre os 34 países americanos na prática os mesmos que integram a Organização dos Estados Americanos (OEA), exceto Cuba, formando assim uma área de livre comércio, cuja data limite seria o final de 2005 onde seriam gradualmente derrubadas as barreiras ao comércio entre os estados membros e prevê a isenção de tarifas alfandegárias para quase todos os itens de comércio entre os países associados.
Uma vez implementada, a ALCA se tornaria o maior bloco econômico do mundo - englobando também as áreas do NAFTA (América do Norte) e do Mercosul (América do sul). O bloco representaria um PIB de mais de US$ 20 trilhões, reunindo uma população de aproximadamente 850 milhões de pessoas.
Uma das principais dificuldades para formação do bloco é a enorme disparidade entre a economia dos Estados Unidos, a maior da América, e a dos demais países americanos. Ademais, na maioria desses países, seria necessário realizar vultosos investimentos em infraestrutura, para que a área de livre comércio funcionasse efetivamente.
A Alca se encontra paralisada em razão das exigências feitas pelos EUA, que não abrem mão das cotas agrícolas, e do Brasil, que impõe barreiras ao comércio de serviços e de investimentos públicos. Nessa guerra comercial, os brasileiros esperam concessões comerciais dos americanos, por exemplo, no setor agrícola, já que os EUA impõem uma série de restrições às importações de produtos desse setor produtivo; os americanos, por sua vez, esperam obter maior acesso às áreas de serviços, investimentos e compras governamentais, cuja liberalização não interessa ao Brasil. De modo particular, os brasileiros receiam enfrentar de igual para igual a indústria extremamente desenvolvida dos EUA, já que o Brasil é um país em desenvolvimento cujo setor produtivo enfrenta limitações tecnológicas e concorrenciais. Os pontos das negociações que o Brasil deseja ver implementados não interessam aos EUA e vice-versa. Outro grande problema é que sem o apoio do Brasil a ALCA não será implementada, pois os EUA já têm acesso às economias dos demais países, que são de dimensões menores que a brasileira.

Mercosul (Mercado Comum do Sul)
Criado em 1991, o mercado Comum do Sul (Mercosul) é composto de Argentina, Brasil, Venezuela, Paraguai e Uruguai, nações sul-americanas que adotam políticas de integração econômica e aduaneira. A origem do Mercosul está nos acordos comerciais entre Brasil e Argentina elaborados em meados dos anos 80. No início da década de 90, o ingresso do Paraguai e do Uruguai torna a proposta de integração mais abrangente. Em 1995, instala-se uma zona de livre comércio. Cerca de 90% das mercadorias fabricadas nos países-membros podem ser comercializadas internamente sem tarifas de importação. Alguns setores, porém, mantêm barreiras tarifárias temporárias, que deverão ser reduzidas gradualmente. Além da extinção de tarifas internas, o bloco estipula a união aduaneira, com a padronização das tarifas externas para diversos itens.
O Mercado Comum do Sul ( Mercosul ) foi criado em 26/03/1991 com a assinatura do Tratado de Assunção no Paraguai. Os membros deste importante bloco econômico da América do Sul  são os seguintes países: Argentina, Brasil, Uruguai e Paraguai (foi suspenso temporariamente do bloco em função da deposição do ex-presidente Fernando Lugo em junho de 2012 a suspensão foi até abril de 2013 quando ocorreram novas eleições no país) e Venezuela (A incorporação da Venezuela no Mercosul ocorreu em 31 de julho de 2012).
Embora tenha sido criado apenas em 1991, os esboços deste acordo datam da década de 1980, quando Brasil e Argentina assinaram vários acordos comerciais com o objetivo de integração. Chile, Colômbia, Peru e Bolívia poderão entrar neste bloco econômico, pois assinaram tratados comerciais e já estão organizando suas economias para tanto. Participam até o momento como países associados ao Mercosul. Em 05 de maio de 2013, o Equador anunciou que vai fazer parte do Mercosul, sendo que o protocolo formal de adesão ao bloco foi assinado em julho de 2013 e ratificado somente com a aprovação dos parlamentos dos cinco países membros.
Os conflitos comerciais entre Brasil e Argentina
As duas maiores economias do Mercosul enfrentam algumas dificuldades nas relações comerciais. A Argentina está impondo algumas barreiras no setor automobilístico e da linha branca ( geladeiras, micro-ondas, fogões ), pois a livre entrada dos produtos brasileiros está dificultando o crescimento destes setores na Argentina.
Na área agrícola também ocorrem dificuldades de integração, pois os argentinos alegam que o governo brasileiro oferece subsídios aos produtores de açúcar. Desta forma, o produto chegaria ao mercado argentino a um preço muito competitivo, prejudicando o produtor e o comércio argentino.
Em 1999, o Brasil recorreu à OMC (Organização Mundial do Comércio ), pois a Argentina estabeleceu barreiras aos tecidos de algodão e lã produzidos no Brasil. No mesmo ano, a Argentina começa a exigir selo de qualidade nos calçados vindos do Brasil. Esta medida visava prejudicar a entrada de calçados brasileiros no mercado argentino.
Estas dificuldades estão sendo discutidas e os governos estão caminhando e negociando no sentido de superar barreiras e fazer com que o bloco econômico funcione plenamente.
Com uma área total de quase 12 milhões de km2, O Mercosul cuja estrutura física e administrativa esta sediada em Montevidéu, tem um mercado potencial de 311 milhões de consumidores e um PIB de aproximadamente 2 trilhão de dólares.
Se considerarmos que, no decorrer do século 21, a água será um elemento estratégico essencial, é importante destacar que dentro do Mercosul estão as duas maiores bacias hidrográficas do planeta: a do Prata e a da Amazônia.

Apec (Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico)
A Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico (Apec) é um bloco econômico que foi criado em 1989 e oficializada em 1993 na Conferência de Seattle (Estados Unidos da América), quando os países se comprometeram a transformar o Pacífico numa área de livre comércio. . É um bloco econômico formado para promover a abertura de mercado entre 20 países e Hong Kong (China), que respondem por cerca de metade do PIB e 46% do comércio mundial. Pretende estabelecer a livre troca de mercadorias entre todos os países do grupo até 2020.
Tem como membros: Estados Unidos da América,  Japão, China, Rússia, Peru, Formosa (também conhecida como Taiwan), Coreia do Sul, Hong Kong (região administrativa especial da China), Cingapura, Vietnã, Malásia,  Tailândia, Indonésia, Brunei, Filipinas, Austrália,  Nova Zelândia, Papua Nova Guiné, Canadá,  México e Chile.
Este bloco econômico é de extrema importância no cenário econômico mundial, pois somadas as produções industriais de todos os países membros, chega-se a quase metade de toda produção mundial. O PIB dos países membros atinge cerca de 17 trilhões de dólares. Estima-se que até 2020 deverá ser o maior bloco econômico do mundo.

Asean ( Associação das Nações do Sudeste Asiático)
É uma organização regional de estados do sudeste asiático que foi constituída em 8 de agosto de 1967, na Tailândia. Os principais objetivos da ASEAN são acelerar o crescimento econômico e fomentar a paz e a estabilidade regionais. A ASEAN estabeleceu um fórum conjunto com o Japão, e um acordo de cooperação com a União Europeia. Hoje, o bloco representa um mercado de 510 milhões de pessoas e um PIB de 725,3 bilhões de dólares. A sede do bloco fica na cidade de Jacarta, capital da Indonésia. Embora o objetivo principal do bloco seja o desenvolvimento econômico, ele apresenta também propostas nos campos sociais e culturais.
É composto por dez países-membros do sudeste asiático como Tailândia, Filipinas, Malásia, Cingapura, Indonésia, Brunei, Vietnã, Mianmar, Laos e  Camboja e tem como membros observadores em processo de adesão ao grupo Papua-Nova Guiné e  Timor-Leste.  O PIB do bloco (de todos os países membros juntos) é de US$ 2 trilhão.

CEI (Comunidade dos Estados Independentes)
A Comunidade dos estados Independentes (CEI) é uma organização criada em 8 de dezembro de 1991 que reúne como países-membros 10 das 15 repúblicas que formavam a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS). Ficam de fora apenas três países bálticos: Estônia, Letônia e Lituânia e o Turcomenistão (que deixou de ser país membro em agosto de 2005, sendo apenas membro associado). A Geórgia se integrou ao Grupo em 1994, mas o seu Parlamento aprovou por unanimidade em 14 de agosto de 2008 a saída do país da Comunidade dos Estados Independentes, devido ao apoio russo às causas de independência da Abecásia e da Ossétia do Sul. Organiza-se em uma confederação de Estados, que preserva a soberania de cada um. A comunidade prevê a centralização das Forças Armadas e o uso de uma moeda comum: o rublo. o antigo rublo soviético é a moeda comum dos estados-membros; a Comunidade fica sediada em Minsk (Capital da República da Bielorrússia), Alma-Ata (é a maior cidade do Cazaquistão) e São Petersburgo (É a segunda maior cidade da Rússia)
Atualmente tem 9 países como países-membros: Armênia, República da Bielorrússia, Cazaquistão, Rússia, Moldávia, Quirguistão, Tadjiquistão, Uzbequistão,  Azerbaijão.
Embora a Ucrânia tenha sido um dos três países fundadores e tenha ratificado o Acordo de Criação em dezembro de 1991, o país optou por não ratificar a Carta da CIS uma vez que não concorda com a Rússia ser o único sucessor legal da União Soviética. Assim, não considera-se como um membro da CEI. 
Devido à instabilidade política recente na região e à ocupação por tropas militares russas, a soberania nacional sobre a península está sendo motivo de disputas entre a Rússia e a Ucrânia desde março de 2014. Em 11 de março de 2014, o parlamento da República Autônoma da Crimeia adotou uma declaração de independência, visando separar-se da Ucrânia antes de realizar um referendo. Em 16 de março de 2014 uma maioria contundente de eleitores votou a favor da independência da Crimeia da Ucrânia, e a favor de sua integração à Rússia. Após o referendo, os legisladores da Crimeia votaram formalmente tanto pela separação da Ucrânia como o pedido para fazer parte da Federação Russa. A legitimidade e a legalidade da votação foi rejeitada pelo governo da Ucrânia e pela maioria da comunidade internacional, com poucas exceções. Em 18 de março de 2014, o presidente da Rússia, o primeiro-ministro da Crimeia e o prefeito de Sebastopol assinaram em conjunto um acordo para que a Crimeia e Sebastopol (é uma cidade independente e não é parte, portanto, da República Autônoma da Crimeia) passassem a fazer parte, oficialmente, da Federação Russa.
Em 19.03.2014 a Ucrânia decidiu deixar a CEI, a partir de então a Ucrânia decidiu estabelecer a obrigação de vistos para os cidadãos russos. Contudo se Moscou responder da mesma maneira – irá prejudicar milhares de ucranianos que têm parentes ou que trabalham na Rússia.