Geografia da Amizade

Geografia da Amizade

Amizade...Amor:
Uma gota suave que tomba
No cálice da vida
Para diminuir seu amargor...
Amizade é um rasto de Deus
Nas praias dos homens;
Um lampejo do eterno
Riscando as trevas do tempo.
Sem o calor humano do amigo
A vida seria um deserto.
Amigo é alguém sempre perto,
Alguém presente,
Mesmo, quando longe, geograficamente.
Amigo é uma Segunda eucaristia,
Um Deus-conosco, bem gente,
Não em fragmentos de pão,
Mas no mistério de dois corações
Permutando sintonia
Num dueto de gratidão.
Na geografia
da amizade,
Do amor,
Até hoje não descobri
Se o amigo é luz, estrela,
Ou perfume de flor.
Sei apenas, com precisão,
Que ele torna mais rica e mais bela
A vida se faz canção!

"Roque Schneider"



Quem sou eu

Salvador, Bahia, Brazil
Especialista em Turismo e Hospitalidade, Geógrafa, soteropolitana, professora.

domingo, 7 de agosto de 2011

Alta da temperatura média do planeta pode afetar biodiversidade


Pesquisas confirmam o aumento da temperatura média do Planeta. O aquecimento global é uma consequência das alterações climáticas ocorridas por causa do aumento da emissão dos gases de efeito estufa. O aumento da temperatura que já foi registrado em quase 1 grau Celsius (ºC), pode parecer insignificante, mas é suficiente para modificar todo clima de uma região e afetar profundamente a biodiversidade, provocando desastres ambientais.
O mundo acompanha, pelos meios de comunicação, as catástrofes provocadas por desastres naturais e as alterações que estão ocorrendo, rapidamente, no clima global. Nunca se viu mudanças tão rápidas e com efeitos devastadores como têm ocorrido nos últimos anos.
A comparação com o corpo humano pode dar uma idéia das consequências do aumento de temperatura para o clima global. Basta imaginar um aumento de 2 ºC na temperatura corporal de uma pessoa. Essa elevação provoca várias alterações no funcionamento do organismo. Os batimentos cardíacos ficam mais lentos e a transpiração aumenta. Se houver elevação de 5 ºC, a situação se torna grave, podendo até provocar convulsões. Ao se comparar o estado febril de uma pessoa com o aquecimento do planeta, acontece algo semelhante.
Segundo cientistas, se a temperatura do planeta aumenta em 2 ºC, as chuvas e secas já se alteram. Com uma elevação de 5 ºC, o clima da Terra entraria em colapso, afetando fortemente a agricultura e a pecuária. Em boa parte das zonas tropicais, o aumento da temperatura em níveis mais altos inundaria cidades litorâneas e provocaria a formação de furacões de maneira mais frequente, em quase todos os oceanos, inclusive no Atlântico Sul.
De acordo com a professora de geologia da Universidade Federal da Bahia Zelinda Leão, mais de 50% dos corais estão ameaçados com a elevação das águas do oceano. Zelinda diz que o que se tem observado no mundo é que as anomalias térmicas de 2 ºC, por mais de uma semana, têm provocado branqueamento dos corais. Esses branqueamentos sucessivos, principalmente, nos últimos 20, 30 anos têm causado mortalidade em massa de corais no mundo.
O glaciologista e professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul Jefferson Cardía Simões diz que os fóruns climáticos confirmam que a temperatura média da atmosfera terrestre continua aumentando, causando descongelamento das geleiras. “O que se sabe, hoje, é que as geleiras pequenas, exatamente aquelas que respondem mais rapidamente às mudanças climáticas, tendem a se retrair ou mesmo, a desaparecer nas próximas décadas”, afirma.
O secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do Ministério da Ciência e Tecnologia, Carlos Nobre, atribui o aquecimento observado em 50 anos ao aumento da emissão dos gases de efeito estufa, que afetam a atmosfera. “Nos últimos 100 anos, a temperatura na superfície do planeta já subiu, em média, cerca de 0,8 ºC. É muito difícil frear essa elevação e demoraria muito tempo. É preciso diminuir o risco futuro”, alerta.
Para diminuir esse risco, Nobre diz que é preciso um esforço global. Em relação aos oceanos, o pesquisador afirma que a temperatura das águas já aumentou meio grau. Ele ressaltou que a elevação do nível dessas águas, em 2100, pode ficar entre 40 centímetros e 1 metro, gerando tempestades, agitação no oceano, provocando ressacas violentas e erosões costeiras.
O Ministério de Ciência e Tecnologia pretende lançar, ainda este ano, o Sistema Nacional de Alerta de Desastres Naturais. O projeto vai atuar inicialmente em municípios brasileiros que já tenham o mapeamento de risco de deslizamentos e inundações. Nobre revela que a meta é implementar o sistema em todo o país em quatro anos.

Onda de calor no hemisfério Norte acelera degelo no Ártico


Em 2007 o gelo marinho do Oceano Ártico bateu o recorde negativo de degelo, mas este mês uma onda de calor atingiu o hemisfério Norte e acelerou o degelo sazonal do Ártico. Cientistas americanos alertam que a região pode ter em 2011 a menor extensão de gelo marinho já registrada.
Segundo o NSIDC (Centro Nacional de Dados de Gelo e Neve dos EUA), o gelo marinho no oceano Ártico está "a caminho de ficar abaixo do nível de 2007", quando bateu seu recorde.
Naquele ano, a Passagem Noroeste, que liga o Atlântico ao Pacífico pelo norte do Canadá, foi aberta pelo degelo pela primeira vez em séculos.
A passagem ainda não se abriu neste ano. Mas no último domingo a área coberta pelo gelo marinho era de 7,56 milhões de quilômetros quadrados, quase 3 milhões de quilômetros quadrados inferior à média 1979-2000.
"A extensão está menor nesta época do ano em 2011 do que em 2007", disse à Folha Josefino Comiso, da Nasa.
Segundo ele, um sinal positivo é que há mais gelo marinho espesso (menos propenso a derreter) neste ano. "No entanto, relata-se que as temperaturas no Ártico estão relativamente altas, e de fato poderemos ter um novo recorde de redução do gelo permanente neste ano."
Em julho, o Ártico tem perdido a cada dia uma área maior que a do Estado de Pernambuco em sua cobertura de mar congelado.
Isso se deve às temperaturas anormais: o polo Norte está de 6ºC a 8ºC mais quente que o normal neste mês. No litoral da Sibéria, elas estão de 3ºC a 5ºC maiores que o normal.
Pulso
O gelo marinho no Ártico tem um "pulso anual": ele atinge sua extensão máxima na primavera, em abril, e sua mínima em setembro, no outono. O aquecimento do planeta tem causado mais degelo no verão e menos recongelamento no inverno.
O gelo e a neve refletem 90% da radiação solar de volta para o espaço. O mar exposto pelo derretimento do gelo marinho, por outro lado, aumenta a absorção de radiação, elevando ainda mais a temperatura, porque é mais escuro. É por isso que o aquecimento global é mais grave no Ártico do que no resto do mundo.
Neste ano, a extensão máxima do gelo marinho foi a segunda menor já registrada. Em abril, a Folha sobrevoou regiões da Groenlândia que deveriam estar congeladas, mas que estavam completamente abertas.
O recorde de 2007 só não foi batido então por causa de uma onda de frio no começo da primavera, que deu esperança aos cientistas de que 2011 não fosse ser tão ruim.
Mas o degelo começou mais cedo na primavera --dependendo da região, até dois meses mais cedo, segundo o NSIDC--, formando poças d'água que aumentam ainda mais o derretimento

Ibama alerta sobre criação de cobras em cativeiro


Segundo alerta emitido pelo Ibama, apenas áreas rurais e devidamente autorizadas podem ter criatórios de cobras e ofidários.  
Coletar cobras direto da natureza sem autorização do Ibama é considerado crime ambiental que prevê multa de R$ 500 e de R$5 mil se a espécie estiver ameaçada de extinção, além de detenção de 6 meses a um ano.
Também é crime ambiental instalar um criatório sem licença. Nesse caso, o empreendimento está sujeito a multa de R$ 500 a R$ 10 milhões e a pena pode ir de 1 a 6 meses.
Quem se interessar pela criação de cobras, deve adquirir os animais de criadores legalizados junto ao Ibama. Existem apenas seis ofidários regulamentados no Brasil.
Segundo a coordenadora do Núcleo de Fauna em Mato Grosso do Sul, Paula Mochel, a extração do veneno para fins comerciais também necessita de pessoas especializadas e que tenham permissão do Ibama.



  • Caracteristicas do Território Nacional




  • Aurora Boreal


    A aurora boreal e austral são fenômenos visuais que acontecem ocorrem nas regiões polares de nosso planeta. São luzes coloridas que aparecem no céu, à noite. Normalmente é esverdeada. Estes fenômenos ocorrem em função do contato dos ventos solares com o campo magnético do planeta Terra.


    Este fenômeno quando acontece em regiões próximas ao pólo norte é chamado de aurora boreal e quando ocorre no pólo sul é chamado de aurora austral. Os fenômenos são mais comuns entre os meses de fevereiro, março, abril, setembro e outubro.

    A aurora boreal pode surgir em vários formatos como pontos luminosos, faixas no sentido horizontal ou circular. No entanto, aparecem sempre alinhados ao campo magnético terrestre. As cores podem variar bastante como, por exemplo, vermelha, laranja, azul, verde e amarela. Muitas vezes surgem em várias cores ao mesmo tempo. 


    Contudo, se por um lado somos presenteados com este lindo show de luzes da natureza, por outro somos prejudicados. Os mesmos ventos solares que causam este belo espetáculo interferem em meios de comunicação (sinais de televisão, radares, telefonia, satélites) e sistemas eletrônicos diversos.

    Curiosidades: 
    • O nome aurora boreal foi dado pelo astrônomo Galileu Galilei em homenagem à deusa romana Aurora (do amanhecer) e seu filho, deus grego do vento forte Bóreas.
    • Tal fenômeno não se restringe a Terra, também ocorre em outros planetas do sistema solar como Júpiter, Marte, Vênus e Saturno e também pode ser reproduzido de forma artificial.

    • O local onde há maior incidência da noite polar é na Lapônia Finlandesa.

    Os maiores rios do mundo

    Confira a seguir a lista dos quinze maiores rios do mundo, incluindo a localização, nascente, foz e o tamanho (em km) de cada um deles.

    RioLocalizaçãoNascenteFozKm
    AmazonasAmérica do SulLagos Glaciares, PeruOceano Atlântico, Brasil6.868
    NiloÁfrica OcidentalUganda, Centro da ÁfricaMar Mediterrâneo, Egito6.695
    Chang Yian (Yangtze Kiang)ChinaPlanalto Tibetano, ChinaMar Amarelo, China6.380
    Mississippi-Missouri-Red RockEstados UnidosNascente Red Rock, Montana, Estados UnidosGolfo do México, Estados Unidos6.270
    YeniseiRússiaMontanhas Tannu-Olatanhas, Tuva ocidental, RússiaOceano Ártico, Rússia5.550
    Ob-IrtishRússiaMontanhas Altai, RússiaMar de Kara, Oceano Ártico, Rússia5.410
    Huang Ho (Amarelo)ChinaParte Oriental das Montanhas Kunlan, ChinaGolfo de Chihli, China4.667
    Heilong (Amur)ÁsiaConfluência dos Rios Shilka e Argun, Rússia e ChinaEstreito Tatar, Oceano Pacífico, Rússia4.368
    Zaire (Congo)África CentralConfluência dos Rios Lualab e Luapula, CongoOceano Atlântico, Rep.Dem.Congo4.371
    LenaRússiaMontanhas Baikal, RússiaOceano Ártico, Rússia4.260
    MackenzieCanadáGreat Slave Lake, CanadáMar de Beaufort, Oceano Ártico, Canadá4.241
    NigerÁfrica OcidentalSerra Leoa e GuinéGolfo da Guiné, Nigéria4.167
    MekongSudeste da ÁsiaTerras Altas Tibetanas, ChinaSul do Mar da China, Vietname4.023
    ParanáAmérica do SulConfluência dos Rios Paranaíba e Grande, BrasilRio de la Plata, Argentina3.998
    Murray - DarlingOceaniaAlpes Australianos, New South Wales, AustráliaOceano Antártico3.750
    VolgaRússiaPlanalto Valdai, RússiaMar Cáspio, Rússia3.645

    Origem da palavra "MAPA"



    A palavra "mapa" surgiu na Idade Média e tem provavelmente origem cartaginesa, significando "toalha de mesa". Os navegadores e os negociantes, ao discutir sobre rotas, caminhos e localidades em locais públicos, rabiscavam diretamente nas toalhas (mappas), surgindo então o documento gráfico que era bastante útil a todos.
    Atualmente, a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) define "mapa" como: uma representação gráfica, em geral uma superfície plana e em uma escaladeterminada, com representação de acidentes físicos e culturais da superfície da Terra, ou deum planeta ou satélite.

    Tsunami


    tsunami.bmp

    Tsunamis ou tsunâmi são gigantescas ondas que possuem um grande volume de energia e que ocorrem nos oceanos. Essas ondas  são causadas pela movimentação das placas tectônicas localizadas abaixo dos oceanos, as placas oceânicas mais densas deslizam sob as placas continentais que são menos densas, num processo que se recebe o nome de subducção. Estes terremotos marítimos, conhecidos também como maremotos, deslocam uma grande quantidade de água formando uma ou mais ondas (tsunamis) que podem atingir as costas dos oceanos, provocando catástrofes.
    A força de um tsunami ocorre em razão de sua amplitude e velocidade. À medida que a onda se aproxima de terra, sua altura  aumenta e a velocidade diminui. As tsunamis podem atingir ondas de até trinta metros de altura, com forte poder de destruição. Essas grandes ondas são o resultado da ação da gravidade sobre a movimentação da massa de água.
    Outros fatores que podem desencadear uma tsunami são os deslizamentos de terra subaquáticos, assim como as erupções vulcânicas, isso ocorre no momento em que os grandes volumes de sedimentos e rochas  se deslocam e se redistribuem no fundo do mar, aumentando assim, o volume de água.

    Tsunamis que ficaram na história:     


    DATA
    MAGNITUDE
    ALT. MÁXIMA
    MORTES
    LOCAL
    02/07/1992
    7.2
    10 M
    170
    NICARÁGUA
    12/12/1992
    7,5
    26 M
    1.000
    ILHA DAS FLORES/INDONÉSIA
    12/07/1993
    7,6
    30 M
    200
    HOKAIDO/JAPÃO
    02/06/1994
    7,2
    14 M
    220
    JAVA/INDONÉSIA
    04/10/1994
    8,1
    11 M
    11
    ILHAS CURILAS
    14/11/1994
    7,1
      7 M
    70
    MINDORO
    21/02/1996
    7,5
      5 M
    12
    PERU
    17/07/1998
    7,0
    15 M
    2.000
    NOVA GUINÉ
    26/12/2004
    9,0
    50 M
    220.000
    OCEANO ÍNDICO

    Como se forma um tsunami



    1. A abertura causada pelo tremor no leito do mar empurra a água para cima, dando início à onda.

    2. A onda gigante então se move nas profundezas do oceano em altíssima velocidade.

    3. Na medida em que se aproxima da terra, a onda perde velocidade, no entanto fica mais alta.

    4. A onda então avança por terra, arrasando tudo em seu caminho.

    Coliseu de Roma

    O famoso Coliseu de Roma, também conhecido como Anfiteatro Flaviano, era o local de exibição de uma série de espetáculos, como por exemplo os combates entre gladiadores. Ocorria também a caça de animais, como leões, leopardos e panteras, além de rinocerontes, hipopótamos, elefantes, girafas, crocodilos e avestruzes. As caçadas ocorriam em cenários onde existiam árvores e edifícios movíveis.

    O nome Coliseu vem da expressão latina Colosseum, devido à estátua colossal de Nero, que ficava perto a edificação. Localizado no centro de Roma, destaca-se pelo seu volume e relevo arquitetônico. Com quase 50 metros de altura, originalmente apresentava capacidade próxima a 50 000 pessoas. Demorou entre 8 a 10 anos para ser construído.


    O Coliseu cobria uma área elipsóide com 188 x 156 metros, três andares, que mais tarde com o reinado de Severus Alexander e Gordianus III foi ampliado com um quarto andar, sendo capaz de suportar de 70 a 90 mil espectadores. Foi construído em mármore, pedra travertina, ladrilho e tufo (pedra calcária com grandes poros). A fachada compõe-se de arcadas decoradas com colunas dóricas, jônicas e corintias, de acordo com o pavimento em que se encontravam. Esta subdivisão deve-se ao fato de ser uma construção essencialmente vertical, criando assim uma diversificação do espaço.

    Os assentos são em mármore e a arquibancada dividia-se em três partes, correspondentes às diferentes classes sociais: o podium, para as classes altas; as maeniana, setor destinado à classe média; e os portici, ou pórticos, construídos em madeira, para a plebe e as mulheres. A tribuna imperial ou pulvinar encontrava-se situada no podium e era balizada pelos assentos reservados aos senadores e magistrados.

    O Coliseu foi utilizado durante aproximadamente 500 anos, tendo sido o último registro efetuado no século VI da nossa era, bastante depois da queda de Roma em 476. O edifício deixou de ser usado para entretenimento no começo da era medieval, mas foi mais tarde usado como habitação, oficina, forte, pedreira, sede de ordens religiosas e templo cristão.

    Embora esteja em ruínas devido a terremotos e pilhagens, o Coliseu sempre foi visto como símbolo do Império Romano, sendo um dos melhores exemplos da sua arquitetura. Atualmente é uma das maiores atrações turísticas em Roma e ainda tem ligações à igreja, com o Papa a realizar a procissão "O caminho da Cruz" até o Coliseu, todas as sextas-feiras santas.



    Muralha da China



    Também chamada de "Grande Muralha", a Muralha da China é uma estrutura de arquitetura militar, construída durante a China Imperial. Na realidade, consiste em diversas muralhas, construídas por várias dinastias ao longo de cerca de dois milênios. As suas diferentes partes distribuem-se entre o Mar Amarelo (litoral Nordeste da China) e o deserto de Góbi e a Mongólia (a Noroeste).  
    Esta muralha constituiu um sistema completo de defesa militar durante a época das armas frias. Atualmente, se apresenta como uma procurada atração turística do país, tanto para chineses como para turistas estrangeiros.

    A Grande Muralha extende-se por cinco mil kilômetros de leste a oeste no norte da China. Seus muros foram construídos aproveitando os contornos das montanhas e dos vales. Além dos muros, ao longo da muralha levantaram-se torres, passos estratégicos e atalayas que tinham por função servir como um alarme a possíveis ataques.


    Considerada uma das sete maravilhas do mundo, a muralha despertou o interesse e a admiração de todo o planeta. Em 1987, foi incluída no Patrimônio Cultural Mundial da Unesco.
    Sua construção iniciou no período de primavera e outono (770-475 a.C) e prosseguiu no período dos Reinos Combatentes. Nesta época, houve na China sete reinos independentes: Chu, Qi, Wei, Han, Yan, Qin e Zhao. Para se defenderem das incursões vizinhas, cada um destes reinos construiu suas próprias muralhas, em terrenos de difícil acesso. No ano de 221 a.C, o reino de Qin conquistou os outros seis estados e resolveu unificar toda China, ordenando a união das muralhas levantadas por cada reino e a construção de novas tramas.

    Então, a Grande Muralha passou a fazer parte da história da China com o nome de “Muralha do Dez Mil Li” (dois Li equivalem a um kilômetro), nome utilizado pelos chineses até os dias de hoje. A fim de protegerem-se contra as invasões dos hunos, as dinastias seguintes deram continuidade aos trabalhos de manutenção e reparação da muralha. As reparações de maior envergadura se realizaram durante as dinastias Qin, Han e Ming.

    A muralha existente foi reconstruída sobre a base original nos tempos da dinastia Ming até alcançar uma largura de 5.660 Km, começando por Shanghai a leste para Jiayu a oeste, atravessando também quatro províncias (Hebei, Shanxi, Shaanxi e Gansu), duas regiões autônomas (mongólia e Ningxia) e Beijing.

    Como estudar Geografia

    Geografia é uma daquelas matérias bem gratificantes e gostosas de estudar. Além de ser útil, envolve muito mais do que apenas ler, ler e ler... O que a torna tão especial é a grande quantidade de informações iconográficas que os vestibulandos têm de assimilar, pois isso pode ser feito prazerosamente. O chato é quando temos de ficar lendo e memorizando textos e mais textos intermináveis em História, Literatura (livros obrigatórios na Fuvest e Unicamp, por exemplo), etc.

    Nas provas de Geografia, tornou-se importante "bater o olho" nos mapas apresentados pelos examinadores e identificá-los rapida e precisamente. Por isso, vivo dizendo aos vestibulandos que Geografia requer muito mais do a leitura de um bom livro-texto; o estudante bem-preparado procura contar também com os préstimos de um bom atlas geográfico e, se possível, de um globo terrestre. Talvez você queira me perguntar: "Nossa, Renato, não é um certo exagero tudo isso? Imagine só, estudar Geografia com um globo terrestre! Já não sou mais criança..."

    globo terrestre

    Realmente pode parecer um exagero, mas notei, na prática, que nossos cérebros tendem a fixar melhor o que pode ser visto e sentido. Um bom globo terrestre, que você possa girar, ficar explorando à vontade e sem pressa, facilita muito o aprendizado de Geografia. Com ele, você aprende rapidamente conceitos básicos como latitude, longitude, fusos horários, estações do ano, inclinação do eixo da Terra, meridiano de Greenwich, linha internacional de data, trópicos de câncer e capricórnio, círculos ártico e polar, escalas cm::km, etc.

    Mesmo que você já domine esse "basicão", sempre temos novidades para aprender. Priorize o estudo de regiões "quentes" como Ásia, Golfo Pérsico (Iraque, Irã, etc), Oriente Próximo (Israel e Palestina, Líbano, Síria, Turquia). Estude os grandes blocos econômicos: União Européia, NAFTA, APEC (Comunidade Econômica da Ásia-Pacífico), Mercosul...

    Sei que o Mercosul é uma esculhambação, pois existe muito mais no papel do que na realidade, os argentinos fazem o que bem entendem, impõem vergonhosas e odiosas cotas de importação aos produtos brasileiros e fica tudo por isso mesmo... Mas, mesmo assim, com todos esses poréns e ressalvas, há bancas examinadoras que supervalorizam indevidamente o assunto "Mercosul" e, com isso, os vestibulandos têm de perder tempo estudando esse mercado fictício e que pouco valor agrega ao Brasil. Ossos do ofício de vestibulando...




    Atualidades sempre caem

    Uma característica fundamental de Geografia é que se trata de uma ciência extremente viva e dinâmica, "plugada" nas últimas novidades do mundo contemporâneo. Se você estudá-la apenas através de livros-textos, você perderá muitas informações importantes. Muitos desses livros são bons, mas foram originalmente escritos há cinco ou até dez anos! O mundo mudou bastante desde então. O conhecimento humano está dobrando a cada nove meses. Portantos, esses livros, por melhores que sejam, ficam rapidamente defasados em detalhes importantes.

    Recomendo fortemente que você visite portais de notícias como Estadão e G1 da Globo.com
    Muitas questões de Geografia são baseadas em notícias recentes. Sei que tempo é artigo de luxo para os vestibulandos, mas também é altamente recompensador ler revistas semanais como Veja e Época. Nunca me esqueço de que a Veja, certa vez, publicou um encarte especial sobre a China (quase oitenta páginas de conteúdo apenas sobre esse país! Mais um grande mapa de duas páginas sobre os novos destaques econômicos chineses). E, poucos meses depois, houve uma torrente de questões justamente sobre a toda-poderosa China nos grandes vestibulares de todo o Brasil. Inclusive um dos testes exibia um mapa econômico da China, muito parecido com aquele publicado pela revista Veja.
    geografia

    Essas ocorrências são freqüentes. Pesquisadores da USP, Unicamp, Unesp, UFRJ, por exemplo, podem ser entrevistados e as matérias sobre suas teses de mestrado/doutorado acabam estimulando perguntas específicas sobre suas pesquisas. Isso acontece porque os geógrafos-examinadores têm de realizar um grande esforço para se inteirar das últimas novidades. Geografia é uma disciplina altamente viva e dinâmica. As bancas examinadoras dessa matéria tendem a ser compostas por pessoas inteligentes, esclarecidas e bem-informadas. Esses indivíduos podem muito bem buscar inspiração na imprensa para bolar suas provas. :)

    Portanto, atualize-se. Você agradecer-me-á depois de entrar numa boa faculdade. :) O esforço extra compensa. Geografia é muito mais do que apenas ler livros-textos que, apesar de bons, podem estar defasados.

    Focos de estudo

    Os últimos vestibulares têm priorizado assuntos relativamente óbvios como Ásia, grandes blocos econômicos, Oriente Médio, petróleo, minério de ferro, produção de aço, biomas (ecossistemas) brasileiros, IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), Aqüífero Guarani, aquecimento global, efeito estufa, ilhas de calor, etc. Esses tópicos provavelmente continuarão a ser abordados nas provas e devem ser estudados com carinho e atenção.

    Em contrapartida, o assunto "África" tem sido relegado a um plano secundário. É o mais pobre e "desprezado" dos continentes habitados. Quando muito, perguntam algo sobre Egito, Líbia, África do Sul, a terrível epidemia de AIDS que já atingiu mais de trinta milhões de africanos, guerra civil na Somália, guerras como Etiópia x Eritréia e o problema do tribalismo associado à pobreza, à fome e ao preocupante subdesenvolvimento em geral desse continente.

    A América Latina não é tão subdesenvolvida, graças a Deus, mas tem ficado para trás no cenário mundial. O PIB latino-americano tem crescido abaixo da média mundial nos últimos cinco anos. Há uma forte ressurgência do POPULISMO em países como Venezuela, Bolívia, Equador e Nicarágua. A Argentina tem crescido a taxas superiores às do Brasil, mas se trata de um crescimento inflacionário, insustentável a longo prazo. Países como Chile e Costa Rica destacam-se pelo elevado IDH (Índice de Desenvolvimento Humano).

    Cuba é a única economia planificada (socialista) das Américas, apesar da introdução de pequenas reformas "capitalistas" que visavam à geração de renda. A Venezuela fornece petróleo subsidiado para a ilha de Fidel Castro. A forte demanda chinesa por commodities valorizou o preço destas e muitos países latino-americanos aproveitaram o bom momento para obter grandes superávits comerciais e assim aumentar suas reservas internacionais em dólar e quitar antecipadamente suas dívidas externas com o FMI e o Clube de Paris. Isso ocorreu principalmente com México, Brasil, Argentina e Uruguai. Digno de nota é o fato de as reservas brasileiras já estarem acima do patamar de cem bilhões de dólares, dando-nos estabilidade econômica e segurança contra ataques especulativos. É um belo colchão de segurança. :)

    América Latina sempre consta nos grandes vestibulares.

    Estude todos os tópicos de Geografia, mas foque (priorize) seus estudos nos assuntos já comentados.

    Técnicas de estudo

    Como operacionalizar o estudo de Geografia para obter rendimento máximo? É relativamente simples. Basta dividir toda a matéria em quinzenas. Uma quinzena para cada continente. Por exemplo, você pode começar pela "quinzena da Ásia", imergindo com força total nessa parte do mundo durante quinze dias. Estude tudo o que puder sobre as principais economias asiáticas (Japão, China, Índia, Coréia do Sul, Taiwan, Cingapura, etc), mas sem descuidar das nações intermediárias como Tailândia, Malásia, Indonésia, Filipinas... Os países do conturbado Golfo Pérsico merecem a atenção do vestibulando. Golfo Pérsico e petróleo são assuntos "quentes", clássicos.

    Depois da quinzena da Ásia, inicie a quinzena da Europa, por exemplo. Concentre-se na União Européia e na Rússia, pois são temas muito requisitados nas provas.

    É possível, caso você queira, seguir este roteiro de estudos quinzenais: Ásia => Europa => América do Norte => América Central => América do Sul => Oceania => África.

    Depois dessas sete quinzenas, com cada uma delas devotada a uma região específica do mundo, recomenda-se uma rápida e descompromissada REVISÃO GERAL.

    Se o esquema estiver "apertado", você pode, por exemplo, estudar Europa durante vinte dias e tirar cinco dias da América Central, para compensar. Podemos ser flexíveis em nossas abordagens. Quase sempre teremos de fazer ajustes. O mundo não é perfeito e, quase sempre, enfrentaremos imprevistos. A vida é assim mesmo. :)

    Recursos para estudo on-line

    IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) tem um sítio muito interessante, cheio de informações úteis e relevantes sobre a população brasileira, indicadores sociais, PIB, inflação [é o pessoal do IBGE que mede o IPCA, índice usado pelo Banco Central em seu eficiente sistema de metas de inflação].

    IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

    No site do IBGE, há até mesmo um atlas escolar on-line muito bacana, com mais de setenta mapas. Alguns detalhes poderiam ser aperfeiçoados, mas, no geral, é um valioso recurso para estudo prazeroso via Internet.

    Recentemente, os competentes geógrafos do IBGE lançaram um interessantíssimo mapa-múndi com fotos de satélite. Demora um pouquinho para carregar as informações e as imagens, mas certamente vale a pena conferir. Acredito que, em poucos anos, os atlas em papel ficarão obsoletos, principalmente se aquele PC de cem dólares tornar-se uma agradável realidade para os estudantes carentes do sistema público de ensino.

    DIA DO GEÓGRAFO Geógrafo

    Dia do Geógrafo 
            29 de Maio 

    Geógrafos da Universidade de Kansas traçam mapa dos sete pecados capitais nos Estados Unidos

    O geógrafo Thomas Vought e sua equipa, da Universidade de Kansas, apresentaram um estudo com a distribuição espacial dos sete pecados mortais nos Estados Unidos (imago que a gula deve estar coladinha ao McDonalds)

    O mapa temático, apresentado durante o encontro anual da Associação de Geógrafos Americanos, realizado em Las Vegas, usa uma série de categorias que indicam o grau de luxúria, gula, avareza, preguiça, ira, inveja e soberba por Estado.

    O mapa é todo acompanhado de cifras e tabelas comparativas com associações entre diversas variáveis. A preguiça, por exemplo, foi obtida com o resultado da comparação entre o gasto per capita em arte e entretenimento e a taxa de emprego. O seu valor mais elevado verifica-se nos Estados de Oregon e Montana. Já a gula foi calculada através do número de restaurantes de comida rápida por habitante, mais concentrada no Texas (ora aqui estão os irmãos Dick e Mac McDonald a arder no Inferno).

    Relativamente à inveja, o mapa foi produzido segundo o número de roubos e a ira com os crimes reportados pelo FBI, a maioria na região da Carolina do Norte, do Sul, Georgia e Florida.

    Finalmente, a luxúria foi representada através da soma do número de enfermidades de transmissão sexual por habitante, localizando-se os maiores valores na zona de Nova York até à Carolina do Sul e na área de Arkansas, Mississippi e Louisiana.

    Fonte: La Vanguardia