Geografia da Amizade

Geografia da Amizade

Amizade...Amor:
Uma gota suave que tomba
No cálice da vida
Para diminuir seu amargor...
Amizade é um rasto de Deus
Nas praias dos homens;
Um lampejo do eterno
Riscando as trevas do tempo.
Sem o calor humano do amigo
A vida seria um deserto.
Amigo é alguém sempre perto,
Alguém presente,
Mesmo, quando longe, geograficamente.
Amigo é uma Segunda eucaristia,
Um Deus-conosco, bem gente,
Não em fragmentos de pão,
Mas no mistério de dois corações
Permutando sintonia
Num dueto de gratidão.
Na geografia
da amizade,
Do amor,
Até hoje não descobri
Se o amigo é luz, estrela,
Ou perfume de flor.
Sei apenas, com precisão,
Que ele torna mais rica e mais bela
A vida se faz canção!

"Roque Schneider"



Quem sou eu

Salvador, Bahia, Brazil
Especialista em Turismo e Hospitalidade, Geógrafa, soteropolitana, professora.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Charge - PRÉ-SAL


Equinócio e Solstício

 Equinócio é uma palavra que deriva do latim (aequinoctium), e significa “noite igual”, e refere-se ao momento do ano em que a duração do dia é igual à da noite sobre toda a Terra.
Astronomicamente isto se dá quando a Terra atinge uma posição em sua órbita onde o Sol parece estar situado exatamente na intersecção do círculo do Equador Celeste com o círculo da Eclíptica; ou seja, instante em que o Sol no seu movimento anual aparente pela Eclíptica, corta o Equador Celeste, apresentando declinação de 0º.
O Equinócio Vernal (21/03), assinala a entrada da primavera no hemisfério norte e do outono no hemisfério sul, este ano (20/03). É especialmente considerado pelos Astrólogos, pois este “Ponto Vernal”, marca o início do Signo de Áries, a entrada do Sol no Signo de Áries, que marca o início do Zodíaco. É quando o Sol, no seu movimento aparente, passa do hemisfério sul para o hemisfério norte. O Equinócio Outonal (23/09), marca a entrada do outono no hemisfério norte e da primavera no hemisfério sul, chamado também de “Ponto de Libra”; instante em que o Sol passa do hemisfério norte para o hemisfério sul, este ano (22/09).

 A palavra Solstício, deriva do latim, sol + sistere (solstitium), que significa parado, imobilizado e está associada à idéia de que o Sol estaria como que estacionário. Marca a época do ano em o Sol, no seu movimento aparente na esfera celeste, atinge o máximo afastamento angular do Equador. É considerado Solstício de Verão (21/06) no hemisfério norte e de inverno no hemisfério sul, quando o Sol ingressa a 0º do Signo de Câncer, quando o Sol alcança sua máxima declinação norte, 23º27'. Neste momento, o Sol “imobiliza” seu movimento gradual para o sentido sul e passa a dirigir-se na direção do pólo norte. No dia do Solstício de Inverno (22/12) no hemisfério norte e de verão no hemisfério sul, quando marca a entrada do Sol no Signo de Capricórnio, quando o Sol alcança sua máxima declinação sul, 23º27'. O Sol “imobiliza” seu movimento para o sentido norte e começa a dirigir-se na direção do hemisfério sul.


Índia: O desafio da centralização

“Um país plural em etnias e religiões que, apesar das pressões internas e externas, mantém a integridade territorial.”




A Índia teve início em 2500 a.C., no vale do rio Indo, onde fica atualmente o Paquistão, é o segundo país mais populoso do planeta, com um efetivo demográfico de aproximadamente 1 bilhão, 186 milhões de pessoas. Diferentes religiões, idiomas e dialetos convivem em enormes contrastes paisagísticos. Seu sistema de organização política é formado por 25 Estados e sete territórios que possuem regulamentos distintos. Sua estrutura político-administrativa interna tem como base uma emaranhada divisão de direitos e obrigações entre o governo federal e 32 unidades territoriais definidas pela constituição indiana. O hinduísmo representa 80,3% da população na índia. O território indiano possui solo fértil e muitos recursos minerais. O rio Ganges, considerado sagrado pelos hindus, fornece ao país a água para uma forte produção agrícola. Mahatma Gandhi lutou na Índia pela independência, isto é, contra as autoridades coloniais britânicas.
O subcontinente indiano esteve sob domínio britânico até 1947, quando esse subcontinente foi divido em dois Estados independentes- a Índia com maioria de população hindu e o Paquistão com maioria muçulmana, posteriormente o Paquistão foi dividido em :Paquistão Ocidental e Paquistão Oriental e em 1971 o Paquistão Oriental tornou-se independente e adotou o nome de Bangladesh.
Desde 1967, quando se tornou independente, a Índia se defronta com ameaças à sua integridade territorial. Uma dessas ameaças decorre dos problemas fronteiriços com o Paquistão e a China, cujos conflitos ocorrem nas porções setentrionais dopais, isto é, nas regiões montanhosas e de altos platôs que fazem parte do Himalaia.
Com a China os alvos das disputas territoriais são dois setores do Himalaia: um na região da Caxemira (área de Asai-chin) e outro no extremo nordeste. A Índia até hoje reivindica a devolução de territórios perdidos.

Disputa pela Caxemira
A Caxemira também é o centro de disputa com o Paquistão. Nessa região a paisagem é quase exclusivamente montanhosa. Os muçulmanos representam 75% do contingente demográfico da província, que foi reivindicada pela Índia e pelo Paquistão, em 1947, quando terminou o domínio britânico sobre o subcontinente. A Caxemira é disputada desde a independência da Índia e do Paquistão. Os conflitos nessa área já deixaram milhares de mortos. O território tem maioria muçulmana. O governo indiano acusa o governo paquistanês de treinar e armar os guerrilheiros que agem na região. A rivalidade entre a Índia e o Paquistão levanta temores de uma guerra no sul da Ásia, uma vez que os dois países possuem arsenais nucleares. Além de testes atômicos, tropas de ambos os lados são enviados com frequência para a fronteira
Situada na fronteira da Índia com o Paquistão, a Caxemira é habitada majoritariamente por muçulmanos. O conflito remonta ao período em que os ingleses se retiraram da região, durante o período de colonização. Antes mantinham ali o desejo de criar um estado único, agrupando povos de religiões hindu, islâmica e outros grupos menores. Mas, com o fim da colonização, surge, em 1947, o Paquistão (islâmico) e a Índia (multiureligiosa, de maioria hindu). A descolonização deixa ainda um barril de pólvora: a Caxemira. Na ocasião, a região era um principado de maioria muçulmana, mas governado por um príncipe hindu. Na hora de decidir para que lado fosse ficar (hindu ou muçulmano), o príncipe decidiu aliar-se à Índia. Depois disso, várias guerras eclodiram. A mais importante ocorreu entre 1947-1948, quando um terço da Caxemira fica para o Paquistão e dois terços para a Índia (uma outra pequena fração fica com a China). Na década de 80, com o recrudescimento do fundamentalismo islâmico no mundo, os confrontos se intensificam na Caxemira indiana. O conflito alarma a comunidade internacional em 1998, quando os dois países promovem testes de armas nucleares. A situação ainda está em impasse: a Índia não abre mão da região. O Paquistão defende a realização de um plebiscito na Caxemira indiana. Há ainda a idéia de criar um estado independente. . Por isso a disputa pela Caxemira é considerada uma das mais perigosas do mundo.

A Complexidade do Nordeste
O nordeste da Índia abrange um território de 255 mil km² ( área pouco maior que o estado do Piauí)e corresponde a um espaço quase isolado do resto dopais, por estar praticamente cercado por países vizinhos ( Bangladesh, Mianmar, China e Butão). Essa região é uma zona de transição entre o subcontinente indiano e o sudeste asiático, e está conectado à Índia por um corredor que, em sua parte mais estreita, tem apenas 32 km e é constituída por sete estados: Assam, Manipur, Meghalaya, Mizoram, Nagaland, Tripura e Arunachal Pradesh. Essa região é uma espécie de miniatura da Índia devida a sua complexidade etnocultural e com cerca de 36 milhões de habitantes, com aproximadamente 300 grupos tribais, com diversidades lingüísticas, culturais, étnicas e religiosas.



Contrastes Indianos
Em rápida ascensão econômica, a Índia se destaca como um dos principais países emergentes. Porém tem péssimos índices sociais. Mais da metade da população é miserável e o índice de analfabetismo é de 40%. Ao mesmo tempo, a nação é referência em produção científica e tornou-se a maior exportadora de softwares do globo. Tanto destaque mundial chama a atenção de potências como os EUA, com os quais os indianos assinaram um acordo nuclear, em 2006. Quase metade das crianças não é vacinada contra o sarampo, o IDH indiano divulgado em 2008, coloca a Índia no132º lugar, entre os 179 países pesquisados. A Índia, juntamente com Brasil, Rússia e China integra o G-4, o chamado (BRIC), e pleiteia um lugar permanente no Conselho de Segurança da ONU, porém seu maior desafio é garantir condições dignas de vida a sua população de 1 bilhão e 186 milhões de pessoas.