Geografia da Amizade

Geografia da Amizade

Amizade...Amor:
Uma gota suave que tomba
No cálice da vida
Para diminuir seu amargor...
Amizade é um rasto de Deus
Nas praias dos homens;
Um lampejo do eterno
Riscando as trevas do tempo.
Sem o calor humano do amigo
A vida seria um deserto.
Amigo é alguém sempre perto,
Alguém presente,
Mesmo, quando longe, geograficamente.
Amigo é uma Segunda eucaristia,
Um Deus-conosco, bem gente,
Não em fragmentos de pão,
Mas no mistério de dois corações
Permutando sintonia
Num dueto de gratidão.
Na geografia
da amizade,
Do amor,
Até hoje não descobri
Se o amigo é luz, estrela,
Ou perfume de flor.
Sei apenas, com precisão,
Que ele torna mais rica e mais bela
A vida se faz canção!

"Roque Schneider"



Quem sou eu

Salvador, Bahia, Brazil
Especialista em Turismo e Hospitalidade, Geógrafa, soteropolitana, professora.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

EVOLUÇÃO DO CAPITALISMO ATÉ O INÍCIO DO SÉCULO XX VESTIBULARES 2010


1-(UFF)

A DESCOBERTA DA AMÉRICA E A BARBÁRIE DOS CIVILIZADOS

– A conquista da América pelos europeus foi uma tragédia sangrenta. A ferro e fogo! Era a divisa dos cristianizadores. Mataram à vontade, destruíram tudo e levaram todo ouro que havia.
Outro espanhol, de nome Pizarro, fez no Peru coisa idêntica com os incas, um povo de civilização muito adiantada que lá existia. Pizarro chegou e disse ao imperador inca que o papa havia dado aquele país aos espanhóis e ele viera tomar conta. O imperador inca, que não sabia quem era o papa, ficou de boca aberta, e muito naturalmente não se submeteu. Então Pizarro, bem armado de canhões conquistou e saqueou o Peru.
– Mas que diferença há, vovó, entre estes homens e aquele Átila ou aquele Gengis-Cã que marchou para o ocidente com os terríveis tártaros, matando, arrasando e saqueando tudo?
– A diferença única é que a história é escrita pelos ocidentais e por isso torcida a nosso favor.
Vem daí considerarmos como feras aos tártaros de Gengis-Cã e como heróis com monumentos em toda parte, aos célebres “conquistadores” brancos. A verdade, porém, manda dizer que tanto uns como outros nunca passaram de monstros feitos da mesmíssima massa, na mesmíssima forma. Gengis-Cã construiu pirâmides enormes com cabeças cortadas aos prisioneiros. Vasco da Gama encontrou na Índia vários navios árabes carregados de arroz, aprisionou-os, cortou as orelhas e as mãos de oitocentos homens da equipagem e depois queimou os pobres mutilados dentro dos seus navios.

Monteiro Lobato, História do mundo para crianças. Capítulo LX

O texto de Monteiro Lobato expressa a dificuldade de definirmos quem é civilizado e quem é bárbaro. Mas isso à parte, pensando a atuação europeia nos séculos XVI e XVII nas áreas americanas, um número razoável dessas visões equivocadas justificou o avanço espanhol e a destruição dos astecas, maias e incas explicados por:
a) necessidades sociais impostas pelas características culturais do território espanhol e pela presença muçulmana que limitava as condições de enriquecimento da monarquia, levando à conquista da América e à constituição de uma base política iluminista.
b) necessidades religiosas decorrentes da perda de poder da Igreja Católica frente ao avanço das reformas protestantes e das alianças com as potências ibéricas para estabelecer o Império da Cristandade, baseado na Escolástica.
c) necessidades políticas oriundas das tensões na Península Ibérica que levaram a Espanha a organizar o processo de conquista do Novo Mundo como única alternativa para sua unidade política, utilizando para isso o apoio do Papado e da França de Francisco I.
d) necessidades econômicas provenientes da divisão do território espanhol, fruto da diversidade cultural e étnica, e das disputas pelo poder entre Madri e Barcelona, ampliadas pelas vitórias portuguesas na África e na Ásia e pelo desenvolvimento da economia do açúcar no Brasil.
enecessidades econômicas, políticas e religiosas dos recém-centralizados estados modernos, através do mercantilismo metalista que inundou a Europa de prata e de ouro, levando em seguida a uma revolução nos preços, que provocou inflação, e ao avanço de novas formas de desenvolvimento da agricultura.

2-(UFSM) "A exploração europeia na Ásia e na África, intensificada na virada do século XIX para o século XX, deveu-se em grande parte aos avanços científicos e tecnológicos do período. Graças ao barco a vapor, os europeus puderam penetrar com maior facilidade pelo interior dos continentes; a descoberta do quinino, alcaloide extraído de arbustos e utilizado como remédio, reduziu o elevado número de mortes por causa da malária, doença que afetava os europeus no seu avanço pelo território africano."

AZEVEDO, Gislaine & SERIACOPI, Reinaldo. História. Ensino Médio. São Paulo: Ática, 2005, p. 335.

É(São) característica(s) desse contexto histórico:

I - a associação entre os interesses econômicos dos governos dos Estados nacionais europeus, das grandes empresas e dos bancos para investir em regiões da África, Ásia e América Latina.
II - a busca das potências imperialistas de assegurar o controle exclusivo tanto das fontes de matérias-primas - ferro, carvão e petróleo - como dos mercados consumidores para seus produtos industrializados.
III - a partilha da África na Conferência de Berlim, que autorizou o retalhamento do território africano em colônias das principais potências europeias da época, como a Grã-Bretanha, a França, a Alemanha e a Bélgica.
IV - a expansão da dominação imperialista para várias regiões da Ásia por parte de países ocidentais, como a Grã-Bretanha na Índia e na China, a França na Indochina e os Estados Unidos nas Filipinas.

Está(ão) correta(s)

a) apenas I.
b) apenas II.
c) apenas I, II e III.
d) apenas III e IV.
e) I, II, III e IV.

3-(MACKENZIE) “Podemos sempre nos deparar com dois mapas encontrados em quase todos os livros didáticos (...): ‘A África por volta de 1880’, e ‘A Áfricaem 1914’. No primeiro, vê-se um número bem pequeno de possessõeseuropéias na África; no segundo, virtualmente, a totalidade do continente
negro está dividida em colônias européias”.


H.L. Wesseling. Dividir para Dominar: A partilha da África (1880-1914)



A diferença entre os mapas africanos, em 1880 e 1914, apresentada no texto e ilustradas, é explicada

a) pelo fato de, no período citado, o continente ter sido dividido por potências europeias, no contexto da corrida imperialista dos séculos XIX e XX.
b) por acordos estabelecidos entre as potências europeias desde o século XVI e que, na prática, foram anulados em 1914, em virtude da predominância de colônias italianas e alemãs.
c) por um pacto assinado entre Inglaterra e França, as maiores potências da época, que aceitaram a divisão pacífica do território africano.
d) pela resistência das nações africanas à divisão do continente, o que obrigou os europeus a organizarem força conjunta de ataque.
e) pelas ambições imperialistas europeias, típicas do período citado, que promoveram a divisão do continente e impediram a eclosão da Primeira Guerra Mundial.

4-(UFCG) “A maneira como os indivíduos manifestam sua vida reflete exatamente o que são. O que eles são coincide, pois, com sua produção, isto é, tanto com o que eles produzem quanto com a maneira como produzem. O que os indivíduos são depende, portanto, das condições materiais da sua produção.” MARX, Karl e ENGELS, Friedrich. A ideologia alemã. São Paulo: Martins Fontes, 1989, p. 13.

Com base nessa citação do livro A ideologia alemã, que trata da teoria marxista para a interpretação da sociedade, é correto afirmar que:
a) o capitalismo teve origem no modo de produção socialista, a partir de uma revolução burguesa.
b) o capitalismo teve origem em ideias religiosas, a partir do Renascimento, e no crescimento da burguesia.
c) a produção de ideias na vida social, no decorrer da história, está separada da produção da vida material.
d) a perspectiva de análise marxista examina a sociedade levando em consideração as relações sociais estabelecias no modo de produção.
e) o pensamento marxista surgiu no início da revolução francesa, com a defesa da igualdade e da fraternidade entre todos os seres humanos.

5-(FUVEST) No Ocidente, o período entre 1848 e 1875 “é primariamente o do maciço avanço da economia do capitalismo industrial, em escala mundial, da ordem social que o representa, das ideias e credos que pareciam legitimá-lo e ratificá-lo”.

E. J. Hobsbawm. A era do capital 1848-1875.

A “ordem social” e as “ideias e credos” a que se refere o autor caracterizam-se, respectivamente, como

a) aristocrática e conservadoras.
b) socialista e anarquistas.
c) popular e democráticas.
d) tradicional e positivistas.
e) burguesa e liberais.

6-(UEL) Sobre a a revolução industrial, cultura e trabalho na Europa, nas colônias anglo-hispânicas e no Brasil, é correto afirmar:

I. A Revolução Industrial, fenômeno que marcou a passagem do sistema de produção agrário e artesanal para o industrial, transformou as formas de sobrevivência da sociedade inglesa. Grande parte dos trabalhadores foi destituída dos meios de produção, obrigada a vender sua força de trabalho e a receber salários que comumente eram insuficientes para a sobrevivência das famílias.
II. A era moderna teve início com a Revolução industrial na Inglaterra. Reflexo de tal modernidade está no fato de que no século XVIII, as mulheres, até então vinculadas ao lar e responsáveis pela criação dos filhos e cuidados com o marido, com a grande oferta de empregos, puderam sair daquele espaço que era privado para lançarem-se no espaço público, especializando-se e concorrendo com homens no setor têxtil e metalúrgico.
III. No século XIX, trezentos anos após o início da industrialização, viveu-se a chamada Segunda Era da Revolução Industrial, de caráter digital. Este período ficou marcado pela inclusão e tratamento igualitário entre homens e mulheres nas frentes de trabalho e o fim da utilização da mão de obra infantil nas indústrias.
IV. O empobrecimento e penúria causados pela dinâmica do capitalismo pós Revolução Industrial, levou mulheres e crianças para o trabalho nas fábricas. Esta categoria de trabalhadores cumpria as mesmas tarefas e quantidade de horas que os homens, mas, por sua condição marginal, recebiam salários inferiores a eles.

Assinale a alternativa correta.

a) Somente as afirmativas I e IV são corretas.
b) Somente as afirmativas II e III são corretas.
c) Somente as afirmativas III e IV são corretas.
d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas.
e) Somente as afirmativas I, II e IV são corretas.

7-(FGV-RJ) A respeito do mercantilismo é correto afirmar:

a) Foi uma doutrina desenvolvida exclusivamente na Península Ibérica e sustentava que o desenvolvimento econômico era obtido graças ao comércio e à produção de gêneros agrícolas.
b) Tratou-se de um conjunto de ideias sociais que confrontava os privilégios da nobreza e do clero em defesa dos interesses dos setores mercantis e manufatureiros.
c) Tratou-se de um conjunto de práticas e ideias religiosas desenvolvido nas regiões européias de penetração protestante e associada, sobretudo, ao calvinismo e ao luteranismo.
dFoi um conjunto de práticas e ideias econômicas que visava o enriquecimento dos Estados europeus por meio, principalmente, do metalismo, da exploração colonial, de práticas protecionistas e de uma balança comercial favorável.
e) Foi uma doutrina econômica desenvolvida na Inglaterra e que defendia o livre comércio, o fim das barreiras alfandegárias, o desenvolvimento industrial e a abolição das relações escravistas de produção.

8-(ESPM) Por volta de 1877 os Estados Unidos estavam no limiar da moderna grandeza industrial. Quaisquer que tenham sido os efeitos da guerra civil, nenhuma dúvida há sobre o prodigioso desenvolvimento industrial ocorrido no país no final do século XIX.

(H. C. Allen. História dos EUA)

Assinale a alternativa que apresenta as características do desenvolvimento capitalista dos EUA no final do século XIX:

a) o capitalismo adotou uma crescente participação do Estado na economia para evitar as crises de superprodução, cabendo ao Estado cuidar do planejamento econômico;
b) as pequenas empresas cederam lugar aos grandes trustes, que passaram a influir no funcionamento do mercado;
c) o processo de monopolização que incrementava a integração das pequenas empresas produziu o enfraquecimento dos trustes;
d) o capitalismo viveu um momento de forte expansão favorecido por investimentos asiáticos;
e) a formação de trustes democratizou a economia dos EUA, pois eliminou a concorrência praticada pelas pequenas empresas.


9-(ACAFE) A Revolução Industrial, com seus avanços tecnológicos, produziu novas formas de produção de bens e a geração de grandes grupos econômicos. Considerando esse contexto é correto afirmar, exceto:

a) Os trustes são empresas especializadas na formação de mão de obra para o setor industrial.
b) A linha de montagem com esteiras racio-nalizou a produção em massa; esse método ficou conhecido como fordismo.
c) Cartéis são associações de empresas de um mesmo produto que realizam um acordo para evitar concorrentes, dividindo mercados e estabelecendo preços.
d) O taylorismo visava dinamizar a produção, controlando as máquinas e operários no processo produtivo.

GABARITO:
1-E
2-E
3-A
4-D
5-E
6-A
7-D
8-B
9-A

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