Geografia da Amizade

Geografia da Amizade

Amizade...Amor:
Uma gota suave que tomba
No cálice da vida
Para diminuir seu amargor...
Amizade é um rasto de Deus
Nas praias dos homens;
Um lampejo do eterno
Riscando as trevas do tempo.
Sem o calor humano do amigo
A vida seria um deserto.
Amigo é alguém sempre perto,
Alguém presente,
Mesmo, quando longe, geograficamente.
Amigo é uma Segunda eucaristia,
Um Deus-conosco, bem gente,
Não em fragmentos de pão,
Mas no mistério de dois corações
Permutando sintonia
Num dueto de gratidão.
Na geografia
da amizade,
Do amor,
Até hoje não descobri
Se o amigo é luz, estrela,
Ou perfume de flor.
Sei apenas, com precisão,
Que ele torna mais rica e mais bela
A vida se faz canção!

"Roque Schneider"



Quem sou eu

Salvador, Bahia, Brazil
Especialista em Turismo e Hospitalidade, Geógrafa, soteropolitana, professora.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011



Você já deve estar até cansado de ouvir dos seus professores: no ano do vestibular, é preciso acompanhar o noticiário, seja em jornais, revistas, televisão ou internet. E eles estão certos. Segundo a professora de língua portuguesa do Liceu Franco-Brasileiro Teresa Cruz, o Enem é uma prova que exige do aluno bastante interpretação de textos, gráficos, tabelas e charges. Logo, quanto mais o estudante estiver por dentro do que está rolando no Brasil e no mundo, mais facilidade terá para identificar o que está sendo pedido em cada questão. Conversamos com professores e fizemos uma lista dos temas mais quentes do momento. Agora, é meter a cara e estudar!
CHUVAS NA SERRA: - As chuvas que castigaram a região serrana do Rio no verão podem aparecer no Enem. Segundo o professor de geografia Maurício Novaes, do CEL, a prova privilegia temas ligados à urbanização e ao meio ambiente. O impacto da ocupação desordenada de encostas e a erosão do solo estão ligados à tragédia.
COPA E OLIMPÍADAS: - Ninguém fala de outra coisa: qual será o legado da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016? O tema pode estar presente em diversas disciplinas. Na matemática, de acordo com o coordenador do pH Luís Felipe Abad, cálculos de geometria plana, como a área de um estádio, ou volume, para saber a quantidade de cimento a ser usada em uma obra, podem ser exigidos. Para Novaes, na geografia é possível tratar de investimentos em infraestrutura nas cidades-sede da Copa, crescimento do turismo e necessidade de qualificação de mão de obra para os eventos.
ACIDENTE NUCLEAR: - O terremoto no Japão e a consequente tragédia na usina de Fukushima comoveram o mundo e têm chance de cair no exame. Na parte de Ciências Naturais e suas Tecnologias, a abordagem deve envolver o que provocou o acidente e as medidas tomadas para minimizar a tragédia, assim como os efeitos da radiação e a contaminação da água e do solo. Até mesmo em história o assunto pode estar presente, principalmente relacionado à Segunda Guerra Mundial, durante a qual os Estados Unidos jogaram duas bombas atômicas nas cidades de Hiroshima e Nagasaki, e ao poder de recuperação japonês após os ataques.
MEIO AMBIENTE: - No ano que vem será realizada no Rio de Janeiro a conferência sobre o clima Rio 20. Nela, serão discutidas novas metas de redução de emissão de gases causadores do efeito estufa, entre outras medidas. Além disso, o Código Florestal, aprovado na Câmara dos Deputados e em discussão no Senado, provoca polêmica com suas propostas de mudança na legislação para crimes ambientais, exploração em áreas de preservação permanente, entre outras. Os dois temas podem ser abordados nos âmbitos da química, da biologia e da geografia. Questões sobre energias limpas, combustíveis renováveis, créditos de carbono e também os ciclos da natureza podem aparecer.
MUNDO ÁRABE: - Este ano, o mundo viu explodirem diversas revoltas nos países árabes, no norte da África e no Oriente Médio. O professor de história Ulisses Martins, do Colégio Notre Dame Recreio, diz que esses eventos podem ser ponto de partida para a cobrança de conteúdos relacionados ao imperialismo, influência americana na região, regimes totalitários e até mesmo disputas ligadas à religião. O assassinato do líder da al-Qaeda Osama Bin Laden pelos EUA pode trazer também perguntas sobre terrorismo e as guerras do Iraque e do Afeganistão.
VULCÃO CHILENO: - Um vulcão no Chile provocou a maior confusão na América do Sul, com reflexos até na Austrália e na Nova Zelândia. Na química, questões relacionadas à composição do magma, os gases emitidos e os impactos disso no solo e nos sistemas hídricos podem cair. O vulcão também pode ser o gancho para falar de fenômenos naturais também na parte de Ciências Humanas e suas Tecnologias.
DITADURA MILITAR: - A eleição da presidente Dilma Rousseff, uma ex-militante de esquerda que viveu na clandestinidade e foi presa durante a ditadura militar, gerou grande expectativa, principalmente em relação à abertura de arquivos do período. Somado a isso, há grande mobilização pela aprovação do fim do sigilo secreto de documentos do governo e a criação de uma comissão da verdade para investigar os crimes ocorridos naquela época. Ou seja, assunto quente e atual.
ANO DA QUÍMICA: - Em 2011 são comemorados o Ano Internacional da Química, os 100 anos de Marie Curie, pioneira nas pesquisas sobre radioatividade, e também os 100 anos do modelo atômico de Rutherford. Olho vivo nesses temas.
CENSO 2010: - O Enem adora um gráfico e uma tabela. Com os dados do último censo divulgados no início do ano, é bem provável que haja questões ligadas à população, com uso desses recursos.

Agência O Globo

Qualidade da educação em risco



O texto abaixo foi publicado no portal NE10 e traz uma reflexão muito importante, que nos leva a questionar sobre qual o tipo de escola que queremos: aquela que nos faz progredir ou aquela que nos engana? O fato é que o futuro de quem quer encontrar um bom caminho de realizações profissionais depende do compromisso de todos, pois além do empenho e responsabilidade pessoal de quem estuda, deve haver cobrança também dos estudantes sobre o trabalho de quem ensina. Será que isso tem acontecido?
Fica então a dica para a leitura do texto:

Qualidade da educação em risco
Por Sílvia Gusmão Ramos para o NE10

Pesquisa do Data Popular mostra que, entre 2002 e 2009, o número de estudantes de graduação passou de 3,6 para 5,8 milhões, dos quais 58% pertencem à classe C. A ampliação da inclusão social proporcionada pelo aumento de renda no Brasil e comprovada pelos dados é, sem dúvidas, uma conquista a ser comemorada. O processo deve, entretanto, ser pensado e desenvolvido com a atenção que a complexidade do tema demanda. Isso porque algumas vezes pode se configurar numa cilada, quando se pensa em crescimento sustentável.

É o caso da educação. A precariedade da rede pública de ensino tem tido reflexo direto no desempenho desse novo perfil de alunos do ensino superior. Carentes de conhecimento e de leitura, um grande número desses jovens chega às faculdades sem o domínio das regras de ortografia, concordância e cálculo, além de não conseguir fazer a interpretação dos textos. Situação que problematiza o entendimento e o acompanhamento dos conteúdos das disciplinas dos cursos. 

A dificuldade em acompanhar as matérias é tal que algumas instituições de ensino superior particulares de São Paulo têm procurado soluções para não perder seus alunos. Tem investido em aulas de nivelamento no primeiro ano das graduações. O reforço costuma acontecer antes do período normal de aulas, no caso do noturno, ou após o expediente escolar, para quem estuda pela manhã.

Trata-se de uma ação estratégica dessas instituições, imprescindível para sua sobrevivência. Ir além da queixa da precária escolaridade dos estudantes ou do estabelecimento de todo tipo de acordo, comprometendo inclusive a qualidade do ensino, para mantê-lo deles na faculdade. 

Vale lembrar que um desempenho negativo dos alunos em provas como o Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) coloca em risco a existência da faculdade no mercado. E os resultados recentes da rede particular não são nada animadores. Enquanto 83% das instituições de Ensino Superior que obtiveram resultados insatisfatórios são privadas, 56% das universidades que alcançaram a nota máxima da avaliação são públicas.

A ONU e a alimentação



Por duas décadas, a demanda global por alimentos aumentou de forma constante, juntamente com o crescimento mundial da população, safras recordes, melhorias na renda e com a diversificação das dietas. Como resultado, os preços dos alimentos continuaram a declinar até 2000.

Mas, a partir de 2004, os preços para a maioria dos grãos começou a subir. Embora tenha havido um aumento da produção, o aumento da procura foi maior.

Estoques de alimentos se esgotaram. E então, em 2005, a produção de alimentos foi dramaticamente afetada por incidentes meteorológicos extremos nos principais países produtores de alimentos. Em 2006, a produção mundial de cereais caiu 2,1%. Em 2007, o rápido aumento dos preços do petróleo aumentou os custos de fertilizantes e da produção alimentos.

Com os preços internacionais dos alimentos atingindo níveis sem precedentes, os países procuraram maneiras de isolar-se da escassez de alimentos e potenciais choques de preços. Vários países exportadores de alimentos impuseram restrições à exportação. Alguns principais importadores começaram a comprar os grãos a qualquer preço para manter o abastecimento interno.

Isto resultou em pânico e volatilidade nos mercados internacionais de grãos. Também atraiu investimentos especulativos a mercados futuros e opcionais de grãos. Como resultado, os preços subiram ainda mais.

Posteriormente, os preços das commodities alimentares pareceram estar se estabilizando. Mas os preços devem continuar elevados em médio e longo prazo, com consequências devastadoras para as populações mais vulneráveis do mundo.

Para resolver a crise crescente, o Secretário-Geral propôs a criação de uma Força-Tarefa, que, em julho de 2008, publicou o seu Quadro de Ação Global. Composto de 20 membros do Sistema da ONU, é presidido pelo Secretário-Geral Ban Ki-moon. O vice-presidente é Jacques Diouf, Diretor-Geral da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação.

“O aumento dramático nos últimos 12 meses nos preços globais de alimentos ameaça a segurança global dos alimentos e da nutrição…

Antes do rápido aumento dos preços dos alimentos, cerca de 854 milhões de pessoas [eram] desnutridas.

A crise pode conduzir mais 100 milhões de pessoas à pobreza e à fome.”

Força-Tarefa de Alto Nível para a Crise Global de Segurança Alimentar, “Quadro de Ação Global” (Julho de 2008)

Segundo a Força-Tarefa, estes preços elevados estão vinculados ao impacto sobre a capacidade do mundo para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio. Isso se aplica em especial aos objetivos que estabeleceram parâmetros para a redução da pobreza, da fome, da mortalidade infantil, da saúde materna e da educação básica para todos.

Seu amplo quadro define ações para atender às necessidades imediatas das populações vulneráveis. Estas incluem a assistência alimentar, as intervenções de nutrição, o desenvolvimento de redes de segurança e mudanças nas políticas comercial e fiscal. Outras ações visam criar em longo prazo um sistema global de alimentos e nutrição mais resiliente. Estas incluem medidas de proteção social, o apoio ao pequeno agricultor local e a regulação do papel dos investimentos especulativos nos mercados de alimentos internacionais.

Os membros mais ativos do Sistema da ONU no combate a esta crise, bem como as ações que estão tomando, são os seguintes:

O Programa Mundial de Alimentos (PMA), através da sua Resposta Global aos Preços Altos de Alimentos, está aumentando a disponibilidade de alimentos nutritivos para crianças, mães e outros grupos particularmente vulneráveis. Também está incluindo novos e melhores produtos às suas rações alimentares e promovendo a produção local e a compra de alimentos e produtos alimentares nutritivos.

O Novo Acordo na Política Global de Alimentos do Banco Mundial trabalha a curto, médio e longo prazo, através de redes de segurança tais como merenda escolar, alimentos por trabalho e transferências condicionais de dinheiro. Ele promove o aumento da produção agrícola, a compreensão do impacto dos biocombustíveis e uma redução nos subsídios que distorcem o comércio e as barreiras. Seu novo mecanismo de financiamento rápido de 1,2 bilhão de dólares, o Programa Global de Resposta Alimentar, acelera a assistência aos países mais necessitados.

A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) direcionou quase 59 milhões de dólares em 2008 para auxiliar os países mais prejudicados durante épocas de plantio. A Iniciativa sobre o aumento dos Preços dos Alimentos da FAO envolve o fornecimento de análises de políticas e assistência, e aumentou o acesso a adubos, sementes e ferramentas. Ela promove a reabilitação da infraestrutura, inclusive por meio de irrigação. Também lida com a melhoria da produção, mercados agrícolas, redução da perda de colheitas, gestão de riscos de desastres, apoio à coordenação e assistência técnica.

O Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA) disponibilizou 200 milhões de dólares, como um primeiro passo, para impulsionar a produção agrícola nos países afetados. Os fundos apoiam o aumento da produção por pequenos produtores e agricultores familiares. E ajudam a fornecer crédito para a compra de insumos agrícolas, para a distribuição de sementes e para a multiplicação de sementes por organizações de agricultores. O FIDA concede assistência para ajudar os agricultores a aumentarem a produção de alimentos básicos, incluindo grãos e produtos lácteos básicos. Ele ajuda a melhorar a fertilidade da terra e a gestão sustentável da terra e da água.

A reprovação da Educação Brasileira



Texto escrito por Lya Luft e publicado na revista Veja de 14 de setembro

Há quem diga que sou otimista demais. Há quem diga que sou pessimista. Talvez eu tente apenas ser uma pessoa observadora habitante deste planeta, deste país. Uma colunista com temas repetidos. Ah, sim, os que me impactam mais, os que me preocupam mais, às vezes os que me encantam particularmente.

Uma das grandes preocupações de qualquer ser pensante por aqui é a educação. Fala-se muito, grita-se muito, escreve-se, haja teorias e reclamações. Ação? Muito pouca, que eu perceba. Os males foram-se acumulando de tal jeito que é difícil reorganizar o caos.

Há coisa de trinta anos, eu ainda professora universitária, recebíamos as primeiras levas de alunos saídos de escolas enfraquecidas pelas providências negativas: tiraram um ano de estudo da meninada, tiraram latim, tiraram francês, foram tirando a seriedade, o trabalho: era a moda do “aprender brincando”. Nada de esforço, punição nem pensar, portanto recompensas perderam o sentido. Contaram-me recentemente que em muitas escolas não se deve mais falar em “reprovação, reprovado”, pois isso pode traumatizar o aluno, marca-lo desfavoravelmente. Então, por que estudar, por que lutar, por que tentar?

De todos os modos facilitamos a vida dos estudantes, deixando-os cada vez mais despreparados para a vida e o mercado de trabalho. Empresas reclamam da dificuldade de encontrar mão de obra qualificada, médicos e advogados quase não sabem escrever, alunos de universidades que têm problemas para articular o pensamento, para argumentar, para escrever o que pensam. São, de certa forma, analfabetos. Aliás, o analfabetismo devasta este país. Não é alfabetizado quem sabe assinar o nome, mas quem o saber assinar embaixo de um texto que leu e entendeu. Portanto, a porcentagem de alfabetizados é incrivelmente baixa.

Agora sai na imprensa um relatório alarmante. Metade das crianças brasileiras na terceira série do elementar não sabem ler bem escrever. Não entende para que serve a pontuação em um texto. Não sabe ler as horas e minutos num relógio, não sabe que centímetros é uma medida de comprimento. Quase a metade dos mais adiantadas escreve mal, quase 60% têm dificuldades graves com números. Grande contingentes de jovens chega às universidades sem saber redigir um texto simples, pois não sabem pensar, muito menos expressar-se por escrito. Parafraseando um especialista, estamos produzindo estudantes analfabetos.

Naturalmente, a boa ou razoável escolarização é muito maior em escolas particulares: professores menos mal pagos, instalações melhores, algum livro na biblioteca, crianças mais bem alimentadas e saudáveis – pois o estado não cumpre o seu papel de garantir a todo cidadão (especialmente à criança) a necessária condição de saúde, moradia e alimentação.

Faxinar a miséria, louvável desejo da nossa presidenta, é essencial para nossa dignidade. Faxinar a ignorância – que é uma outra forma de miséria – exigiria que nos orçamentos da União e dos estados a educação, como a saúde, tivesse uma posição privilegiada. Não há dinheiro, dizem. Mas políticos aumentam seus salários de maneira vergonhosa, a coisa pública gasta nem se sabe direito onde, enquanto preparamos gerações de ignorantes, criados sem limites, na lhes é exigido, devem aprender brincando. Não lhes impuseram a mais elementar disciplina, como se não soubéssemos que escola, família, a vida sobretudo, se constroem em parte de erro e acerto, e esforço.

Mas se não podemos reprovar os alunos, se não temos mesas e cadeiras confortáveis e teto sólido sobe nossa cabeça nas salas de aula, como exigir aplicação, esforço, disciplina e limites, para o natural crescimento de cada um?

Cansei de falas grandiloquentes sobre educação, enquanto não se faz quase nada. Falar já gastou, já cansou, já desiludiu, já perdeu a graça. Precisamos de atos e fatos, orçamentos em que educação e saúde (para poder ir a escola, prestar atenção, estudar, render e crescer) tenham um peso considerável: fora isso, não haverá solução. A educação brasileira continuará, como agora, escandalosamente reprovada.

Tipos de Aprendizagem Pessoal



Você está tendo problemas para absorver novos conteúdos nos seus estudos?

Você pode querer saber mais sobre seu estilo próprio de aprendizagem. Seu estilo de aprendizagem é a maneira que você prefere aprender. Ele não tem nada a ver com o quão inteligente você é ou quais são as habilidades que você desenvolveu. Tem a ver com a forma como o seu cérebro funciona de forma mais eficiente de apreender novas informações. Seu estilo de aprendizagem tem estado com você desde que você nasceu.

Não há tal coisa como um estilo de aprendizagem ser “bom” ou ser “ruim”. O sucesso vem com muitos estilos de aprendizagem diferentes. Não há uma abordagem “direita” de aprendizagem. Todos nós temos nossa própria maneira particular de aprender. O importante é estar ciente da natureza do seu estilo de aprendizagem. Se você entende de como o seu cérebro aprende melhor, você terá maior chance de estudar de uma forma produtiva.

Para você começar a pensar em seu estilo de aprendizagem, pense sobre a maneira pela qual você se lembra de um número de telefone. Você vê, no olho da sua mente, como se olhasse para o telefone? Ou você pode “ver” o número em que pedaço de papel, imaginando-o exatamente como você o escreveu? Você pode ser um aprendiz Visual. Ou, talvez você possa “ouvir” o número da mesma forma como se ouvisse alguém recitá-lo para você. Neste caso, você pode ser um aprendiz auditivo. Se você “deixar seus dedos fazerem a caminhada” no telefone, ou seja, seus dedos discarem o número sem olhar para o telefone, você pode ser um aprendiz Tátil / Cinestésico (sensível ao movimento).

Esta forma de olhar para o estilo de aprendizagem utiliza os diferentes canais de percepção (ver, ouvir, tocar / mover) como seu modelo. Esta é uma visão um pouco simplista de um assunto muito complicado (o cérebro humano). No entanto, olhando de um ponto de vista perceptivo para estilo de aprendizagem é uma forma útil para começar.

Combinar seu estilo com estratégias de aprendizagem

Embora não haja um estilo de aprendizagem “bom” ou “ruim”, pode haver uma combinação boa ou ruim entre a forma como você aprende melhor e da maneira um determinado curso é ensinado. Suponha que você é um aprendiz visual, matriculado em um curso de aula tradicional. Você sente que instrutor fica falando por horas e você não consegue prestar atenção ou ficar interessado na aula. Há uma incompatibilidade entre seu estilo de aprendizagem e do ambiente de ensino. Assim que você compreender esse descompasso, você pode encontrar maneiras de adaptar seu estilo para garantir o seu sucesso no aprendizado.

Você pode começar a gravação das palestras para que você não se preocupar em perder informações importantes. Você pode optar por desenhar diagramas que ilustram as ideias que estão sendo apresentadas. Você pode ir para o computador e encontrar um vídeo para ajudar a fornecer algumas informações adicionais. O que você está fazendo é desenvolver estratégias de aprendizagem que trabalham para você porque elas são baseadas em seu conhecimento do seu próprio estilo de aprendizagem.

Uma descrição dos Quatro Estilos de Aprendizagem e estratégias de aprendizagem.

Estilo de Aprendizagem Visual / Verbal

Você aprende melhor quando as informações são apresentadas visualmente e em um formato de linguagem escrita. Em sala de aula, você se beneficia de instrutores que utilizam o quadro negro (ou retroprojetor) para listar os pontos essenciais de uma aula, ou que fornece um esboço para acompanhar durante a palestra. Você se beneficia a partir de informações obtidas através de livros e notas de aula. Você tende a gostar de estudar sozinho em uma sala silenciosa. Muitas vezes você vê as informações “em sua mente” quando você está tentando lembrar alguma coisa.

Estratégias de aprendizagem para o aluno Visual / Verbal:

Para ajudar recordar-se, fazer uso de “código de cores” quando se estuda novas informações em livro-texto ou notas. Usando canetas marca-texto, destacar diferentes tipos de informação em cores contrastantes.

Escrever frases e frases que resumem as principais informações obtidas a partir do seu livro e aula.
Faça fichários de palavras e conceitos que precisam ser memorizados. Use canetas marca-texto para enfatizar postos-chave sobre os cartões. Limitar a quantidade de informações por cartão assim que sua mente puder formar uma “imagem” mental da informação.

Ao apreender as informações apresentadas em diagramas ou ilustrações, escrever explicações para o que foi aprendido.

Ao aprender matemática ou informações técnicas, escrever em frases e frases-chave de sua compreensão do material. Quando um problema envolve uma sequência de passos, escrever em detalhes como fazer cada etapa.

Fazer uso de processamento de texto de computador. Copiar as principais informações das suas notas e livros didáticos em um computador. Use as impressões para revisão visual.

Antes de um exame, faça você mesmo lembretes visuais de informações que devem ser memorizadas.  Ao fazê-los observar que contenham palavras-chave e conceitos e também colocá-los em locais de grande visibilidade – em seu espelho, notebook, painel do carro, etc.

O Estilo de Aprendizagem Visual / não-verbal

Você aprende melhor quando as informações são apresentadas visualmente e em uma imagem ou formato de design. Em sala de aula, você se beneficia de instrutores que usam recursos visuais, como cinema, vídeo, mapas e gráficos. Você se beneficia de informações obtidas com as imagens e diagramas em livros didáticos. Você tende a gostar de trabalhar em uma sala silenciosa e pode não gostar de trabalhar em grupos de estudo. Ao tentar lembrar de algo, muitas vezes você pode visualizar uma foto em sua mente. Você pode ter um lado artístico que gosta de atividades tendo a ver com arte visual e design.

Estratégias de aprendizagem para o aluno Visual / não-verbal:

Faça fichários de informações-chave que precisam ser memorizadas.

Desenhar símbolos e imagens sobre os cartões para facilitar relembrar.

Use canetas marca-texto para destacar as palavras-chave e imagens sobre os fichários. Limitar a quantidade de informações por cartão, assim que sua mente puder tirar uma foto “mental” da informação.

Marcar as margens do seu livro com palavras-chave, símbolos e diagramas que o ajudam a lembrar do texto. Use canetas marca-texto de cores contrastantes com “código de cor” para cada informação.

Ao aprender matemática ou informações técnicas, fazer gráficos para organizar a informação. Quando um problema matemático envolve uma sequência de passos, desenhar uma série de caixas, cada uma contendo o número apropriado de informações em dada sequência.

Use papel quadriculado grande praça para ajudar a criar gráficos e diagramas que ilustram os conceitos-chave.

Use o computador para ajudar na organização de material que precisa ser memorizado. Usando processamento de texto, criar tabelas e gráficos com gráficos que ajudam a compreender e reter o material do curso. Use planilha e software de banco de dados para organizar material que precisa ser aprendido.

Tanto quanto possível, traduzir as palavras e ideias em símbolos, imagens e diagramas.

O estilo tátil / cinestésico de Aprendizagem

Você aprende melhor quando fisicamente envolvido em uma atividade “manual”. Na sala de aula, você se beneficia de um ambiente de laboratório onde o homem possa manipular materiais para apreender novas informações. Você aprende melhor quando pode ser ativo fisicamente no ambiente de aprendizagem. Você se beneficia de instrutores em sala de aula que incentivam manifestações, “mãos-a-obra” nas experiências dos sistemas de aprendizagem do estudante e trabalho de campo fora da sala de aula.

Estratégias para o Aprendiz Tátil / Cinestésico:

Para ajudar você a manter o foco em classe, sentar-se perto da frente da sala e tomar notas durante todo o período de aula. Não se preocupe com a ortografia correta ou escrever frases completas. Anote as palavras-chave e desenhe ou faça gráficos para ajudá-lo a reter a informação que você está ouvindo.

Ao estudar, andar para trás e para frente com livros didáticos, notas ou fichários na mão e ler as informações em voz alta.

Pensar em maneiras de fazer a sua aprendizagem de algo tangível, ou seja, você pode colocar em suas mãos. Por exemplo, fazer um modelo que ilustra um conceito-chave. Gastar mais tempo em um ambiente de laboratório para aprender um procedimento importante. Passe algum tempo no campo (por exemplo, um museu, site histórico, ou local de trabalho) para ganhar experiência em primeira mão de seu assunto.

Para aprender uma sequência de passos, faça cartões 3x5 cm para cada etapa. Organizar as cartas no topo de uma tabela para representar a sequência correta.

Colocar em palavras, símbolos ou imagens no seu fichários, qualquer coisa que ajude você a se lembrar da informação.

Use canetas marca-texto em cores contrastantes para destacar pontos importantes.

Limitar a quantidade de informações por cartão ajuda a recordar. Pratique colocar as cartas em ordem até que a sequência se torne automática.

Ao rever a nova informação, copiar postos-chave em um quadro-negro, placa de cavalete, ou superfície de escrita de grande porte.

Fazer uso do computador para reforçar a aprendizagem através do sentido do tato. Usando o software de processamento de texto, copiar as informações essenciais de suas notas e livros didáticos. Utilização de gráficos, tabelas e planilhas para organizar o material que deve ser aprendido.

Estilo de Aprendizagem Auditivo / Verbal

Você aprende melhor quando a informação é apresentada em um formato auditivo de linguagem oral. Em sala de aula, você se beneficia em ouvir palestras e participar de discussões em grupo. Você também se beneficia com a obtenção de informações a partir de fita de áudio. Ao tentar lembrar-se de algo, muitas vezes você pode “ouvir” a forma como alguém lhe disse a informação, ou a forma como você já repetiu em voz alta. Você aprende melhor quando interage com outros em uma audição.

Estratégias para aprendizagem Auditivo / Verbal:

Participar de um grupo de estudo para ajudá-lo a aprender o material do curso. Ou, trabalhar com um “professor particular” em uma base contínua para rever as informações-chave e preparar-se para os exames.

Ao estudar por si mesmo, falar em voz alta para ajudar a relembrar. Em uma sala onde você não incomodará ninguém, leia suas anotações e livro em voz alta.

Grave suas palestras. Use o ‘pause’ para evitar a gravação de informação irrelevante.

No início de cada palestra, definir o seu contador para ’000 ‘. Se um conceito discutido durante a palestra parece particularmente confuso olhar, o número balcão do tempo e anotá-lo. Depois, você pode avançar para esse número de rever o material que o confundiu durante a palestra.

Use áudio-books, ajudar a reter as informações. Ou, crie a suas próprias fitas de áudio através da leitura de notas e informações de livros em um gravador.

Ao se preparar para um exame, reveja as gravações no seu carro ou em um MP3 player sempre que você puder.

Ao aprender matemática ou informações técnicas faça o “seu caminho” através das novas informações colocando o problema em suas próprias palavras.

Para aprender uma sequência de passos, reescrevê-los em forma de frases e lê-los em voz alta.

Estas orientações irão ajuda-lo a entender o mecanismo do processamento das informações que chegam até você. As dicas que damos podem ser rearranjadas por você mesmo a medida que for conhecendo mais profundamente o processo cognitivo usado pelo seu cérebro.

A prova do ENEM 2011 vem aí



Nos próximos dias 22 e 23 de Outubro às 13:00 h (Horário de Brasília), 5,3 milhões de estudantes farão as provas do Exame Nacional do Ensino Médio – ENEM 2011.

Em entrevista recente, Malvina Tuttman, a presidente do Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais (INEP), responsável pela seleção, informou que as provas já estão sendo impressas na gráfica RR Donneley.

Este ano, para evitar repetir erros ocorridos em edições passadas, foram inseridas algumas novidades. O Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro) foi contratado para realizar a certificação de toda produção das provas, inclusive a parte gráfica, visando garantir a integridade da impressão dos testes do ENEM. Após a impressão, as provas ficarão sob guarda e segurança do Exército, para garantir que não haja vazamento das questões, como em 2009.

Enem 2011: os resultados não serão mais ranqueados por escola

A presidente afirmou ainda que a capacitação de 350 mil fiscais está sendo intensificada em todo o pais. Os fiscais do ENEM, serão servidores de Institutos e Universidades Federais.

A divulgação dos resultados também terá novidades. Um acordo entre o INEP e o Ministério da Educação, estabelece que a divulgação não será mais feita por escola, para não evidenciar, possíveis diferenças entre as instituições de ensino, fato que cria um ranqueamento.

E, em 2011, o aluno poderá ter aceso à correção de suas provas, tanto das objetivas quanto da redação, bastando para isso, que após a divulgação dos resultados, o aluno entre no site do INEP com login e senha obtidos no sistema.

ENEM 2011: novidades para quem deseja uma graduação no exterior

Outra novidade, é que a Classificação no ENEM 2011 será um dos critérios adotados para concessão de bolsas de graduação no exterior, através do programa: “Ciência sem Fronteira”.

O Ministro da Ciência Tecnologia e Inovação, Aloizio Mercadante afirmou que das 100 mil bolsas existentes no Programa, 27.100 serão oferecidas aos graduandos. As restantes vão ser distribuídas entre os cursos de Mestrado e de Doutorado.

Para estarem aptos a concorrer a uma destas bolsas, os participantes do ENEM devem obter média final igual ou maior do que 600.

Prepare-se bem, pois a recompensa poderá ser o ingresso em uma das 73 universidades públicas que adotaram o ENEM como parte integrante ou total da avaliação de seus candidatos.

Mudanças climáticas forçam espécies a migrar mais rápido: estudo



As mudanças climáticas parecem estar forçando muitos seres vivos a emigrar para locais mais favoráveis até três vezes mais rapidamente do que se pensava até agora, segundo um estudo publicado na revista Science.

Cientistas compilaram estudos anteriores sobre a migração das espécies e os combinaram em uma meta-análise que demonstrou uma clara tendência de movimento rumo a climas mais frios, com migrações mais rápidas nos locais onde o calor é mais intenso.

"Estas mudanças equivalem a um distanciamento de animais e plantas em relação ao equador de 20 centímetros por hora, a cada hora do dia, durante todos os dias do ano", disse o responsável pelo projeto, Chris Thomas, professor de Biologia na Universidade de York, no Reino Unido.

"Isto tem acontecido nos últimos 40 anos e vai continuar pelo menos durante o restante deste século", acrescentou.

O estudo é "um resumo do estado de conhecimento do mundo sobre como as espécies estão respondendo às mudanças climáticas", explicou a co-autora do trabalho e professora de Ecologia de York, Jane Hill.
"Nossa análise mostra que as taxas de resposta às mudanças climáticas são duas ou três vezes mais rápidas do que se pensava", sustentou.

Os dados provêm de estudos de aves, mamíferos, répteis, insetos, aranhas e plantas em Europa, América do Norte, Chile, Malásia e ilha de Marion, na África do Sul.

Ao agrupar os estudos e analisar seus resultados, os cientistas encontraram pela primeira vez um vínculo entre o aumento da temperatura e a movimentação dos organismos.

"Esta pesquisa mostra que o aquecimento global está fazendo com que as espécies se movam para os polos e para as elevações mais altas", destacou outro dos autores do estudo, I-Ching Chen, pesquisador da Academia Sinica, em Taiwan.

"Demonstramos pela primeira vez que a mudança na distribuição das espécies se correlaciona com as mudanças do clima nessa região", afirmou.
Estudos anteriores sugeriram que algumas espécies estão em risco de extinção devido à sua mudança de habitat, mas estes não se aprofundam no tema.

Ao invés disto, os cientistas disseram esperar que a análise dê uma imagem mais precisa das mudanças que acontecem em todo o planeta.

"A comprovação de quão rápido as espécies estão se movimentando devido às mudanças climáticas indica que muitas, de fato, podem estar se encaminhando rapidamente para a extinção onde as condições climáticas estão se deteriorando", afirmou Thomas.

"Por outro lado, outras espécies estão migrando para novas áreas, onde o clima se tornou adequado, de forma que haverá alguns ganhadores e muitos perdedores", afirmou.

Terra abriga 8,7 milhões de espécies diferentes, calcula estudo



O planeta Terra tem 8,7 milhões de espécies diferentes, embora poucas tenham sido descobertas e catalogadas, afirmaram pesquisadores.

Este número, publicado na revista PLoS Biology e apresentado como "o cálculo mais preciso divulgado até agora", revisa estimativas anteriores que oscilavam entre 3 e 100 milhões.

Estima-se que 1,25 milhão de espécies tenham sido descobertas e classificadas desde que o cientista sueco Carl Linnaeus instaurou, em meados do século XVIII, o sistema de taxonomia adotado até hoje.

A cifra de 8,7 milhões é uma projeção baseada em uma análise matemática das espécies conhecidas.

Segundo o estudo, realizado por cientistas da Universidade de Dalhousie, no Canadá, e da Universidade do Havaí, ainda não foram descobertas 86% das espécies terrestres e 9% das marinhas.

"A pergunta de quantas espécies existem intrigou os cientistas durante séculos e a resposta, junto com o estudo de outros sobre a distribuição e a abundância das espécies, é particularmente importante agora porque uma grande quantidade de atividades humanas e influências estão acelerando a taxa de extinção", disse o autor principal do trabalho, Camilo Mora, da Universidade do Havaí.
"Muitas espécies podem desaparecer antes mesmo de sabermos de sua existência, de seu nicho único e função nos ecossistemas, e de sua contribuição para melhorar o bem-estar humano", acrescentou.

O estudo calcula que haja 7,77 milhões de espécies de animais, das quais 953.434 descritas e catalogadas, e 298.000 espécies de plantas, com 215.644 descritas e catalogadas até o momento.

Os cientistas também afirmaram que há provavelmente 611.000 espécies de fungos, como o mofo e os cogumelos, dos quais 43.271 são conhecidos pela ciência.

Por volta de 36.400 espécies de protozoários ou organismos unicelulares como as amebas, e 27.500 espécies eucariotas como as algas pardas, também foram incluídas na contagem projetada.

"A Humanidade se comprometeu a salvar espécies em risco de extinção, mas até agora não tínhamos uma ideia real de quantas seriam", disse o co-autor do estudo, Boris Worm, da Universidade de Dalhousie.

A Lista Vermelha, publicada pela União Internacional para a Conservação da Natureza acompanha 59.508 espécies, das quais 19.625 são consideradas ameaçadas de extinção.

Estudo identifica influência das variações climáticas em guerras civis



Variações climáticas como o El Niño e La Niña têm impacto sobre conflitos nas regiões afetadas por estes fenômenos, que correm o risco de se agravar com a emissão de gases da era industrial, afirma um estudo publicado na revista Nature.

Os países tropicais, que sofrem com tempestades causadas pelo fenômeno El Niño, são duas vezes mais suscetíveis a terem conflitos internos do que países afetados pelo La Niña, mais úmida e menos quente.

A fome, que dobrou na Somália por causa de uma guerra civil e castiga o Chifre da África, é um exemplo dos efeitos das variações do clima, que intensificam a seca e as tensões de sociedades já fragilizadas, segundo os autores da pesquisa. Eles acrescentam que estes riscos aumentarão com o aquecimento global causado pela emissão de gases estufa.

"O estudo mostra inegavelmente que, mesmo no nosso mundo moderno, as variações climáticas têm impacto sobre a propensão das pessoas à violência", explica Mark Cane, pesquisador do clima do Observatório da Terra Lamont-Doherty da Universidade de Columbia, em Nova York.

Conhecido pela sigla ENSO (El Niño-Southern Oscillation), o fenômeno atinge o Hemisfério Sul e é um ciclo que aparece a cada dois ou sete anos e dura entre nove meses e dois anos, provocando fortes perdas na agricultura, pesca e extrativismo florestal.

O fenômeno decorre do acúmulo de massas d'água quente na parte ocidental do Pacífico tropical e atravessa o oceano. Pode provocar modificações drásticas nos ciclos de chuvas e nas temperaturas, gerando ondas de calor, ventos secos e violentos na África, parte sul da Ásia e sudoeste da Austrália.

Já o ciclo inverso, o La Niña, causado por um resfriamento das massas de água na parte oriental do Pacífico, favorece fortes chuvas nessas regiões.

Os autores do estudo examinaram os dois fenômenos climáticos no período de 1950 a 2004 e os cruzaram com as informações sobre conflitos internos que causaram no mínimo 25 mortos por ano durante o mesmo período.
Cento e setenta e cinco países e 234 conflitos, dos quais mais da metade matou mais de mil mortos nos confrontos, também foram analisados.

Durante o período de observação do La Niña, a probabilidade de um conflito acontecer era de 3%, enquanto durante o El Niño esta porcentagem subia para 6%, o dobro segundo o estudo. E o risco de um conflito em países que não são afetados por nenhum dos dois fenômenos era de 2%.

Segundo os pesquisadores, o El Niño pode ter tido influenciado 21% dos casos de guerras civis pelo mundo, uma cifra que chega a 30% nos países especialmente afetados pelo fenômeno.

Solomon Hsiang, principal pesquisador do estudo, afirmou que o El Niño é um fator invisível, mas que provoca perdas nas colheitas, favorece as epidemias após as tempestades, intensifica a fome, o desemprego e as desigualdades que, por sua vez, alimentam a discórdia e o descontentamento.

Outros fatores que podem influenciar no nível de risco de uma guerra civil são o crescimento demográfico, a prosperidade e a capacidade de os governos controlarem os eventos ligados ao El Niño.

Segundo Hsiang, a crise atual na Somália, que não foi incluída no estudo, é um "exemplo perfeito" das consequências indiretas do El Niño.

Acidente de Fukushima liberou 168 vezes mais césio 137 que bomba de Hiroshima



A quantidade de césio radioativo liberada em 11 de março passado da central nuclear japonesa de Fukushima foi 168 vezes mais importante do que a liberada pela bomba atômica de Hiroshima em 1945, afirmou o jornal Tokyo Shimbun.

A publicação, que diz basear-se em estimativas do governo, informa que os reatores danificados pelo tsunami liberaram até agora 15.000 terabecquerels de césio 137.

Em agosto de 1945, a bomba atômica largada pelo exército americano sobre a cidade de Hiroshima liberou instantaneamente na atmosfera 89 terabecquerels deste isótopo, cujo período radioativo é de 30 anos, acrescentou o jornal.

"Em teoria, a quantidade de césio 137 liberado pela central de Fukushima é, portanto, 168,5 vezes mais importante que a da bomba americana", destacou o jornal, acrescentando que estimativa foi feita pelo governo a pedido de uma comissão parlamentar.

No entanto, a comparação termina aí, já que a bomba atômica provocou 140.000 mortos, em um primeiro momento, pelo calor ou a onda da explosão, e nos meses seguintes pelos efeitos das radiações. O acidente de Fukushima no momento não causou morte alguma.