Geografia da Amizade

Geografia da Amizade

Amizade...Amor:
Uma gota suave que tomba
No cálice da vida
Para diminuir seu amargor...
Amizade é um rasto de Deus
Nas praias dos homens;
Um lampejo do eterno
Riscando as trevas do tempo.
Sem o calor humano do amigo
A vida seria um deserto.
Amigo é alguém sempre perto,
Alguém presente,
Mesmo, quando longe, geograficamente.
Amigo é uma Segunda eucaristia,
Um Deus-conosco, bem gente,
Não em fragmentos de pão,
Mas no mistério de dois corações
Permutando sintonia
Num dueto de gratidão.
Na geografia
da amizade,
Do amor,
Até hoje não descobri
Se o amigo é luz, estrela,
Ou perfume de flor.
Sei apenas, com precisão,
Que ele torna mais rica e mais bela
A vida se faz canção!

"Roque Schneider"



Quem sou eu

Salvador, Bahia, Brazil
Especialista em Turismo e Hospitalidade, Geógrafa, soteropolitana, professora.

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Os Pioneiros na Industrialização- Reino Unido e EEUU.


Os pioneiros na industrialização

Reino Unido

O Reino Unido foi o pioneiro no processo de industrialização. Mas, por que ele, e não outro como, por exemplo, os Estados Unidos? O Reino Unido tinha as condições básicas que eram necessárias para a industrialização. Condições em sentido econômico, político, social e natural.

O Reino Unido, em 1968, passou a se tornar a mais antiga monarquia parlamentar do mundo. O rei perdeu o poder político, que ficou sob os cuidados do Parlamento. A crescente burguesia mercantil passou a controlar o Estado britânico, usando para apoiar seus objetivos econômicos. A revolução burguesa foi fundamental para a eclosão da Revolução Industrial quase um século depois.
Durante o capitalismo comercial, o Reino Unido acumulou reservas de riquezas, que foram  fundamentais para o processo da Revolução Industrial. Mais do que em qualquer outro país, a acumulação de capitais foi intensa. Essas reservas foram bem utilizadas para a instalação de industrias, ampliação de redes de transportes, extração de recursos minerais, etc. Todos esses fatores juntos, foram fundamentais em avanços técnicos nas indústrias importantes da Primeira Revolução Industrial.
Mas o Reino Unido tinha ainda a vantagem de possuir grandes reservas de carvão mineral, essenciais para o uso de máquinas a vapor. Graças às reservas de ferro e carvão, houve a expansão na siderurgia, e, portanto, o crescimento de outros ramos, como o naval, ferroviário, etc.
O Reino Unido já possuía as principais condições para ocorrer a Revolução Industrial: disponibilidade de matéria-prima e energia, acúmulo de capital, avanços tecnológicos. E o Estado já estava sob o comando da burguesia. Faltava apenas a força de trabalho.
Em fins do século XVII, os camponeses foram sendo expulsos do campo, para trabalhar nas cidades. Motivo: com a Lei do Cercamentos, as terras foram sendo privatizadas, e a atividade agrícola foi substituída pela criação de carneiros para fornecer lã à indústria têxtil. Essa massa de camponeses que foi obrigada a se deslocar aos centros urbanos, se tornou o proletariado urbano. E os capitalistas estabeleceram a ralação de produção baseada no trabalho assalariado. Logicamente, eles aproveitaram para a exploração dos operários, e obtiveram altos lucros.

Localização Industrial
A localização industrial teve uma íntima relação com as jazidas de carvão e os portos. Por isso, houve grande industrialização nas chamadas “regiões negras”, como Yorkshire, Midlands, Northumberland, País de Gales, e outros.
Surgiram várias indústrias têxteis, principalmente em Yorkshire, devido a lã e o algodão que eram utilizados como matéria-prima. Com o desenvolvimento das indústrias de base, a siderúrgica, foi possível a produção de locomotivas e navios movidos a vapor. Era um fator puxando outro: as indústrias de material ferroviário e naval se localizavam perto das siderúrgicas, que por sua vez, se localizavam perto das jazidas de carvão, que também atraiu a industria têxtil.
Outro fator importante foi a existência de portos marítimos e fluviais. Muitas cidades, como Londres e Liverpool, desenvolveram  um importante parque industrial.
Londres sempre foi a maior aglomeração urbana e industrial do país. Devido a disponibilidade de mão-de-obra, de mercado consumidor e rede de transportes, foi favorável a instalação de industrias menos dependentes de matérias-primas. Londres já era na Primeira Revolução Industrial, o maior porto e centro comercial e financeiro britânico. E após a Segunda Revolução Industrial, mais industrias que não dependam de carvão, foram se instalando em Londres, e ampliando cada vez mais a metrópole. Outra cidade importante foi Birmingham, que depois de Londres, era o principal centro industrial do Reino Unido, e possui um parque industrial bem diversificado.
Recentemente com a realocação industrial, as cidades do centro-sul da Inglaterra, passaram a abrigar s industrias mais novas e modernas.

Uma potência que perdeu o 1° lugar
Até o início do século XX, o Reino Unido liderava o avanço industrial. Mas apesar de hoje, ainda ser uma potência, perdeu a força que tinha, em sentido econômico e político. Embora o país tenha crescido após a Segunda Guerra Mundial, não conseguiu acompanhar o ritmo de outros países, como os Estados Unidos, Japão, Alemanha e França.
Essa decadência que ocorreu com o Reino Unido, atinge o país de forma desigual. Há alguns setores em decadência, como a têxtil, siderúrgica, que antes eram as maiores de mundo. Mas existem outros setores bem dinâmicos, como o petroquímico, e o nuclear, que é apoiado tecnologicamente pelos Estados Unidos.
Nas “regiões negras”, que antes eram bem fortes economicamente, hoje é visível a desindustrialização e o desemprego. Essas regiões liberavam migrantes para o sul, principalmente para Londres. O empobrecimento de parte da população ocorreu significativamente na década de 80, quando passou a ter uma maior concentração de renda. Isso ocorreu não só pela perda de competitividade do país, mas também pelas políticas neoliberais, adotadas pela primeira-ministra Margareth Tatcher, que prejudicaram a proteção social que antes eram mantidas pelo Estado.
Apesar de permanecer um custo social elevado, as políticas neoliberais atingiram seu objetivo: a redução do papel do Estado na economia. Assim, muitas empresas estatais foram privatizadas, por exemplo, a British Airways (transporte aéreo), British Petroleum, etc.

Estados Unidos da América

Estados Unidos

Os Estados Unidos iniciaram seu processo de industrialização por volta de 1840, antes da Alemanha, Itália e Japão. Hoje é o país mais influente do mundo, e uma potência em sentido industrial, econômico, militar, cultural e político. Mas como os Estados Unidos se tornou uma potência? Vejamos o processo de industrialização norte-americano.

Território

O território que hoje é os Estados Unidos foi colonizado pelos ingleses, espanhóis e franceses. A primeira colônia formada pelos britânicos na América do Norte foi Jamestown, na Virgínia, em 1607. Até julho de 1776, quando foi rompido os laços com a metrópole, já havia sido constituídas ao todo treze colônias.
Por isso a bandeira norte-americana possui treze faixas horizontais, e no canto superior, cinquenta estrelas, representando sua federação atual, que é de cinquenta estados. Sua capital, Washington, é em homenagem a George Washington, herói da Guerra de Independência. O país tem uma república presidencialista. E sua constituição foi promulgada em 1787, e está em vigência até hoje.
Após a independência, os norte-americanos começaram a expansão territorial, rumo ao Oeste. Foi a fase do imperialismo interno, marcado por forte genocídio dos indígenas. Muitos territórios foram conseguidos após vitórias dos norte-americanos nas várias guerras, ou através de acordos.
Paralelamente a expansão territorial, criou-se condições necessárias para o processo de industrialização do país. A industrialização iniciou-se faixas de terras da região Nordeste, entre os Grandes Lagos e o oceano Atlântico. Foi nessa região que houve condições políticas, sociais e naturais, necessárias a industrialização.

Fatores iniciais para o fenômeno industrial

Quando os Estados Unidos ainda era uma colônia, houve um grande fluxo de imigrantes britânicos que foram se fixando na faixa litorânea, conhecida como Nova Inglaterra. Esses imigrantes trabalhavam em uma agricultura diversificada, em que predominava o trabalho familiar.
A economia das colônias do Norte era diferente das do Sul. Nas colônias do Norte havia uma estrutura de povoamento. Enquanto as do sul, predominava a exploração.
A economia do Sul era baseada nas plantations, ou seja, propriedades monocultoras em que se cultivava principalmente o algodão, com base no trabalho de escravos negros trazidos da África. A maior parte da produção era destinada a exportação para o Reino Unido. Os capitais ficavam concentrados nas mãos dos fazendeiros, e por isso, o mercado interno crescia lentamente.
Nas colônias do Norte predominava o trabalho assalariado, nas cidades, e familiar livre, no campo. Isso deu condições para a expansão das manufaturas, das casas comerciais e dos bancos. Os negócios cresciam rapidamente, e, os capitais se concentravam na burguesia industrial e comercial. A burguesia do Norte passou a ter interesses próprios, até ocorrer a independência em 1776.
 Outra condição importante, além do histórico da população, foi as de ordem natural. O Nordeste dos EUA está próximo ao litoral, o que facilita os transportes e o intercâmbio comercial, além disso, dispunha de jazidas de carvão e de minério de ferro. O país tem importantes reservas minerais e energéticas.
Os Grandes Lagos favoreceram imensamente os transportes, e também a produção de energia. Os desníveis existentes entre os rios e lagos das regiões ajudaram no desenvolvimento. Foram construídas barragens para a produção de energia elétrica. Essa produção de energia foi importante para a expansão industrial, na época da Segunda Revolução Industrial.

Expansão industrial

As diferenças econômicas e políticas do Norte e do Sul resultaram em um conflito armado. Os estados do Sul, que tinham adotado a mão-de-obra escrava, criaram os Estados Confederados da América. Declararam a separação da federação norte-americana, que era dominada pela burguesia industrial e comercial nortista. Essa tentativa de separação resultou na Guerra de Secessão, que durou de 1861 a 1865.
A expansão da industrialização norte-americana ocorreu após a vitória da burguesia do Norte, no final da Guerra de Secessão. Com o interesse de aumentar o mercado consumidor para as ofertas de produtos que aumentavam cada vez mais, a burguesia do Norte ofereceu vantagens para a imigração. Em 1862, foi elaborada a Lei Homestead Act. Essa lei favorecia as famílias que migrassem para o Oeste, eles receberiam 65 hectares de terras, e caso continuassem cultivando por no mínimo cinco anos, teriam a posse definitiva. Essa lei gerou uma grande explosão de imigrantes para as terras do Oeste.

Essa ocupação territorial garantiu uma expansão do mercado interno (mais foi ruim para os índios, que além de perderem as terras, milhares perderam a vida). Em 1863, houve uma decretação do fim da escravidão. Isso possibilitou uma sociedade com relações de trabalho assalariado, que é bem melhor aos interesses da burguesia, pois o escravo que não tem renda, não pode consumir. Assim, foi se consolidando um grande mercado consumidor, que se tornou forte depois da Primeira Guerra Mundial.

Aglomerações industriais

O Nordeste foi a primeira região a se industrializar, e foi por muito tempo aonde a indústria ficou concentrada.
As grandes siderúrgicas se concentraram ao redor de Pittsburgh, na Pensilvânia, devido a facilidade de recepção de minério vindo de Minnesota, e da proximidade dos consumidores. Detroit fica localizada na região central, facilitando o recebimento de matérias-primas, e o envio dos produtos prontos ao consumidor. Tornou-se a capital do automóvel, onde estão sediadas a empresas como a GM, Ford e Chrysler.
Nova Iorque é a capital financeira dos Estados Unidos (ela que antes se chamava Nova Amsterdan, foi fundada por holandeses, e depois tomada pelos ingleses). Nela estão sediadas as principais indústrias, e corporações comerciais e financeiras do país. Isso se deve, pelo fato de que Nova Iorque tinha uma localização estratégica, que servia de ponte entre o litoral e o interior.

Com grandes centros de pesquisa, como a Universidade de Harvard (fundada em 1664), e o Instituto Tecnológico de Massachusetts, surgem em Boston e em Worcester, indústrias de tecnologia de ponta, ligadas a robótica e informática, etc.

Com o tempo houve uma descentralização industrial, surgindo vários e novos ramos de indústrias. Todos esses novos ramos estão espalhados em várias cidades do Nordeste dos Estados Unidos.

A recente industrialização

Seguindo a tendência mundial, nos Estados Unidos também está havendo uma descentralização industrial. Os grupos de empresas procuram novas regiões que possuem um custo de produção menor. Assim, novos centros estão surgindo no Sul e no Oeste do país. Algumas cidades norte-americanas que crescem bastante atualmente como Atlanta, Orlando, Nova Orleans, Seatle, Dallas, etc, estão nessas regiões.
A industrialização no sul se intensificou após a descoberta de jazidas de petróleo, principalmente no Texas. Mas, foi depois da Segunda Guerra Mundial que o processo se intensificou ainda mais.
No Texas, localiza-se o Centro Espacial de Houston, sede da Nasa. Também, há a indústria de aeronáutica, e indústrias ligadas ao petróleo na região de Houston e Dallas.
Uma outra atividade importante no Sul é a prestação de serviços, particularmente o turismo. Na Flórida essa atividade é bem desenvolvida, devido às praias e ilhas próximas a Miami; à Disney World e ao Epcot Center, em Orlando.
A última região a se industrializar foi o Oeste. Muitas indústrias foram atraídas a essa região devido a disponibilidade de mão-de-obra, recursos minerais, potencial hidrelétrico.
No Oeste se encontra a mais importante concentração de indústrias dos Estados Unidos, visto que essa região começou a se industrializar recentemente, e recebeu incentivo governamental. Um bom exemplo é o Vale do Silício, que possui um centro de indústrias de tecnologia avançada, na região ao Sul de São Francisco.
Bem diferente das indústrias pioneiras, essas novas indústrias da Terceira Revolução Industrial, são fábricas leves e limpas, que empregam uma mão-de-obra qualificada e produzem bens sofisticados.

Características gerais:

‐Território colonizado por britânicos (hegemônicos), franceses espanhóis. 
‐ 1776: Declaração de independência dos Estados Unidos da América /13 colônias (documento redigido por Thomas Jefferson).
‐ Reconhecimento dos ingleses: somente no final da Guerra da Independência (1775 – 1783). 
‐ Após a independência, a “Conquista do Oeste”. 
‐ Atualmente: 50 estados, além do Distrito de Colúmbia, onde se localiza Washington, capital do país. 

Fatores que favoreceram a industrialização (em sua fase inicial): 
‐ Os primeiros imigrantes eram, em sua maioria, britânicos, seguidores de religiões cristãs protestantes, principalmente puritanos (como eram chamados os calvinistas na Grã‐Bretanha): essas religiões favoreciam o 
desenvolvimento capitalista, uma vez que não condena condenavam moralmente a riqueza. Ao contrário, pregavam que a riqueza era bem vinda porque era fruto do trabalho, de uma vida austera, que afastava o fiel do pecado e o aproximava da salvação divina. 
‐ Fator de ordem natural: o Nordeste dos Estados Unidos, além de estar próximo do oceano (o que facilita os transportes marítimos e o intercâmbio comercial), possui grandes reservas de carvão nas bacias sedimentares próximas aos Apalaches, nos estados da Pensilvânia e de Ohio, e importantes jazidas de minério de ferro nos escudos próximos ao Lago Superior, nos estados de Minnesota e de Wisconsin. O país dispõe de grandes e diversificadas reservas minerais e energéticas.


A arrancada industrial
Guerra da Secessão ou Guerra Civil Americana (1861 – 1865): conflito armado entre a sociedade nortista, nascida das colônias
de povoamento, e a sociedade sulista, oriunda das colônias de exploração (após a independência).
Representou uma ruptura na história dos Estados Unidos.
definiu, com a vitória nortista, a hegemonia de seus capitais industriais e financeiros e de seu modelo político e econômico.

O Nordeste dos Estados Unidos
Apesar do processo de descentralização dos últimos tempos, na região Nordeste dos Estados Unidos ainda se encontra a maior concentração industrial do país (e, certamente, uma das maiores do mundo).
*Estado da Pensilvânia: concentração dede grandes siderúrgicas (Ex.: United States Steel, em Pittsburgh). 
‐ Disponibilidade de carvão; facilidade de recepção do minério que provém de Minnesota por meio dos Grandes Lagos. 
‐ Pittsburgh: “capital do aço”. 
•Região metropolitana de Detroit (estado de Michigan): foi o grande centro da indústria automobilística. 
‐ Abrigando fábricas das “três grandes” – GM, Ford e Chrysler – e diversas de autopeças, ela tornou‐se a “capital do automóvel”. 
‐ Atualmente sofre com a falência de algumas indústrias e saída de outras, que migram para outras regiões em busca de menores custos de produção. 
‐ Agravamento dos problemas devido à crise financeira de 2008.
“A GM, que por décadas foi a maior automobilística do mundo, pediu concordata em junho de 2009 e, para não falir, foi encampada pelo governo americano, que injetou 50 bilhões de dólares na empresa e passou a controlar 61% de suas ações”.

No mesmo ano, a Chrysler, para evitar a falência, teve parte de suas ações vendidas ao Grupo Fiat. 
A Ford, sediada em Dearborn (Michigan), não enfrentou os mesmos problemas das concorrentes. 

Manufacturing belt ( cinturão industrial) - Se estende por várias cidade, como Chicago, Detroit, Cleveland e Búfalo (às margens dos Grandes Lagos); Pittsburgh e Columbus, na região dos Apalaches; Boston, Nova Iorque, Filadélfia e Baltimore, na costa leste. 

Devido à crise de indústrias com forte presença na região e o consequente fechamento de inúmeras fábricas, muitos têm afirmado que essa região deveria ser chamada de rust belt (cinturão da ferrugem) devido à decadência industrial. 

Descentralização industrial nos EUA
Manufacturing belt: já chegou a concentrar, no início do século XX, mais de 75% da produção industrial dos Estados Unidos. De lá para cá sua participação vem se reduzindo, e hoje ela é inferior a 50%.
‐ Um das razões: elevação dos custos de produção (devido ao grande crescimento das cidades do nordeste). 
‐ Novos centros surgiram no Sul e no Oeste do país, e centros mais antigos nessas mesmas regiões se expandiram, acarretando uma dispersão industrial. 
‐ Algumas das cidades norte‐americanas que mais têm crescido nessas regiões: Atlanta, Dallas, Houston, Seatle e São Francisco.


O Sul dos EUA
1880: primeiras fábricas (fios e tecidos)
Início do século XX: industrialização ganha impulso, após a descoberta de enormes lençóis petrolíferos, principalmente no Texas.
Pós II Guerra: desenvolvimento do programa espacial estimulou a expansão industrial do Sul.

‐ fábrica de aviões em Marieta (Geórgia) 
‐ construção de um dos centros da Nasa (Alabama) 
‐ fábrica de aviões militares e mísseis da Boeing (Alabama) 

 Texas 

‐ Importante Centro Espacial de Houston, sede da Nasa. 
‐ Importantes indústrias aeronáuticas (em Fort Worth e San Antônio). 
‐ Grandes indústrias petrolíferas (destaque para a Exxon Mobil, que em 2008 era a 2ª. colocada na lista das 500 maiores da revista Fortune, com um faturamento de 443 bilhões de de dólares, valor equivalente ao PIB da Bélgica). 
* A maior do mundo era a anglo‐holandesa Royal Shell, com um faturamento de 458 bilhões de dólares. 



Região Oeste dos EUA 

Entre os fatores que contribuíram para a instalação de indústrias nessa região, destacam‐se: 
‐disponibilidade de mão de obra, que foi se concentrando desde a época da Corrida do Ouro, em meados do século XIX, quando a exploração desse metal na Serra Nevada (Califórnia) atraiu muita gente; 
‐ existência de outros minérios, como ferro e cobre, nas Montanhas Rochosas e na Serra Nevada, e de petróleo e gás natural na Bacia da Califórnia; 
‐ disponibilidade de elevado potencial hidrelétrico, principalmente nos rios Columbia e Colorado. 
•Em Seatle (estado de Washington): importante concentração da indústria aeronáutica (aviões comerciais da Boeing). 

* Em Portland (Oregon): concentração de indústrias ligadas ao alumínio. 

*Califórnia (estado mais importante do Oeste): parque industrial bastante diversificado, localizado principalmente no eixo São Francisco – Los Angeles – San Diego, com indústrias petroquímicas, automobilísticas, aeronáuticas, navais, alimentícias etc. 


Região leste:
Última região dos Estados Unidos a se industrializar
Bastante vinculada à indústria bélica (por isso recebeu forte incentivos governamentais) ligada a importantes universidades e centros de pesquisas apresenta as mais importantes concentrações dede indústrias de alta tecnologia dos EUA, principalmente no tecnopolo do Vale do Silício.

Os principais tecnopolos

Vale do Silício (Silicon Valey) – norte da Califórnia: 
‐ serviu de modelo para outros tecnopolos que surgiram no mundo. 
‐ abrange as cidades de Palo Alto, Santa Clara, San Jose e Cupertino, entre outras localizadas em torno da Baía de São Francisco. 
‐ Origem do nome (Vale do Silício): formação baseada nas indústrias de semicondutores (microchips) e produtos de informática cuja matéria‐prima é o silício. 
‐ início de sua industrialização remonta aos anos 1930, mas a expressão “Vale do Silício” surgiu em 1971. 
Grande desenvolvimento da região durante a Guerra Fria, por causa da corrida armamentista e aeroespacial (fornecimento de transistores para mísseis, entre outros componentes).


 A importância das universidades
Importantes universidades como a universidade Stanford, a universidade da Califórnia e a universidade de San Jose, tiveram um importante papel no desenvolvimento desse tecnopolo, pois atraíram indústrias de alta tecnologia, principalmente do setor de microeletrônica e informática. Tiveram ainda papel crucial na formação de mão de obra qualificada, entre outros aspectos.
Muitas empresas dos setores de microeletrônica e informática, que hoje estão entre as maiores do mundo, foram gestadas na região. Exemplo:
fundação, em 1939, da HP*, por dois estudantes da Universidade Stanford.
* HP: 32ª. Posição no ranking da Fortune (2008)
Importantes empresas no Vale do Silício: Intel, AMD, Apple, Oracle e Adobe, entre outras (além de filiais da Microsoft, IBM etc.).
Presença de corporações japonesas e europeias, que mantêm centros de pesquisa na região.
Importantes empresas que se desenvolveram recentemente com a expansão da internet, como a Google (fundada em 1998), também têm sede no Vale do Silício.

Tecnopolo de Boston 
A leste/nordeste do país destaca‐se outro importante tecnopolo, localizado na região metropolitana de Boston (Massachusetts), que se desenvolveu a partir dos anos 1960 ao longo da Rota 128, autoestrada que contorna as cidades da metrópole. 

Principais características: 
‐ também possui vínculos com a indústria bélica 
‐ abriga inúmeras empresas do setor eletrônico 
‐ mais recentemente têm se desenvolvido novos setores de alta tecnologia na região, destacando‐se os de biotecnologia e de equipamentos médicos. 
Passou por um processo de reconversão industrial: setores ligados à nova economia informacional surgiram, muitas vezes, nono lugar de antigas fábricas, como como asas têxteis ou navais. 
Transformou‐se num tecnopolo porque dispõe do ativo mais importante da revolução informacional: conhecimento científico‐tecnológico avançado.
‐ Pesquisadores de Harvard, do MIT – Instituto Tecnológico de Massachusetts, da Universidade de Boston e de mais 50 outras instituições de ensino e pesquisa da região.
Enfraquecimento dos EUA Em 2008, os EUA tinham 140 corporações na lista da revista Fortune. Entretanto, em 2001 chegou a ter 197 empresas na lista. De lá para cá, empresas de países emergentes, especialmente da China, têm ocupado esse espaço. “Isso é mais uma evidência do enfraquecimento relativo dos Estados Unidos e, paralelamente, do crescente fortalecimento das economias emergentes no mundo atual”.

FONTE: Sene, Eustáquio de. Geografia geral e do Brasil, volume 2: espaço geográfico e globalização: ensino médio / Eustáquio de Sene, João Carlos Moreira. - São Paulo: Scipione, 2011.




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