Geografia da Amizade

Geografia da Amizade

Amizade...Amor:
Uma gota suave que tomba
No cálice da vida
Para diminuir seu amargor...
Amizade é um rasto de Deus
Nas praias dos homens;
Um lampejo do eterno
Riscando as trevas do tempo.
Sem o calor humano do amigo
A vida seria um deserto.
Amigo é alguém sempre perto,
Alguém presente,
Mesmo, quando longe, geograficamente.
Amigo é uma Segunda eucaristia,
Um Deus-conosco, bem gente,
Não em fragmentos de pão,
Mas no mistério de dois corações
Permutando sintonia
Num dueto de gratidão.
Na geografia
da amizade,
Do amor,
Até hoje não descobri
Se o amigo é luz, estrela,
Ou perfume de flor.
Sei apenas, com precisão,
Que ele torna mais rica e mais bela
A vida se faz canção!

"Roque Schneider"



Quem sou eu

Salvador, Bahia, Brazil
Especialista em Turismo e Hospitalidade, Geógrafa, soteropolitana, professora.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

A DIVISÃO OU REGIONALIZAÇÃO DO MUNDO


          A Regionalização do mundo ocorre a partir de características comuns entre os países.
          Algumas maneiras de regionalizar o mundo:
          Países de Primeiro, Segundo e Terceiro Mundo;
          Países Desenvolvidos e Subdesenvolvidos;
Após a Segunda Guerra Mundial o mundo, foi dividido em três conjuntos de países:
          Primeiro Mundo – agrupa países capitalistas desenvolvidos;
          Segundo Mundo – formado pelos países socialistas;
          Terceiro Mundo – países capitalistas subdesenvolvidos.
DESENVOLVIMENTO E SUBDESENVOLVIMENTO
          Outra forma de regionalização que levava em conta o nível de desenvolvimento econômico, sugeria a existência de atraso econômico de alguns países em relação a outros.
          Na década de 50, muitos dos países subdesenvolvidos passavam por um processo de industrialização, sendo chamados de países em desenvolvimento. 
          Um segundo grupo industrializou-se na década de 70, denominados países de industrialização recente. Na década de 80, estes países eram classificados como países endividados.
          Teoria do Desenvolvimento (elaborada na década de 60);
          O atraso econômico em sua expansão criou a Divisão Internacional do Trabalho (DIT).
          Uma das características de quase todos os países subdesenvolvidos é a forte herança colonial;
          Por outro lado, os atuais países desenvolvidos que já foram colônias, não sofreram esse processo de exploração, pois se constituíram em colônias de povoamento.
          Desenvolvidos são aqueles países que além de ter um grande crescimento econômico e industrial, oferece para seu cidadão uma boa qualidade de vida, como saúde, preocupação com os idosos, acesso ao conhecimento, a cultura, segurança, boa renda pra maioria da população etc., em contrapartida, os países subdesenvolvidos possuem características inversas, como não oferece boa condição de vida à sua população, economia dependente, grande concentração de renda, educação deficiente assim como a saúde.
         
Em suma, pode-se constatar que não basta mudar as denominações, pois as diferenças são sempre as mesmas, a classificação não transforma suas características somente pela mudança de nomes: desenvolvidos, ricos, centrais, subdesenvolvidos, pobres e periféricos, pois as suas particularidades permanecem.

PAÍSES DO NORTE E PAÍSES DO SUL
          Também para regionalizar o espaço com base no nível de desenvolvimento econômico, adotou-se a expressão: países do norte (países desenvolvidos) e países do sul (países subdesenvolvidos);
          Essa regionalização não leva em conta a posição geográfica, embora muitos países do sul encontram-se ao norte da linha do Equador, e muitos do norte são ex-repúblicas socialistas.
          Mas recentemente, na era da globalização, com a expansão e internacionalização dos mercados, os países foram divididos em países centrais, mercados emergentes e países periféricos;
          Um critério muito utilizado para medir o nível de desenvolvimento de um país é o Produto Interno Bruto, o PIB per capita;
PIB, PNB E RENDA PER CAPITA
          PIB, PNB e renda per capita são expressões da ciência econômica utilizada para medir ou indicar a riqueza de um país.
          PIB – corresponde à soma do valor de toda a produção econômica gerada dentro de um país em determinado período.
          PNB – refere-se à soma do valor de toda a produção econômica gerada dentro de um país em determinado período, excluindo os rendimentos enviados para o exterior.
          A renda per capita (por cabeça) corresponde ao resultado da divisão da renda total pela população do país.
          Segundo os dados da UNESCO, a soma do PIB dos países subdesenvolvidos mais pobres é inferior à soma da fortuna das três pessoas mais ricas do mundo
O DESENVOLVIMENTO HUMANO NO MUNDO
          A palavra desenvolvimento significa avanço potencial ou gradual para melhor desempenho econômico e humano.
          Embora, muitas vezes designe crescimento econômico sem levar em conta quem se beneficia dele.
          Embora o PNB e PIB per capita permitam comparar o grau de riqueza dos países, por se tratar de uma média, a renda per capita não exprime a realidade socioeconômica interna dos países, ou seja, ela não informa a respeito da desigualdade distribuição interna da renda nem tampouco sobre as condições socioeconômicas e bem-estar humano.
          Assim o PNUD, criou o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) que leva em consideração: expectativa de vida, escolaridade e PIB per capita.
          Dessa forma os países que apresentam melhoria nesses índices figurarão entre aqueles que de fato então em desenvolvimento.
OS GRANDES CONJUNTOS DE PAÍSES
          Países centrais ou desenvolvidos – são os países mais ricos e industrializados, além do que apresentam características como:
          Produção industrial, tecnologia, consumo, comércio mundial, urbanização entre outros fatores.
O DESTINO DOS PAÍSES SOCIALISTAS
          China - desde o final da década de 70, vem apresentando um surto de crescimento econômico, decorrente de uma série de reformas.
          Cuba – tenta sobreviver ao embargo comercial imposto pelos EUA.
          Vietnã e Coréia do Norte – embora permaneçam ainda socialistas tem procurado avançar na transição para economia de mercado.
          O Vietnã vem adotando medidas neoliberais desde a década de 90, tendo fechado um acordo com os EUA.
          Na década de 90 a Coréia do Norte passou por graves crises econômicas e catástrofes naturais que provocaram fome e a morte de milhares de pessoas.
          Nos primeiros anos do séc. XXI e governo tem promovido mudanças e modernização econômica.
ECONOMIAS DE TRANSIÇÃO
          Chamam-se de "Economias de Transição" os antigos países socialistas que adotavam a economia planificada e hoje estão implementando a "Economia de Mercado". Essa transição tem sido problemática e cheia de crises: aumento do desemprego, da inflação, multiplicação de máfias ou grupos criminosos organizados, surgimento de movimentos políticos exageradamente nacionalistas, alguns até racistas, como na Iugoslávia, por exemplo.
          O grave problema do desemprego surgiu devido ao "pleno emprego" da economia planificada ter sido posto a pique pelo mercado que, com um parque fabril obsoleto não pôde suprir a demanda de emprego. A ordem geral nesses países, até os anos 80, era empregar todo mundo, mesmo sem vagas nas empresas ou repartições públicas. Na economia privatizada, o lucro e a rentabilidade é o que conta, ocasionando evidentemente um grande desemprego nesses países de "Economia de Transição".
Países emergentes
          Outra nomenclatura utilizada é país emergente, denominação dada aos países, outrora considerados no Terceiro Mundo, que se industrializaram e continuam a se desenvolver, como a África do Sul, a Argentina, o Chile, o México, a Turquia e o grupo conhecido como BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China).
          Em 2003 foi criado o G20 que uniu os 20 maiores países emergentes do mundo, a fim de fortalecer a economia dos mesmos e fazer frente ao G8, o grupo dos oito países mais desenvolvidos do mundo.
          Países emergentes economicamente
  São países com uma economia muito forte ou forte, muitas vezes comparável com a economia de países do Primeiro Mundo, como é o caso do Brasil que é um país em desenvolvimento e que tem a nona economia do globo, com um parque industrial complexo, e que tanto exporta maquinaria de ponta, quanto matéria-prima.
Países emergentes socialmente
São países com uma sociedade comparável com a dos países do Primeiro Mundo, por vezes até melhor, que não têm ainda um impacto econômico forte como os países emergentes economicamente, mas que têm uma educação, saúde, saneamento, etc. desenvolvidas.
Equiparados aos países do Primeiro Mundo, estão mais perto deste que os países emergentes economicamente, que ainda têm sérios problemas sociais.
TIGRES ASIÁTICOS
A expressão Tigres Asiáticos é usada para se referir ao bloco econômico formado por Hong Kong, Cingapura, Coréia do Sul e Taiwan (Formosa). A denominação de “tigre” é dada em referência à agressividade destas economias, que na década de 60 eram relativamente pobres e possuíam certos indicadores sociais semelhantes aos de países africanos. A partir da década de 80, o perfil econômico dos Tigres Asiáticos começou a mudar significativamente; desta forma, passaram a apresentar grandes taxas de crescimento e uma rápida industrialização.
DESIGUALDADES MUNDIAIS
As desigualdades mundiais têm crescido constantemente durante quase dois séculos. Uma análise das tendências de longo prazo na distribuição mundial do rendimento (entre países) mostra que a distância entre os países mais ricos e os mais pobres
Para gerar crescimento favorável aos pobres, reduzir desigualdades e aumentar as capacidades humanas, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento – PNUD, em seu “Relatório do Desenvolvimento Humano”.
Como principal componente de política econômica é necessário:
  •  Garantir uma gestão macroeconômica saudável;
  • Estabilidade;
  • Impulsionar a procura interna através de um ajustamento adequado das taxas de juros reais;
  • Adotar uma disciplina fiscal;
  • Acelerar a produção industrial;
  • Reformar as instituições do setor financeiro e promover uma boa governabilidade.
Mas o crescimento econômico só por si não é suficiente. Deve ser um crescimento a favor dos pobres expandindo as suas capacidades, oportunidades e escolhas de vida.
A globalização, tema central do Relatório do Desenvolvimento Humano, estimulou e criou oportunidades para o homem, segundo a ONU, mas os avanços não foram igualmente distribuídos entre os povos, porque o fenômeno esteve mais voltado para a expansão de mercado e o aumento dos lucros do que para o bem-estar das pessoas.

O quadro das desigualdades no Brasil

O quadro das desigualdades no Brasil
Pobreza
O Brasil não é um país pobre. Pobreza você encontra na África. O Brasil é um país injusto e desigual. A desigualdade brasileira é estrutural. Ela não será mudada caso o brasileiro não se incomode realmente com a desigualdade, qualquer situação realmente incômoda, se deixada à sua própria sorte, tende a chegar a um grau de insuportabilidade que gera a ação necessária para se resolver o incômodo. O problema está na passividade com que o brasileiro vem aceitando a desigualdade.
O Brasil é um país capitalista de economia menos desenvolvida, por isso passou sucessivas crises, a mais agravante ocorreu na década de 80, que ficou caracterizada como “a década perdida”, por causa dos poucos investimentos na infra-estrutura, aumento da pobreza e pouco crescimento econômico.
Após o período de crise, o Brasil começou a elevar seu crescimento e aumentou o PIB (Produto Interno Bruto), no entanto a concentração da renda continuou inserida na sociedade, e o predomínio da classe dominante sobre a classe dominada reforçou ainda mais a sociedade de classes, característica do capitalismo, de modelo excludente e concentrado.
Na década de 90 houve um crescimento acentuado na economia brasileira, na circulação de mercadorias e capitais, além da inserção do Brasil no processo de globalização, esse desenvolvimento propiciou uma melhoria na qualidade de vida da população e um acesso maior ao consumo.
Embora a desigualdade seja um elemento sempre presente em todas as sociedades capitalistas, no Brasil não é diferente.
O parâmetro da pobreza e seus critérios podem receber graus de classificação, nos quais apresentam as seguintes características:

Pobreza: reflete a realidade de vida de uma porção de pessoas, realidade presente na sociedade brasileira, isso significa que a renda não garante o sustento básico (saúde, educação, transporte e lazer).

Desigualdade: Caracteriza-se pela diferença no padrão de vida das pessoas que compõe a sociedade, significa o percentual de ricos, pobres e classe média.
Renda per capita abaixo da linha da pobreza: Pessoas com rendas anuais menores que 370 dólares.
Indigentes: Estado de miséria ou de pobreza extrema, cujo rendimento não é suficiente nem para suprir as necessidades básicas de alimentação, com rendimentos inferiores a 275 dólares anuais.



Desigualdade social
Apesar de possuir grande número de pessoas pobres (53,9 milhões), com renda familiar mensal correspondente a 50% do salário mínimo, o Brasil não é um país pobre, mas tem que superar um quadro de injustiça e desigualdade. As desigualdades sociais estão presentes em todo o país, o que se reflete em uma posição intermediária ocupada pelo Brasil no ranking de países do Índice de Desenvolvimento Humano (Human Development Index -HDI). Isso significa que ainda há muitas dificuldades a serem superadas nas áreas de educação, assistência social, saúde, distribuição de renda e emprego. O Brasil é o quarto país com maior desigualdade social, sendo isso, o resultado da grande exploração ocorrida há séculos atrás pelos diversos países imperialistas que usavam e abusavam da classe menos favorecida.
Pesquisas realizadas pelo IDH (índice de desenvolvimento humano), no ano de 2008, demonstram a alta concentração de riqueza nas mãos dos ricos, onde mais de 50% da riqueza nacional era detida pelos bem sucedidos, ocasionando assim, uma grave crise de pobreza nacional: os ricos com muito mais e os pobres com muito menos.
O país nunca irá progredir enquanto houver desigualdades sociais envolvendo a classe pobre com a classe rica, pois, enquanto o Brasil cresce economicamente, a renda adquirida é somente distribuída entre os grandes capitalistas, que estão preocupados somente, em seu benefício próprio.
O Brasil possui o título de país-destaque da América Latina, com relação à economia, mas, por outro lado, em relação à grande concentração de renda e desigualdades sociais, encontra-se em uma posição pior do que os países da África.
Solucionar esse quadro dramático em que o Brasil se enquadra, é quase impossível, contudo, é necessário que os governantes adquiram consciência e estabeleçam uma política de igualdade entre ricos e pobres, ou, pelo menos, chegue perto desse ideal.





DESIGUALDADES REGIONAIS
As desigualdades no Brasil não ocorrem somente dentro das cidades, mas também entre as regiões do país.
Podemos tomar como exemplo, levando em conta o panorama da pobreza nos estados, a região nordeste (Maranhão e o Piauí), nessa região se encontra os estados que possuem maior concentração de pessoas com rendimento de até meio salário, outra disparidade marcante entre o centro-sul e o nordeste está no desenvolvimento humano.
O desenvolvimento humano avalia a qualidade de vida de uma população, em nível nacional, estadual e municipal, tal avaliação requer estudos e cruzamentos de dados estatísticos, isso pode ser realizado por vários órgãos, públicos ou privados, dependendo do interesse ou abordagem, embora o órgão oficial brasileiro seja o IBGE (instituto brasileiro de geografia e estatísticas), o primeiro passo é coletar os dados através do censo nacional, e a partir daí pode-se estabelecer comparações entre os estados.
Fazendo uma classificação, baseando no IDH das regiões brasileiras, teremos a seguinte hierarquia:
Primeiro lugar: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Paraná, Rio de Janeiro, Espírito Santo, e Mato Grosso do Sul,
Segundo lugar: Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Rondônia, Amazonas, Roraima e Amapá,
Terceiro lugar: Acre, Pará e Sergipe por último estão os estados do nordeste com exceção do estado de Sergipe.
Lembrando que o IDH (índice de desenvolvimento humano) significa como a população de um determinado lugar está vivendo, segundo a qualidade de vida, renda per capita, mortalidade infantil, taxa de analfabetismo, expectativa de vida, qualidade de vida, qualidade dos serviços públicos (saúde, educação e infra-estrutura em geral). A partir desses fatos verifica-se que dentro de um país pode haver vários tipos de desigualdades, essa podem ser decorrentes de vários fatores (históricos, econômicos, sociais etc.)
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As desigualdades sociais têm uma grande relação com a qualidade de vida das pessoas. No Brasil, por exemplo, as desigualdades regionais através do PIB (Produto Interno Bruto), têm um grande desenvolvimento regional muito conhecido, pois apresenta um desequilíbrio regional muito expressivo.

O Nordeste apresenta um produto per capita 3 X menor que o do Sudeste, já na questão de moradia, a região Nordeste sai na frente. 

As desigualdades regionais apresentam um quadro de emprego bem aguçado. As regiões que tem menor índice de emprego formal são o norte e o Nordeste. Já a região que tem um nível elevado de emprego é o Centro-Oeste.

As regiões que mais sofrem com as desigualdades regionais são o Norte e o Nordeste.


Desigualdades raciais
Desigualdades regionais, étnicas, de gênero e de raça. A análise das estatísticas regionais, de gênero e de raça/etnia revela a gravidade da situação de desigualdade existente no Brasil. As regiões Norte e Nordeste são as mais pobres, e os dados sobre raça mostram com clareza que a discriminação contra os índios e a população negra persiste na sociedade brasileira. Os negros correspondem a 47,3% da população brasileira e representam 66% do segmento mais pobre. É reconhecido que as mulheres negras são as mais pobres entre a população pobre.
Recentes avanços na promoção dos direitos humanos têm sido constatados, mas não existe ainda clara compreensão da universalidade e indivisibilidade dos direitos humanos (civis, políticos, sociais, econômicos e culturais).
As desigualdades no Brasil não ocorrem somente dentro das cidades, mas também entre as regiões do país.
No Brasil, existem vários tipos de desigualdades sociais, no entanto, as desigualdades não se limitam apenas a fatores como cor, posição social e raça, ainda convivemos com as desigualdades regionais, essas desigualdades referem-se às desigualdades entre as regiões, entre estados e entre cidades.
Podemos tomar como exemplo, levando em conta o panorama da pobreza nos estados, a região nordeste (Maranhão e o Piauí), nessa região se encontra os estados que possuem maior concentração de pessoas com rendimento de até meio salário, outra disparidade marcante entre o centro-sul e o nordeste está no desenvolvimento humano.

O desenvolvimento humano avalia a qualidade de vida de uma população, em nível nacional, estadual e municipal, tal avaliação requer estudos e cruzamentos de dados estatísticos, isso pode ser realizado por vários órgãos, públicos ou privados, dependendo do interesse ou abordagem, embora o órgão oficial brasileiro seja o IBGE (instituto brasileiro de geografia e estatísticas), o primeiro passo é coletar os dados através do censo nacional, e a partir daí pode-se estabelecer comparações entre os estados.
Fazendo uma classificação, baseando no IDH das regiões brasileiras, teremos a seguinte hierarquia:
Primeiro lugar: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Paraná, Rio de Janeiro, Espírito Santo, e Mato Grosso do Sul,
Segundo lugar: Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Rondônia, Amazonas, Roraima e Amapá,
Terceiro lugar: Acre, Pará e Sergipe
por último estão os estados do nordeste com exceção do estado de Sergipe.

Lembrando que o IDH (índice de desenvolvimento humano) significa como a população de um determinado lugar está vivendo, segundo a qualidade de vida, renda per capita, mortalidade infantil, taxa de analfabetismo, expectativa de vida, qualidade de vida, qualidade dos serviços públicos (saúde, educação e infra-estrutura em geral). A partir desses fatos verifica-se que dentro de um país pode haver vários tipos de desigualdades, essa podem ser decorrentes de vários fatores (históricos, econômicos, sociais etc.)


Reserva Indígena

Reserva Raposa Serra do Sol
Conflitos entre índios e fazendeiros em Roraima


Nos últimos anos, os conflitos envolvendo povos indígenas passaram a ser rotina no Brasil. Desde o início de 2007, pelo menos dez grandes reservas, localizadas em oito Estados (Roraima, Amazonas, Pará, Mato Grosso, Tocantins, Maranhão, Pernambuco e Rondônia), enfrentam problemas com grilagem de terra, invasão de fazendeiros, criadores de gado, tráfico de diamantes e garimpo ilegal.
O conflito mais conhecido acontece no nordeste de Roraima, na Reserva Raposa Serra do Sol, uma área contínua 1,7 milhão de hectares (cada hectare equivale a 10 mil metros quadrados). No local, fronteira com a Guiana e a Venezuela, o STF (Supremo Tribunal Federal) suspendeu uma operação da Polícia Federal que retirava os rizicultores (plantadores de arroz) da área. A decisão tomada pelo STF atende a uma reivindicação do governo estadual, que defende uma solução consensual para pôr fim ao conflito.
Em sua defesa, os rizicultores alegam que chegaram à área antes de a reserva ser criada e que a atividade representa 40% da produção agrícola do Estado. Considerada a última grande terra indígena da Amazônia, a reserva foi estabelecida pelo governo federal em uma área onde havia assentamentos de não-índios. Para evitar o conflito, o governo de Roraima sugeriu que a reserva fosse delimitada por "ilhas" e não em terras contínuas, para permitir a manutenção da atividade agrícola. Esta proposta, porém, não foi aceita pelo governo federal, o que remeteu a questão ao STF.
Um levantamento realizado pela FUNAI (Fundação Nacional do Índio) mostra que a regularização da terra não significa tranqüilidade para os indígenas. Em todo o país, existem aproximadamente 107 milhões de hectares destinados aos índios, sendo que desse total, 97 milhões (o equivalente a 90,6%) estão homologados.
A FUNAI alega que encontra muitas dificuldades para manter a fiscalização nas reservas por dois motivos principais: falta de verbas e pela grande extensão das áreas. Somadas, as terras indígenas representam 12,5% do território brasileiro.
Mortes
Os conflitos, muitas vezes, ultrapassam as invasões de terras e as decisões jurídicas. Em maio de 2008, por exemplo, a imagem de Paulo Fernando Rezende, engenheiro da Eletrobrás, sendo agredido por índios caiapós do Pará foi veiculada nas principais emissoras de televisão do mundo. Três anos antes, 23 índios da reserva Roosevelt, em Rondônia, foram indiciados pela Justiça pela morte de 29 garimpeiros.
Os índios habitam o país muito antes da chegada do navegador português Pedro Álvares Cabral, em 1500. Os historiadores, porém, divergem sobre o número de índios que viviam àquela época no Brasil: há relatos que falam entre 1 a 10 milhões.
No entanto, com a escravização, as epidemias, os conflitos com o homem branco e as invasões às reservas, o número de índios caiu sensivelmente no país ao longo da história: em 2008, segundo o governo, cerca de 530 mil indígenas estavam espalhados por 635 propriedades, das quais 401 homologadas e regularizadas.
Entenda o caso Raposa Serra do Sol
 Desde a sua criação, em 1998, por meio de portaria do Ministério da Justiça, as terras indígenas da Raposa Serra do Sol, que ocupa território de três cidades de Roraima, são alvo de contestações judiciais e disputas entre índios e fazendeiros. Nos últimos anos, a resistência de produtores de arroz da região tem aumentado, levando a conflitos armados.
O Ministério da Justiça estima que sejam 20 mil índios de várias etnias - como a Macuxi, a Wapixana, a Ingarikó, a Taurepang e a Patamona - que estão na região.
De acordo com avaliações da Fundação Nacional do Índio (FUNAI), a demarcação das terras, de maneira contínua, garantirá a sobrevivência e preservação da cultura destas tribos.
Quanto aos não-índios presentes na região, 131 famílias receberam indenizações do governo por benfeitorias de boa-fé realizadas pelos agricultores nas terras destinadas à demarcação. Desde 1999, as famílias, que teriam ocupado a região na década de 80, têm sido transferidas para assentamentos e receberam R$ 11,7 milhões repassados pela FUNAI. 
Deste montante, R$ 5 milhões foram depositados em juízo, em agosto/2007, em benefício das famílias que resistem à demarcação. Elas ocupam áreas controladas por cinco grandes arrozeiros, entre eles o ex-prefeito de Pacaraima, Paulo César Justo Quartiero, que já foi preso por agredir um oficial de Justiça. 
A notificação para que os agricultores saíssem das terras é datada de março de 2007. A permanência após o dia 30 de abril daquele ano permitiria ao governo o uso de força policial para a retirada dos agricultores, ação que foi levada a cabo a partir da Operação Upakaton 3, da Policia Federal, iniciada em abril deste ano.
Liminar
Porém, a concessão de uma liminar pedida pelo governo de Roraima ao Supremo Tribunal Federal interrompeu a ação da PF. O Estado de Roraima argumentou que efetivação da demarcação poderia, entre outros problemas, prejudicar a economia da região, uma vez que a Raposa Serra do Sol ocupa quase metade de seu território. Já o principal argumento do ministro Carlos Ayres Britto, relator do processo no STF, a paralisação das ações tem o objetivo de evitar confrontos na região. 
A medida não surtiu efeito e culminou em conflito no  dia 5 de maio de 2007. Funcionários da Fazenda Depósito, controlada por Quartiero, teriam atirado contra índios, ferindo dez deles.
Após consultar Ayres Britto, o ministro da Justiça, Tarso Genro, autorizou a PF a atuar no local para conter o embate. Cerca de 300 homens da Força Nacional de Segurança foram enviados ao local para reforçar a ação. Os últimos acontecimentos reforçam o entendimento da Suprema Corte brasileira sobre a urgência do julgamento do mérito do processo para uma decisão definitiva sobre a desocupação da área.
Na área vivem cerca de 20 mil índios, a maioria deles da etnia macuxi.
A demarcação da reserva Raposa Serra do Sol em área foi validado em julgamento no dia 20 de março de 2009.
O INCRA vem indenizando e reassentando a população não-indígena desde então. O problema são aqueles fazendeiros que ocupam áreas da TIRSS com base em títulos de propriedade reconhecidos pelo Estado Brasileiro e aqueles que passaram a ocupar de má-fé a área na década de 1990.
Os primeiros não concordam com os valores que a União pretende pagar de indenização, ao argumento de que a demarcação da TIRSS sobre suas propriedades constitui forma de desapropriação indireta, que lhes daria direito a indenização plena.
Já os que ocuparam a área de má-fé, querem tumultuar o processo para tentarem garantir a permanência e o uso ilegal das terras, bem como eventual indenização.

Representantes indígenas acompanham julgamento no Supremo Tribunal Federal da demarcação contínua da Terra Indígena Raposa Serra do Sol.
Os rizicultores começaram a ocupar a região nos anos 1970 e hoje representam um dos setores mais importantes da economia do Estado. Depois do arroz, vendido principalmente para o Amazonas e para o Pará, estão começando a plantar soja.
Atualmente os próprios índios estão divididos e uma parte participa do movimento de resistência à desocupação.
Em abril, o Governo do Estado de Roraima entrou com uma representação no Supremo Tribunal Federal (STF) reivindicando a suspensão da ordem de desocupação. Diante da resistência, o Governo Federal reforçou a operação com o envio de soldados da Força de Segurança Nacional para auxiliar a Polícia Federal na desocupação, apoiada pelo macuxi Jaci José de Souza, tuxaua (cacique) de comunidade na Raposa/Serra do Sol. A representação foi acatada por unanimidade no Supremo e a chamada Operação Upatakon III foi suspensa até o julgamento de todos os processos relativos à homologação das terras indígenas. A PF permanece na área.
O Brasil tem atualmente cerca de 600 terras indígenas, que abrigam 227 povos, com um total de aproximadamente 480 mil pessoas. Essas terras representam 13% do território nacional, ou 109,6 milhões de hectares. A maior parte das áreas indígenas - 108 milhões de hectares - está na chamada Amazônia Legal, que abrange os Estados de Tocantins, Mato Grosso, Maranhão, Roraima, Rondônia, Pará, Amapá, Acre e Amazonas. Quase 27% do território amazônico hoje é ocupado por terras indígenas, sendo que 46,37% de Roraima correspondem a estas áreas. Declarações de militares e especialistas tem também alertado para os riscos de perda de soberania brasileira na reserva.
Deu-se em 20 de março de 2009 a decisão final do STF que confirma a homologação contínua da terra indígena, determinando a retirada dos não-índios na região.


A Ameaça: Coreia do Norte






A península coreana é uma área de tensão permanente desde o início do século XX. De 1910 a 1945, foi ocupada pelos japoneses, que ali cometeram toda a sorte de atrocidades. Com a rendição do Japão na II Guerra, o país viu-se dividido em duas partes, no famoso paralelo 38: a do norte, sob a esfera de influência da União Soviética e China, e a do sul, protegida pelo guarda-chuva americano. Em 1950, a Coreia comunista invadiu a capitalista, detonando o início das hostilidades que se prolongariam por três anos.


Entre os anos de 1951 e 1953 a Coreia foi palco de um conflito armado de grandes proporções. Após a Revolução Maoísta ocorrida na China, a Coreia sofre pressões para adotar o sistema socialista em todo seu território. A região sul da Coreia resiste e, com o apoio militar dos Estados Unidos, defende seus interesses. A guerra dura dois anos e termina, em 1953, com a divisão da Coreia no paralelo 38. A Coreia do Norte ficou sob influência soviética e com um sistema socialista, enquanto a Coreia do Sul manteve o sistema capitalista.

Em 1952, temendo um novo conflito mundial, os EUA adotam uma política defensiva, preocupada em preservar a Coreia do Sul sob sua influencia, aceitando a separação do norte; além disso, os gastos com a guerra e a elevada mortalidade foi determinante para a assinatura de um armistício em 27 de julho de 1953, suspendo o conflito, mas não as hostilidades. As Coreias estavam separadas.


O Governo da Coreia do Norte

De 1948 até 1980, a Coreia do Norte foi comandada pelo militar Kim Il-Sung, quando o general passou o controle do país a seu filho Kim Jong-Il, que continua no poder. Sob seu comando, a Coreia do Norte permanece como um país socialista dos mais fechados e repressivos do mundo.
O governo controla a mídia e impede até que seus cidadãos saiam do país. Hoje, a economia da Coreia do Norte é desastrosa. Com o fim da União Soviética e a falta de parceiros comerciais, o país entrou em uma grave recessão.

Dono do poder na Coreia do Norte desde 1994, Kim Jong Il é conhecido no mundo todo pelos gostos e hábitos exóticos. O ditador, no entanto, carrega também a fama de cruel representante de uma das mais perversas dinastias políticas do planeta. Desde que sucedeu seu pai, Kim Il Sung, o ditador pouco fez para reduzir a miséria de seu povo - e, enquanto isso, torrou bilhões em seu exército.
Na verdade, a principal marca do mandato de Kim é exatamente o contraste entre o poderio militar de seu país e o estado de pobreza em que vive a população.


Cronologia Nuclear
1953- Os Estados Unidos sugerem que poderiam usar armas nucleares para encerrar a Guerra da Coreia. Meses depois, as partes assinam um armistício.
1958- Os americanos instalam foguetes atômicos na Coréia do Sul; a União Soviética ajuda a Coreia do Norte a criar seu programa nuclear.
1984- A Coreia do Norte assina o Tratado de Não-Proliferação Nuclear, mas não cumpre os termos do acordo.
1998- Os EUA exigem que os norte-coreanos parem de vender mísseis para estados radicais opostos aos americanos. A Coreia do Norte pede compensações.
2006- 08 de março - Coreia do Norte faz o lançamento de dois mísseis.
-18 de junho - Coreia do Norte pede apoio militar e governo dos Estados Unidos acusa o país de provocar uma guerra.
- 5 de julho - Coreia do Norte lança vários mísseis no mar do Japão, incluindo os modelos de longa distância Taepodong-2
2007- 14 de julho - Coreia do Norte fecha o principal reator nuclear Yongbyon e começa a desabilitá-lo.
2008- 27 de junho - Coreia do Norte destrói a torre do Yongbyon.
- 19 de setembro - Coreia do Norte promete restaurar chave de reator atômico.
Fevereiro/2009- Dia 15 - Coreia do Norte alega ter direito a desenvolver programas espaciais.
- Dia 23 - Coreia do Sul afirma ter uma gravação que comprova que Pyongyang tem mísseis voltados para o norte da Austrália.
Março- Dia 11 - Coreia do Norte afirma que lançará um satélite entre os dias 4 e 8 de abril.
Abril/2009- Dia 5 - Coreia do Norte lança míssil da base Musundan-ri na costa norte do país.
- Dia 29 - Coreia do Norte ameaça realizar um novo teste nuclear e lançar um míssil de alcance intercontinental. A ameaça é reação à condenação do Conselho de Segurança da ONU pelo lançamento de um foguete de longo alcance no dia 5.


Coreia do Norte: A nova ameaça norte-coreana.
O governo da Coreia do Norte confirmou no dia 25 de maio de 2009 ter realizado uma explosão nuclear subterrânea como parte do desenvolvimento de seu programa nuclear.


Quais as intenções da Coreia do Norte com esses testes?
Analistas do cenário internacional creditam que, uma vez comprovada a capacidade do país de produzir armamento nuclear, o ditador Kim Jong-il usará seu arsenal como estratégia de negociação com os Estados Unidos. Ele pretenderia, assim, forçar um acordo e derrubar as sanções econômicas impostas a Pyongyang pela ONU em 2006.

A Coreia do Norte tem sido um dos maiores fornecedores de armas do mundo. O sistema de mísseis iraniano é similar ao Taepodong e os dois países têm cooperado no desenvolvimento de armas.
A Coreia do Norte precisa de dinheiro e a venda de suas armas é uma das melhores maneiras de se obtê-lo. Um teste de míssil bem-sucedido de Pyongyang a ajudaria a vender seu foguete a outros países. Em segundo lugar, a Coreia do Norte sabe que os EUA estão envolvidos em duas guerras e que o mundo enfrenta uma profunda recessão.

O Conselho de Segurança da ONU decidiu, por unanimidade, condenar o teste. O órgão, no entanto, ainda não chegou a impor novas punições concretas ao país, apesar das pressões dos Estados Unidos e da França.


Posição Norte Americana
Os Estados Unidos defenderam medidas severas contra a Coreia do Norte. O presidente Barack Obama pediu uma reação da comunidade internacional, alegando que os testes são uma "grave preocupação para todas as nações".

O secretário americano de Defesa, Robert Gates, disse em Cingapura que os EUA não aceitarão uma Coreia do Norte nuclear. Gates assegurou também que os EUA responderão "rapidamente" se as ambições nucleares da Coreia do Norte representarem uma ameaça para a América ou seus aliados na Ásia.


A chance de guerra
A ameaça nuclear da Coréia do Norte tem tudo para ser levada a sério. Há sinais de que o país tem bombas prontas e é capaz de produzir outras unidades. O ditador Kim Jong Il defende o direito de seu país em possuir (e usar) o arsenal. O risco torna-se ainda maior contando-se que as supostas bombas estariam em poder de um regime misterioso, imprevisível e em pleno e irreversível declínio.