Geografia da Amizade

Geografia da Amizade

Amizade...Amor:
Uma gota suave que tomba
No cálice da vida
Para diminuir seu amargor...
Amizade é um rasto de Deus
Nas praias dos homens;
Um lampejo do eterno
Riscando as trevas do tempo.
Sem o calor humano do amigo
A vida seria um deserto.
Amigo é alguém sempre perto,
Alguém presente,
Mesmo, quando longe, geograficamente.
Amigo é uma Segunda eucaristia,
Um Deus-conosco, bem gente,
Não em fragmentos de pão,
Mas no mistério de dois corações
Permutando sintonia
Num dueto de gratidão.
Na geografia
da amizade,
Do amor,
Até hoje não descobri
Se o amigo é luz, estrela,
Ou perfume de flor.
Sei apenas, com precisão,
Que ele torna mais rica e mais bela
A vida se faz canção!

"Roque Schneider"



Quem sou eu

Salvador, Bahia, Brazil
Especialista em Turismo e Hospitalidade, Geógrafa, soteropolitana, professora.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Pré-sal



Pré-sal é uma camada de rochas porosas localizada entre 5 e 6 mil metros abaixo do leito submarino, aproximadamente a 400 km da costa. A camada tem esse nome por se encontrar depois da camada de sal que a recobre. No interior da camada o petróleo e o gás ficam armazenados nos poros das rochas, sob altíssima pressão.

Para chegar até a pré-sal será necessário vencer diversas etapas com características bem diferentes.
1- O tubo que vai da plataforma até o fundo do oceano, chamado “riser”, tem que agüentar ondas sísmicas, correntes marítimas e flutuações da base.
2- Além de resistentes, os tubos precisam ser leves já que são deslocados pelo navio ou plataforma.
3- Outro problema a ser vencido é a corrosão provocada pelo dióxido de enxofre, hoje um dos maiores obstáculos técnicos para a exploração dos novos campos.
4- Ao contrário do que muitos pensam, um poço de petróleo não é um furo vertical, mas um caminho projetado matematicamente para que se obtenha o melhor rendimento possível. “Um dos desafios é como mudar a direção das brocas sem causar o desabamento nas paredes do poço”

O Brasil possui reservas não confirmadas que elevariam o total a 96 bilhões de barris, levando o país ao 6o lugar no ranking.
O Brasil produz petróleo do tipo pesado e necessita do petróleo tipo leve, assim exportamos parte do nosso petróleo para os países que usam o óleo pesado e compramos do exterior o óleo leve.
O Brasil com a descoberta do pré-sal está posicionado a tornar-se uma potência mundial no setor energético, através da descoberta de um imenso lençol de petróleo subterrâneo, o que pode multiplicar nossas atuais reservas petrolíferas por 10.

A produção de petróleo no Brasil deve dobrar até 2010, atingindo 2,8 milhões de barris diários. Em 2020, a produção do país deve atingir 4,1 milhões de barris diários. A estimativa consta do estudo “Perspectiva para Energia Internacional 2008”, realizado pela Energy Information Admistration (EIA), que é a agência de análises e estatísticas do Departamento de Energia dos Estados Unidos.

Fontes de Energia ( Continuação)



Fontes de Energia Renováveis:

São fontes de energia inesgotáveis ou que podem ser repostas a curto ou médio prazo, espontaneamente ou por intervenção humana. Estas fontes encontram-se já em difusão em todo o mundo e a sua importância tem vindo a aumentar ao longo dos anos representando uma parte considerável da produção de energia mundial.

Fontes de Energia Não Renováveis

Recebem esta denominação porque se esgotam com o uso. Dentre elas temos:

Combustíveis fósseis ( Carvão mineral, petróleo, xisto);

Minerais energéticos e radioativos ( Urânio e Tório).







Fontes de Energia

As fontes de energia são extremamente importantes nas atividades humanas, pois originam combustíveis e eletricidade que servem para iluminar, movimentar máquinas, caminhões entre outras aplicações. As energias facilitam o trabalho do homem que em outras circunstâncias teria uma grande dificuldade, utiliza-se a energia para levantar peso, apertar parafuso, mover veículos, ferver água, etc. Os seres humanos, para o desenvolvimento de suas atividades, necessitam efetivamente dos recursos naturais, as fontes energéticas não são diferentes, dessa forma elas podem ser classificadas em dois tipos: fontes renováveis e não-renováveis.

As fontes de energia dividem-se em dois tipos:
- fontes renováveis ou alternativas;
- fontes não renováveis, fósseis ou convencionais.

No Brasil as principais energias são:

• Petróleo: a partir desse minério fóssil são processados vários subprodutos utilizados como fonte de energia como a gasolina, óleo diesel, querosene, além de gerar eletricidade nas usinas termoelétricas.
• Energia hidrelétrica: produz energia elétrica em usinas hidrelétricas, gerada a partir da movimentação de turbinas impulsionadas por água de rios acumulados em barragens.
• Carvão Mineral: esse minério oferece calor para os grandes fornos contidos nas indústrias siderúrgicas e contribui para geração de eletricidade nas usinas termelétricas.
• Biocombustíveis: correspondem, por exemplo, ao álcool e o biodiesel, sendo o primeiro um dos principais, seu uso é bastante difundido no Brasil como combustível em veículos automotores, utilização iniciada na década de 70.

Energias no Brasil:Consumo de energias no Brasil em 2008, estatísticas pelo Ministério de Minas e Energia.

Historicamente o governo tem investido em fontes de energia como o álcool com o pró-álcool iniciada em 1975 para produção de álcool derivado da cana-de-açúcar em larga escala. Há também investimentos em biodiesel, extraído por exemplo da mamona, fornecendo uma nova fonte de renda para seus produtores. A crise do chamado Apagão aconteceu durante o governo Fernando Henrique Cardoso entre 2001 e devido a falta de chuva e o baixo nível das águas nos reservatórios das hidrelétricas.

Política Neoliberal

Sob o Signo do Progresso Técnico
"Até o advento da primeira Revolução Industrial do século XVIII, o mundo era constituído de realidades regionais as mais diversas, as sociedades se distribuíram na sua infinita diversidade. O advento da tecnologia industrial passa a unificar espaços área a área, de modo que o espaço vai se padronizando em prejuízo da diversidade da natureza e do homem, suprimindo a biodiversidade. Com a Segunda Revolução Industrial da virada dos séculos XIX,XX esta uniformização atinge a escala planetária.
Em menos de um século, o mundo é então a globalização da produção, dos mercados e das culturas que suprime as antigas regionalidades e a identidade cultural das suas civilizações, acarretando a desarrumação sócio-ambiental conhecida.
O espaço é a comunidade nascida da interligação do que originalmente é diverso num só único todo. Por isso que toda unidade espacial mostra um quadro de tensão. Esta tensão é mais forte nas sociedades modernas, uma vez que a diversidade é padronizada numa uniformidade espacial imposta pela técnica. Tensão que hoje atinge a escala do mundo. Por isso que a globalização vem acompanhada da fragmentação do mundo.É a diversidade a culturas reagindo contra a uniformidade técnica planetarizada. Um conflito entre multiculturalismo e uniformitarismo técnico.Primeiro foi a reação da biodiversidade ecossistêmica (na forma da desarrumação ambiental do planeta), agora, é a reação da homodiversidade (na forma de explosão dos separatismos)" Ruy Moreira

A globalização : a mundialização do capitalismo
Fatos históricos marcantes ocorridos entre o final da década de 1980 e o início da de 1990 determinaram um processo de rápidas mudanças políticas e econômicas no mundo. Até mesmo os analistas e cientistas políticos internacionais foram surpreendidos pelos acontecimentos:
* A queda do Muro de Berlim em 1989;
* Fim da Guerra Fria;
* Fim do Socialismo Real;
* A desintegração da União Soviética, em dezembro de 1991, e seu desdobramento em novos Estados Soberanos (Ucrânia, Rússia, Lituânia etc.);
* A formação de blocos econômicos regionais (União Européia, Nafta, Mercosul, etc.);
* Grande crescimento econômico de alguns países asiáticos (Japão, Taiwan, China, HongKong, Cingapura), levando a crer que constituirão a região mais rica do século XXI;
* Fortalecimento do capitalismo em sua atual forma, ou seja, o neoliberalismo;
* Grandes desenvolvimentos científicos e tecnológicos ou Terceira Revolução Industrial ou Tecnológica.


O cenário internacional do início dos anos 90 foi marcado pela crescente hegemonia do ideário neoliberal como modelo de ajuste estrutural das economias e pela afirmação do domínio político e militar dos EUA, com o fim da Guerra Fria e o colapso do chamado socialismo real no Leste Europeu e na antiga URSS.
Esse movimento foi acompanhado pela evolução de novos conceitos no mundo do trabalho (qualidade, produtividade, terceirização, reengenharia, etc.), como resultado do desenvolvimento e da introdução de novas tecnologias na produção e na administração empresarial, com agravamento da exclusão social e crescimento da apropriação de riquezas do sul pelos países do norte.
A deterioração social nos países em desenvolvimento e as políticas protecionistas e excludentes dos países de capitalismo avançado tem levado à instabilidade política, em particular nos países do leste europeu, da antiga URSS e da África.

O Neoliberalismo
Modelo que vem sendo adotado a partir dos anos 80, nos países ocidentais e que tem como característica primordial o afastamento do Estado em relação à gestão de diversos setores da economia. Diferencia-se do Liberalismo clássico quanto à circulação internacional de bens e apitais. No neoliberalismo há a preocupação em se formar blocos econômicos que sob a justificativa de maior facilidade na circulação da produção (e conseqüente barateamento) cria verdadeiras fortalezas protecionistas em torno das economias mais fortes.
Podemos considerar como inauguradores do modelo neoliberal os governos de Margareth Tatcher e Ronald Reagam no início doa anos 80, quando ocorrem profundos cortes de investimentos sociais, inteiramente, percebe-se uma grande preocupação de blocos econômicos que ajudem a suprimir gastos com a circulação e produtos e capitais. No entanto os setores estratégicos da econômicas norte-americana e inglesas continuam sob protecionismo.
A luta contra o neoliberalismo é, ao mesmo tempo, uma luta contra o próprio capitalismo como sistema de exploração e dominação social.
Foram apontadas, entre as funções do neoliberalismo, a de restringir o papel do estado na garantia dos direitos dos trabalhadores urbanos e rurais e a de privatizar empresas públicas para favorecer o mercado. Também foi dada ênfase ao mecanismo neoliberal de transformar os cidadãos em simples consumidores, envoltos numa cultura padronizada e submetidos a valores distantes a sua própria realidade. Valores impostos, que são difundidos, principalmente, pelos meios de comunicação, pela educação e políticas culturais oficiais.

Conseqüências
"Avolumam-se evidências de que, na economia global, cada vez mais é o mercado financeiro, ou seja, as grandes corporações e não os governos que em última análise, decide sobre os destinos do câmbio, taxa de juros, da poupança e dos investimentos. Sem duvida, a liberalização e a globalização e a globalização dos mercados são altamente vantajosas para o grande capital, cujos horizontes e estratégias transbordam as fronteiras estreitas do Estado Nacional [...] Dificilmente encontrar-se-a uma referencia às prioridades sociais na retórica dos arautos da globalização"(H. Ratner, Globalização..., in Revista do IEA, USP. Set./dez 1995, p.66)
No contexto de um país subdesenvolvido, os efeitos da globalização têm sido desastrosos. Um exemplo ilustrativo foi o ocorrido com o México, que viveu sua pior crise, financeira em dezembro de 1994. O país fora, até então, o melhor aluno do FMI e do Banco Mundial; fez a desregulamentação da economia, a abertura econômica ao exterior e a política das privatizações de suas empresas estatais.
De um dia para outro bilhões e dólares de capital especulativo foram transferidos de suas bolsas de valores para outras praças. A crise financeira resultante teve as conseqüências típicas desse quadro: inflação recessão, aumento do desemprego e falências de empresas. Estamos vivendo, portanto, um momento ímpar na historia da humanidade. A globalização da economia exige as empresas nacionais um esforço para se adaptarem à nova realidade mundial, com métodos cada vez mais apurados de administração empresarial, controle eficaz do capital financeiro, novas tecnologias, baixos custos de produção, mão-de-obra altamente qualificada etc., requisitos que elas nem sempre são capazes de possuir.
No mundo globalizado, a competição e a competitividade entre as empresas tornaram-se questões de sobrevivência. Entretanto, como o poder das empresas (quanto ao domínio de tecnologias, de capital financeiro, de mercados, de distribuição, etc.) é desigual, surgem relações desiguais entre elas e o mercado. Algumas sairão vitoriosas e outras sucumbirão. Muitos setores da economia estão oligopolizados e até mesmo monopolizados, dificultando a entrada de novos competidores. Desse modo, a noção de livre mercado é relativa. Muitos setores da atividade econômica já tem "dono" e dificilmente permitiram a entrada de novos produtores. A globalização da economia e das finanças beneficia, assim, amplamente o grande capital, as grandes corporações transnacionais.

Perda de autonomia dos estados nacionais
A globalização surgiu de forma inesperada e descontrolada. Tem causado em certos países, desafia o poder tradicional dos governos e passa para as pessoas a sensação de que o mundo se transformou num ambiente selvagem, do dia para a noite.Por mais que os estudiosos apresente documentos favoráveis a essa mutação econômica, a imagem que ela tem é a dos saques a Indonésia, dos desempregados na Europa, e das empresas fechadas na Argentina. A pergunta bastante razoável que se pode fazer é: para que serve esse processo se ele sacrifica pessoas e subtrai poder de governos que são eleitos pelo povo?
A ampliação do poder das multinacionais tem promovido uma concorrência perversa entre os Estados. A globalização financeira tem limitado a capacidade dos Estados nacionais de promoverem políticas expansionistas sob o risco de serem submetidos à exclusão do mercado mundial de capitais e aos ataques especulativos de suas moedas, com graves conseqüências para a estabilização.
Essa forma de globalização favorece os países que concentram maior poder econômico e diminui a autonomia política e decisória dos Estados, que, adotando uma inserção subordinada a lógica da "Nova Ordem Mundial" passam a reduzir impostos de importação, atacar conquistas sociais e sindicais e submeter suas políticas e legislações aos interesses dos paises centrais.
"Um estado desses torna-se muito dependente dos investimentos privados e começa a fazer o que as empresas quiserem para não perder forca econômica. Vira uma relação desigual, em que o mercado tem todas as fichas na mão. Em última instancia, isso acaba afetando a confiança da democracia se as decisões estão sendo tomadas onde não temos influencia." (Claus Offe, sociólogo alemão).
Embora os impactos sociais sejam semelhantes em escala mundial, são paises da África, América Latina e do Leste Europeu que sofrem de forma aguda e acelerada as conseqüências dos programas de ajustamento econômicos neoliberais do FMI e do Banco Mundial, agravando a pobreza e levando a miséria e o desespero para extensas camadas sociais.
Na América Latina, os modelos de estabilização tem resultado forte dependência externa para garantir a estabilidade de preços. E simultaneamente tem sucateado importantes setores industriais e gerando um crescimento do desemprego estrutural.
"Se o comunismo acabou, o neoliberalismo caminha para o fim. O comunismo ao menos tinha uma idéia generosa. O neoliberalismo é o egoísmo como doutrina política, a exclusão social como preço inevitável " (Jose Sarney – ex-presidente).

E a Profecia se cumpre
O furacão que está varrendo o mundo já feriu profundamente o mercado financeiro. É um problema sério e os economistas avisam que as coisas ainda podem piorar. O comercio internacional, a produção industrial e o emprego sentiram baque da crise, mas ainda não tombaram. Se a loucura dos mercados financeiros não for detida, não é impossível que os paises mergulhem numa depressão semelhante a de 30.

O cenário mais terrível, segundo ele seria o seguinte:
* Fuga de dólares – O dinheiro já está deixando os paises emergentes, pode fugir a uma velocidade maior. Iria abrigar-se em investimentos mais seguros, como os títulos da dívida americana. Estaria criada, assim, a possibilidade de moratória generalizada, ou aumento brutal dos juros, para segurar a fuga de dólares.
* Desemprego – A elevação dos juros não segura o investimento estrangeiro e ainda provoca um estrago adicional. As empresas, muito endividadas, começam a quebrar. O desemprego aumenta e o consumo despenca. Com isso, o comercio internacional encolhe.
* Recessão – Com menos comercio, o mundo inteiro fica mais pobre. Até os paises ricos como os Estados Unidos, são afetados pela crise. O pessimismo toma conta dos empresários de tal forma que mesmo uma redução doa juros ou dos impostos é insuficiente para estimular o crescimento econômico.

Biocombustíveis

Biocombustíveis
São fontes de energia renováveis produzidas a partir da cana-de-açúcar, plantas oleaginosas, biomassa florestal e resíduos agropecuários. Os biocombustíveis são alternativas mais baratas e eficientes no combate ao efeito estufa. A alternativa mais correta é substituir os combustíveis fósseis por biocombustíveis. Veja abaixo os mais usados: 
• Álcool ou Etanol: Desenvolvido a partir da cana-de-açúcar, passou a ser usado em grande escala em 1983. Sua maior produção está na cidade de São Paulo onde terras que cultivavam produtos alimentícios foram ocupadas pelos canaviais. Para o cultivo destes produtos podem ser utilizadas áreas não aproveitadas e de baixo valor. 
• Alcool Absoluto: Como é obtido e suas diferenças do álcool normal.
• Biodiesel: Desenvolvido a partir de fontes renováveis de energia livre de enxofre. É produzido pelas sementes da mamona, dendê, girassol, babaçu, amendoim, soja e pela beterraba. Pode ser utilizado puro ou misturado ao diesel. 
• Bio-etanol: A obtenção, vantagens e polêmicas a respeito do Bio-etanol.
• Biogás: É um gás inflamável produzido por microorganismos presentes na matéria orgânica em decomposição como no esterco, bagaço vegetal, palha e lixo. É aproveitado e retirado por um aparelho chamado biodigestor instalado em sítios e fazendas. 
• Biomassa: O que é biomassa e sua aplicação nos biocombustíveis.
• Bio-óleo: Como é obtido o bio-óleo e suas vantagens.
• BTL: Definição, o processo de obtenção e suas vantagens.
• E85: A composição e sua aplicação atualmente.
• Etanol Celulósico: O processo de obtenção e as suas vantagens. 
• Metanol: Definição, composição e o contexto do metanol atualmente.
• Óleo Vegetal: As vantagens do óleo vegetal e sua utilização.

 
Os biocombustíveis são fontes de energias renováveis, derivados de produtos agrícolas como a cana-de-açúcar, plantas oleaginosas, biomassa florestal e outras fontes de matéria orgânica. Em alguns casos, os biocombustíveis podem ser usados tanto isoladamente, como adicionados aos combustíveis convencionais. Como exemplos, podemos citar o biodiesel, o etanol, o metanol, o metano e o carvão vegetal.

Biodiesel
No que tange ao biodiesel, apenas recentemente esse biocombustível entrou na agenda do governo brasileiro. Apesar da primeira patente do biodiesel no mundo ter sido registrada em 1980, por um professor da Universidade Federal do Ceará, somente em Dezembro de 2004 é que foi lançado, oficialmente, pelo governo brasileiro o Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel. 
A introdução do biodiesel na matriz energética brasileira foi estabelecida pela Lei 11.097 de janeiro de 2005, que determina a adição voluntária de 2% de biodiesel ao óleo diesel comercializado ao consumidor final até 2007; já a partir de 2008, essa adição de 2% será obrigatória. A mistura de 5% de biodiesel ao óleo diesel será voluntária no período de 2008 até 2012, passando a ser compulsória a partir de 2013.
O uso do biodiesel traz uma série de benefícios associados à redução dos gases de efeito estufa, e de outros poluentes atmosféricos, tais como o enxofre, além da redução do consumo de combustíveis fósseis. Porém, no processo de fabricação, uma série de resíduos e subprodutos industriais é gerada, os quais podem, quando adequadamente geridos, contribuir para a viabilidade econômica da produção de biodiesel. Esses resíduos de natureza líquida e sólida possuem potencial para uso na indústria de alimentos e para a nutrição animal, bem como na indústria químico-farmacêutica, mas há uma grande carência de estudos de análises de viabilidade técnica e financeira, que possam apontar as melhores alternativas de custo-benefício para o processamento e tratamento desses resíduos, os quais podem agregar valor e reduzir os custos de produção de biodiesel, com o aproveitamento e venda destes produtos e seus derivados.
O que é Biodiesel ?
Autor: Wendel Martins da Silva - Bacharelando em Química pela Universidade de Guarulhos – SP (UNG).
“Biodiesel é um combustível biodegradável alternativo ao diesel de petróleo, criado a partir de fontes renováveis de energia, livre de enxofre em sua composição. Pode ser utilizado em motores diesel sem a necessidade de qualquer tipo de adaptação (caso o biodiesel esteja de acordo com as normas de qualidade da Agência Nacional do Petróleo - ANP), sem perda de desempenho e contribui para o aumento da vida útil do motor (pelo fato de ser um lubrificante melhor que o diesel de petróleo). Por ser originado de matérias-primas renováveis (basicamente álcool e óleo vegetal ou gordura animal) e possuir queima limpa, a combustão do biodiesel gera menos poluentes do quê a combustão do diesel de petróleo. Quimicamente, podemos dizer que se trata de uma composição de ésteres etílicos ou metílicos de ácidos graxos de cadeia longa.
Por ser extremamente miscível, mesmo não contendo petróleo, pode ser misturado ao diesel convencional em qualquer proporção, sem que isso gere qualquer tipo de prejuízo ou perda de desempenho ao motor. Convencionou-se mundialmente uma nomenclatura para identificar a proporção da mistura de biodiesel ao diesel de petróleo. Quando temos uma mistura de 2% de biodiesel e 98% de diesel, esta recebe o nome de B2. Uma mistura com 5% de biodiesel e o resto de diesel de petróleo é chamada de B5, e assim por diante. Quando temos apenas biodiesel, atribuímos o nome de B100. As misturas entre 2% e 20% são as mais utilizadas no mercado mundial.
O processo mais comum da produção de biodiesel se faz através da reação de óleo vegetal ou gordura animal com um álcool (no Brasil, prefere-se o etanol; já na Europa, a preferência recai sobre o metanol), reação essa incentivada pela presença de um catalisador (que pode ser um ácido, uma base ou uma enzima). Como produtos dessa reação, temos biodiesel e glicerina. Esse processo é conhecido na indústria por transesterificação. Ele pode ser feito com o óleo de diversas oleaginosas, como por exemplo, a soja, o pinhão-manso, o amendoim, o nabo forrageiro, o milho, o girassol e a canola. 
É importante ressaltar que apenas o óleo puro das oleaginosas não pode ser considerado como biodiesel, mesmo que misturado ao diesel de petróleo. Este é um engano bastante comum. A mesma coisa ocorre com a mistura de álcool anidro com o diesel convencional, não podendo ser considerado o resultado dessa mistura como biodiesel. Mesmo assim, todos os exemplos citados são capazes de movimentar motores diesel, mas com perda de desempenho ou acarretamento de outros danos ao motor.
• O biodiesel e o meio-ambiente
A utilização de combustíveis fósseis influencia negativamente a qualidade e o equilíbrio do meio-ambiente. Dois exemplos corriqueiros desse problema são os altos índices de poluição dos grandes centros urbanos e o derramamento de petróleo no mar. Ambos causam um grande impacto negativo no eco-sistema regional.
As altas emissões de monóxido de carbono (CO), óxidos de nitrogênio (NOX) e dióxido de enxofre (SO2) são apontadas como principais causadoras das chuvas ácidas, extremamente prejudiciais às florestas, lavouras e animais. Além disso, esses combustíveis fósseis possuem uma taxa de emissão de CO2 muito alta, fator diretamente relacionado com o problema do efeito estufa e suas conseqüências (aumento da temperatura global, derretimento das calotas polares, desequilíbrio ecológico, entre outros).
Conforme foi dito anteriormente, o biodiesel é um combustível menos poluente que o diesel tradicional. Apesar de também haver emissão de CO2 (e nenhum outro resíduo nocivo ao meio-ambiente), estudos apontam índices de emissão de CO2 até 80% menores em relação ao diesel de petróleo. Devido a essa característica, ele se torna uma opção não agressiva ao meio-ambiente. O que faz do biodiesel um combustível renovável é o fato de que todo o CO2, emitido na queima no motor, consegue ser capturado pelas plantas e utilizado por estas durante o seu crescimento e existência. Estas mesmas plantas serão utilizadas mais tarde como fonte para a produção de novos biocombustíveis, por esse motivo, chamados de energias renováveis.”
Etanol
Autora: Thereza Christina Pippa Rochelle - Engenheira Agrônoma, Doutora em Economia Aplicada pela ESALQ/USP.
O Brasil é reconhecido mundialmente pelo pioneirismo na introdução do etanol em sua matriz energética. Inicialmente, o álcool etílico anidro foi adicionado à gasolina como oxigenante, tornando-se a mistura compulsória a partir de 1938.
Em 1975, com o lançamento do Programa Nacional do Álcool (Proálcool), o percentual de álcool anidro misturado à gasolina aumentou significativamente e o álcool etílico hidratado passou a ser utilizado em veículos cujos motores foram especialmente desenvolvidos para esse combustível.
Desde o lançamento do Proálcool, há 30 anos, a produção de álcool no país aumentou de 700 milhões de litros em 1975 para 15 bilhões de litros na safra de 2004 / 2005. Durante esse período, como no ano de 1985, os veículos movidos a álcool chegaram a atingir 85% das vendas totais no país. Porém, devido à crise de abastecimento ocorrida em 1989, esse percentual reduziu-se em curto espaço de tempo para cerca de 2% e manteve-se nesse patamar até o início de 2003.
Em março daquele ano, os veículos bicombustíveis (Flex Fuel) foram lançados no mercado brasileiro e depois de dois anos de existência, chegaram a representar aproximadamente 53% das vendas de veículos novos em 2005, de acordo com dados da ANFAVEA. Desde então, nota-se um aumento na demanda por etanol no mercado interno, o qual responde por quase a totalidade do consumo do produto fabricado no país. Tal aumento decorre principalmente do menor custo do álcool ao consumidor, quando comparado à gasolina, cujo preço está sujeito à instabilidade da oferta de petróleo no mercado internacional.
No contexto mundial, os biocombustíveis deverão suprir uma importante parte da demanda mundial num futuro próximo, motivada principalmente por considerações de ordem ambiental, pela elevação dos preços do petróleo no mercado internacional e pela incerteza na oferta de combustíveis fósseis no médio e longo prazo.
Por essas razões, a demanda por etanol no mercado internacional tem sido crescente nos últimos anos. O Brasil, além de maior produtor e consumidor de etanol, é também o maior exportador no cenário global. Até meados de 2002 as exportações brasileiras de álcool eram insignificantes, mas com o crescimento da demanda por esse biocombustível no mercado internacional, o volume exportado cresceu de 565 milhões de litros em 2003, para 2,1 bilhões de litros no período de janeiro a novembro de 2005 (Secex, 2005).
Aliado ao crescimento das exportações brasileiras de açúcar, o cenário acima explica boa parte da significativa expansão do setor sucroalcooleiro nacional nos últimos anos e as perspectivas promissoras do mercado interno e externo para esse biocombustível num futuro bastante próximo. Sem dúvida, a necessidade de fornecer etanol para o mercado interno em expansão e para o mercado internacional, que anseia por fontes renováveis de energia, traz excelentes oportunidades para incrementos ainda maiores no crescimento do setor. Nos anos recentes, nota-se o aumento da produção de cana-de-açúcar e de seus produtos derivados, açúcar e etanol, tanto nas tradicionais regiões produtoras como em estados que representam novas fronteiras agrícolas para a cultura canavieira no Brasil.
Utilização Do Etanol Na Produção Do Biodiesel
Autor: Wendel Martins da Silva - Bacharelando em Química pela Universidade de Guarulhos – SP (UNG).
“O etanol é hoje um produto de diversas aplicações no mercado, largamente utilizado como combustível automotivo na forma hidratada ou misturado à gasolina. Também tem aplicações em produtos como perfumes, desodorantes, medicamentos, produtos de limpeza doméstica e bebidas alcoólicas. Merece destaque como uma das principais fontes energéticas do Brasil, além de ser renovável e pouco poluente.
Como já mencionado anteriormente, o Brasil é hoje o maior produtor mundial de etanol, que quando utilizado como combustível em automóveis, representa uma alternativa à gasolina de petróleo. Destacam-se na produção do etanol os estados de São Paulo e Paraná, respondendo juntos por quase 90% da safra total produzida. Além disso, o Brasil lidera a produção mundial de cana-de-açúcar (principal matéria-prima do etanol), sendo essa uma indústria que movimenta vários bilhões de dólares por ano. O fato de tanto a cana-de-açúcar quanto o etanol serem produzidos dentro do Brasil, representa uma menor dependência de petróleo externo, diminuindo substancialmente os gastos com importações.
O etanol é, numa definição simples, um álcool incolor, volátil, inflamável e totalmente solúvel em água, derivado da cana-de-açúcar, do milho, da uva, da beterraba ou de outros cereais, produzido através da fermentação da sacarose. Comercialmente, é conhecido como álcool etílico, e sua fórmula molecular C2H5OH ou C5H6O. 
O etanol contém aproximadamente 35% de oxigênio em sua composição e possui combustão limpa, ou seja, sua queima resulta somente em calor, sem presença de fuligem. Devido a isso, a emissão de CO2 na queima é baixíssima.
O teor de etanol presente em uma determinada mistura é expressa em ºGL. Essa escala, chamada de “graus Gay-Lussac”, diz qual a porcentagem de etanol existente na solução. Por exemplo, em uma garrafa de vinho, existem 11% de etanol, ou seja, 11 ºGL. Já o álcool utilizado para limpeza doméstica possui 96 ºGL. No caso do uso do etanol hidratado como combustível, por lei, o mesmo deve estar entre 93,2 ºGL e 93,8 ºGL. Já o álcool 100 ºGL é chamado de álcool absoluto ou álcool anidro (anidro = totalmente seco).
A utilização do etanol para a produção de biodiesel ocorre por um processo chamado transesterificação. Basicamente, este processo se dá através de reações químicas entre o etanol (ou metanol, que também pode ser usado) e os óleos vegetais ou gorduras animais, estimuladas pela presença de um catalisador (hidróxido de sódio, por exemplo). Este processo resulta em dois subprodutos: o biodiesel propriamente e o glicerol (glicerina), de grande aproveitamento na indústria química. O biodiesel e a glicerina geralmente são separados por gravidade, ou utilizando-se centrífugas para encurtar o tempo do processo. Depois disso, o biodiesel ainda precisa ser purificado, para que seja retirado o excesso de etanol, resíduos do catalisador utilizado e sabão que pode eventualmente se formar. O etanol retirado em excesso é reaproveitado em um novo processo de produção.
A transesterificação do etanol para a produção do biodiesel é um pouco mais trabalhosa do que a do metanol, devido ao tamanho da molécula do primeiro ser maior. Mesmo assim, devido à experiência do país em produzir e utilizar este álcool, a grande capacidade de produção hoje em atividade, um mercado consumidor bastante atraente e por ser menos agressivo ambientalmente, o etanol desperta muito interesse entre os produtores brasileiros”.
Biomassa
Autor: Wendel Martins da Silva - Bacharelando em Química pela Universidade de Guarulhos – SP (UNG).
“Biomassa pode ser definido, de forma simples, como uma fonte de energia limpa (não poluente) e renovável, disponível em grande abundância e derivada de materiais orgânicos. Todos os organismos existentes capazes de realizar fotossíntese – ou derivados destes – podem ser utilizados como biomassa. Como exemplos de fontes de biomassa, que podem se encaixar nessa definição, citamos a cana-de-açúcar, restos de madeira, estrume de gado, óleo vegetal ou até mesmo o lixo urbano. 
Apesar de ser, atualmente, o centro de atenção de alguns setores, a biomassa já é conhecida e utilizada pela humanidade há muito tempo. Durante milhares de anos foi a única fonte de energia disponível à população, uma vez que não havia conhecimento científico para a exploração de outros recursos. Em um fogão à lenha ou em uma fogueira, a madeira queimada é um combustível de biomassa.
Estando a poucos passos de uma crise energética, com a previsão do fim das reservas de petróleo e carvão mineral, a energia elétrica também cada vez mais escassa e a energia nuclear um tanto perigosa, torna-se uma questão vital a busca por fontes alternativas de energia e inúmeros esforços estão sendo feitos para que seja possível obter o máximo de energia da biomassa. 
Outro fator importante é o volume cada vez maior de lixo produzido no mundo. Uma vez que até este lixo pode ser aproveitado para geração de energia e a sua utilização contribui para amenizar vários problemas ao mesmo tempo: diminuição do nível de poluição ambiental, contenção do volume de lixo das cidades e aumento da produção de energia. Exemplos práticos disso são as sobras de casca de arroz, que geram energia para a indústria gaúcha, a queima do bagaço da cana-de-açúcar para a geração de vapor para produção de energia elétrica. Também é fato que algumas cidades do mundo já utilizam parte de seu lixo urbano para produzir energia elétrica.
Vantagens da biomassa na produção de energia
Como principais vantagens que a biomassa possui, em relação aos combustíveis fósseis, na produção de energia, podemos listar as seguintes:
- Ser fonte de energia limpa e renovável;
- Causar menor corrosão de equipamentos;
- Os resíduos emitidos pela sua queima não interferem no efeito estufa. Ao contrário, partindo do ponto extremo da erradicação das emissões, por exemplo, de SO2 (dióxido de enxofre), torna-se mais fácil reparar a situação;
- Ser uma fonte de energia, descentralizadora de renda – qualquer pessoa dona de um pouco de terra pode plantar vegetais que servem como fonte de biomassa;
- Reduzir a dependência de petróleo por parte de países subdesenvolvidos, servindo também, dessa forma, como descentralizadora de poder;
- Diminuir o lixo industrial. Pequenos produtores que utilizariam restos de produção, como fonte de biomassa, para geração própria de energia. Por exemplo, madeireiras que passariam a utilizar resíduos (serragem e restos de madeira), que antes virariam lixo;
- Ter baixo custo de implantação e manutenção.

Processo de transformação da energia 
Através da fotossíntese, as plantas transformam a energia proveniente da luz do sol em energia química, que mais tarde pode ser convertida em calor, combustível ou eletricidade. Quimicamente, a fotossíntese é representada de acordo com o esquema abaixo:
6H2O + 6CO2 + energia solar = C6H12O6 + 6O2 
Se o processo de transformação da biomassa em energia for executado de maneira eficiente e controlada, a queima resultará em água (H2O) e dióxido de carbono (CO2), além da própria energia. Devido a este motivo, a biomassa é considerada uma fonte totalmente renovável e, se empregada da forma correta, não-poluente. Produzida eficientemente, a biomassa também pode representar uma parcela significativa da energia total gerada em um país.
Atualmente, utilizam-se principalmente quatro formas de conversão da biomassa em energia:

- Pirólise: através desta técnica, a biomassa é exposta a altíssimas temperaturas sem a presença de oxigênio, visando acelerar a decomposição da mesma. O que sobra da decomposição é uma mistura de gases (CH4, CO e CO2 – respectivamente, metano, monóxido de carbono e dióxido de carbono), líquidos (óleos vegetais) e sólidos (basicamente carvão vegetal).
- Gaseificação: assim como na pirólise, aqui a biomassa também é aquecida na ausência do oxigênio, gerando como produto final um gás inflamável. Este gás ainda pode ser filtrado, visando a remoção de alguns componentes químicos residuais. A diferença básica em relação à pirólise é o fato da gaseificação exigir menor temperatura e resultar apenas em gás.
- Combustão: aqui a queima da biomassa é realizada a altas temperaturas na presença abundante de oxigênio, produzindo vapor a alta pressão. Este vapor geralmente é utilizado em caldeiras ou para movimentar turbinas. É uma das formas mais comuns hoje em dia, e sua potência situa-se na faixa de 20 a 25%.
- Co-combustão: esta prática propõe a substituição de parte do carvão mineral utilizado em uma termoelétrica por biomassa. Desta forma, reduz-se significativamente a emissão de poluentes (principalmente dióxido de enxofre e óxidos de nitrogênio, responsáveis pela chuva ácida). A faixa de desempenho da biomassa encontra-se entre 30 e 37%, sendo por isso uma opção bem atrativa e econômica atualmente”.

Bilhões para o Clima


O Banco Mundial quer que os países ricos financiem US$ 475 bilhões para a adaptação dos países pobres às mudanças climáticas, informa a Folha. O relatório do banco propõe um pacote para combater o aquecimento global, cujos efeitos, que tendem a se agravar, tornam mais difícil a tarefa de aliviar a pobreza, pois drenam recursos do desenvolvimento e aumentam o preço da comida. “A crise do clima não é uma crise produzida pelos países pobres, que não estão preparados para ela”, diz o relatório. O documento foi estrategicamente divulgado a três meses da conferência da ONU em Copenhague, que vai decidir o novo acordo de proteção ao clima, e a uma semana do encontro do G20 que vai discutir o assunto.

A Pobreza Norte Americana



Há 12 anos os Estados Unidos não tinham uma taxa de pobreza tão alta. Em 2008, durante a recessão econômica do país, a parcela pobre da população norte-americana foi de 13,2%. Em 2007, era de 12,5%. Especialistas ouvidos pelo The New York Times acreditam que as altas taxas de desemprego de 2009 vão pressionar ainda mais o índice para cima. No total, são 39,8 milhões de pessoas vivendo abaixo da linha de pobreza, definida por uma renda anual de US$ 22 mil por família de quatro pessoas. A renda familiar média também sofreu com a recessão. Caiu de US$ 52,2 mil anuais em 2007, para US$ 50,3 mil. “Vemos uma década perdida para a típica família americana”, disse um economista da Universidade de Harvard.