Geografia da Amizade

Geografia da Amizade

Amizade...Amor:
Uma gota suave que tomba
No cálice da vida
Para diminuir seu amargor...
Amizade é um rasto de Deus
Nas praias dos homens;
Um lampejo do eterno
Riscando as trevas do tempo.
Sem o calor humano do amigo
A vida seria um deserto.
Amigo é alguém sempre perto,
Alguém presente,
Mesmo, quando longe, geograficamente.
Amigo é uma Segunda eucaristia,
Um Deus-conosco, bem gente,
Não em fragmentos de pão,
Mas no mistério de dois corações
Permutando sintonia
Num dueto de gratidão.
Na geografia
da amizade,
Do amor,
Até hoje não descobri
Se o amigo é luz, estrela,
Ou perfume de flor.
Sei apenas, com precisão,
Que ele torna mais rica e mais bela
A vida se faz canção!

"Roque Schneider"



Quem sou eu

Salvador, Bahia, Brazil
Especialista em Turismo e Hospitalidade, Geógrafa, soteropolitana, professora.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Charge - PRÉ-SAL


Equinócio e Solstício

 Equinócio é uma palavra que deriva do latim (aequinoctium), e significa “noite igual”, e refere-se ao momento do ano em que a duração do dia é igual à da noite sobre toda a Terra.
Astronomicamente isto se dá quando a Terra atinge uma posição em sua órbita onde o Sol parece estar situado exatamente na intersecção do círculo do Equador Celeste com o círculo da Eclíptica; ou seja, instante em que o Sol no seu movimento anual aparente pela Eclíptica, corta o Equador Celeste, apresentando declinação de 0º.
O Equinócio Vernal (21/03), assinala a entrada da primavera no hemisfério norte e do outono no hemisfério sul, este ano (20/03). É especialmente considerado pelos Astrólogos, pois este “Ponto Vernal”, marca o início do Signo de Áries, a entrada do Sol no Signo de Áries, que marca o início do Zodíaco. É quando o Sol, no seu movimento aparente, passa do hemisfério sul para o hemisfério norte. O Equinócio Outonal (23/09), marca a entrada do outono no hemisfério norte e da primavera no hemisfério sul, chamado também de “Ponto de Libra”; instante em que o Sol passa do hemisfério norte para o hemisfério sul, este ano (22/09).

 A palavra Solstício, deriva do latim, sol + sistere (solstitium), que significa parado, imobilizado e está associada à idéia de que o Sol estaria como que estacionário. Marca a época do ano em o Sol, no seu movimento aparente na esfera celeste, atinge o máximo afastamento angular do Equador. É considerado Solstício de Verão (21/06) no hemisfério norte e de inverno no hemisfério sul, quando o Sol ingressa a 0º do Signo de Câncer, quando o Sol alcança sua máxima declinação norte, 23º27'. Neste momento, o Sol “imobiliza” seu movimento gradual para o sentido sul e passa a dirigir-se na direção do pólo norte. No dia do Solstício de Inverno (22/12) no hemisfério norte e de verão no hemisfério sul, quando marca a entrada do Sol no Signo de Capricórnio, quando o Sol alcança sua máxima declinação sul, 23º27'. O Sol “imobiliza” seu movimento para o sentido norte e começa a dirigir-se na direção do hemisfério sul.


Índia: O desafio da centralização

“Um país plural em etnias e religiões que, apesar das pressões internas e externas, mantém a integridade territorial.”




A Índia teve início em 2500 a.C., no vale do rio Indo, onde fica atualmente o Paquistão, é o segundo país mais populoso do planeta, com um efetivo demográfico de aproximadamente 1 bilhão, 186 milhões de pessoas. Diferentes religiões, idiomas e dialetos convivem em enormes contrastes paisagísticos. Seu sistema de organização política é formado por 25 Estados e sete territórios que possuem regulamentos distintos. Sua estrutura político-administrativa interna tem como base uma emaranhada divisão de direitos e obrigações entre o governo federal e 32 unidades territoriais definidas pela constituição indiana. O hinduísmo representa 80,3% da população na índia. O território indiano possui solo fértil e muitos recursos minerais. O rio Ganges, considerado sagrado pelos hindus, fornece ao país a água para uma forte produção agrícola. Mahatma Gandhi lutou na Índia pela independência, isto é, contra as autoridades coloniais britânicas.
O subcontinente indiano esteve sob domínio britânico até 1947, quando esse subcontinente foi divido em dois Estados independentes- a Índia com maioria de população hindu e o Paquistão com maioria muçulmana, posteriormente o Paquistão foi dividido em :Paquistão Ocidental e Paquistão Oriental e em 1971 o Paquistão Oriental tornou-se independente e adotou o nome de Bangladesh.
Desde 1967, quando se tornou independente, a Índia se defronta com ameaças à sua integridade territorial. Uma dessas ameaças decorre dos problemas fronteiriços com o Paquistão e a China, cujos conflitos ocorrem nas porções setentrionais dopais, isto é, nas regiões montanhosas e de altos platôs que fazem parte do Himalaia.
Com a China os alvos das disputas territoriais são dois setores do Himalaia: um na região da Caxemira (área de Asai-chin) e outro no extremo nordeste. A Índia até hoje reivindica a devolução de territórios perdidos.

Disputa pela Caxemira
A Caxemira também é o centro de disputa com o Paquistão. Nessa região a paisagem é quase exclusivamente montanhosa. Os muçulmanos representam 75% do contingente demográfico da província, que foi reivindicada pela Índia e pelo Paquistão, em 1947, quando terminou o domínio britânico sobre o subcontinente. A Caxemira é disputada desde a independência da Índia e do Paquistão. Os conflitos nessa área já deixaram milhares de mortos. O território tem maioria muçulmana. O governo indiano acusa o governo paquistanês de treinar e armar os guerrilheiros que agem na região. A rivalidade entre a Índia e o Paquistão levanta temores de uma guerra no sul da Ásia, uma vez que os dois países possuem arsenais nucleares. Além de testes atômicos, tropas de ambos os lados são enviados com frequência para a fronteira
Situada na fronteira da Índia com o Paquistão, a Caxemira é habitada majoritariamente por muçulmanos. O conflito remonta ao período em que os ingleses se retiraram da região, durante o período de colonização. Antes mantinham ali o desejo de criar um estado único, agrupando povos de religiões hindu, islâmica e outros grupos menores. Mas, com o fim da colonização, surge, em 1947, o Paquistão (islâmico) e a Índia (multiureligiosa, de maioria hindu). A descolonização deixa ainda um barril de pólvora: a Caxemira. Na ocasião, a região era um principado de maioria muçulmana, mas governado por um príncipe hindu. Na hora de decidir para que lado fosse ficar (hindu ou muçulmano), o príncipe decidiu aliar-se à Índia. Depois disso, várias guerras eclodiram. A mais importante ocorreu entre 1947-1948, quando um terço da Caxemira fica para o Paquistão e dois terços para a Índia (uma outra pequena fração fica com a China). Na década de 80, com o recrudescimento do fundamentalismo islâmico no mundo, os confrontos se intensificam na Caxemira indiana. O conflito alarma a comunidade internacional em 1998, quando os dois países promovem testes de armas nucleares. A situação ainda está em impasse: a Índia não abre mão da região. O Paquistão defende a realização de um plebiscito na Caxemira indiana. Há ainda a idéia de criar um estado independente. . Por isso a disputa pela Caxemira é considerada uma das mais perigosas do mundo.

A Complexidade do Nordeste
O nordeste da Índia abrange um território de 255 mil km² ( área pouco maior que o estado do Piauí)e corresponde a um espaço quase isolado do resto dopais, por estar praticamente cercado por países vizinhos ( Bangladesh, Mianmar, China e Butão). Essa região é uma zona de transição entre o subcontinente indiano e o sudeste asiático, e está conectado à Índia por um corredor que, em sua parte mais estreita, tem apenas 32 km e é constituída por sete estados: Assam, Manipur, Meghalaya, Mizoram, Nagaland, Tripura e Arunachal Pradesh. Essa região é uma espécie de miniatura da Índia devida a sua complexidade etnocultural e com cerca de 36 milhões de habitantes, com aproximadamente 300 grupos tribais, com diversidades lingüísticas, culturais, étnicas e religiosas.



Contrastes Indianos
Em rápida ascensão econômica, a Índia se destaca como um dos principais países emergentes. Porém tem péssimos índices sociais. Mais da metade da população é miserável e o índice de analfabetismo é de 40%. Ao mesmo tempo, a nação é referência em produção científica e tornou-se a maior exportadora de softwares do globo. Tanto destaque mundial chama a atenção de potências como os EUA, com os quais os indianos assinaram um acordo nuclear, em 2006. Quase metade das crianças não é vacinada contra o sarampo, o IDH indiano divulgado em 2008, coloca a Índia no132º lugar, entre os 179 países pesquisados. A Índia, juntamente com Brasil, Rússia e China integra o G-4, o chamado (BRIC), e pleiteia um lugar permanente no Conselho de Segurança da ONU, porém seu maior desafio é garantir condições dignas de vida a sua população de 1 bilhão e 186 milhões de pessoas.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Organização das terras emersas.

Escudos cristalinos
Dobramentos e maciços antigos surgidos do entrechoque das massas continentais no Pré-cambriano. Rochas resultantes da solidificação de material magmático com posterior ascenção à superfície- Rochas magmáticas(Granito). Além de rochas muito antigas sobre pressão e temperatura chamadas Gnaisses. Sofrem de ação erosiva intensa e prolongada.
Escudos transformados em maciços arredondados.
Bacias sedimentares
Ação erosiva e subsequente deposição de sedimentos em áreas rebaixadas.
Quando soerguidas podem originar baixos planaltos e platôs(Epirogênese)
Rochas sedimentares(arenito e calcário) ou orgânicas(hulha e petróleo).
O termo bacia sedimentar é usado para se referir a uma área geográfica que exibe uma depressão em decorrência da subsidência do terreno, formando uma grande bacia que recebe os sedimentos provenientes das áreas altas que a circundam, os quais vão se acumulando e a medida que vão sendo soterrados, são submetidos a um aumento de pressão e temperatura, iniciando o processo de litificação, formando uma sucessão de estratos de rochas sedimentares. O registro sedimentar dessas áreas é geralmente composto por um espesso pacote sedimentar no seu interior, o qual diminui de espessura ao se aproximar das bordas da bacia e apresentam camadas de rochas que mergulham da periferia para o centro.
As bacias sedimentares preservam um registro detalhado do ambiente e dos processos tectônicos que deram forma à superfície da Terra através do tempo geológico. Também servem como importante repositório de recursos naturais, tais como água subterrânea, petróleo e recursos minerais diversos.
Os dobramentos modernos
São originados pelo choque de placas tectônicas iniciados entre o final do período cretáceo e o início do terciário(vivemos no quaternário).
Cordilheiras montanhosas com vulcões e fraturas da crosta terrestre.
Engloba também as dorsais submarinas formadas pela expulsão do magma.

O Espaço Físico Terrestre

Estrutura da terra:
Crosta-( superior e inferior)
Manto
Núcleo-(Exterior e interior)
Sismologia
As ondas sísmicas são as responsáveis pelo modelo conhecido hoje da terra.
Percorrem rochas sedimentares e metamórficas, além das plutônicas.
A crosta- Nossa casa
A crosta continental possuí espessura variável de 30 até 80 km de profundidade.
A crosta oceânica tem em média 7,5km de espessura, porém no Pacífico ela pode ter até 4 vezes esse valor.
Sua camada inferior é de constituição basáltica com predomínio de SiMa(Silício e Magnésio).
Na sua superfície Predominam o SiAl(Silício e Alumínio) – granitos, basaltos e rochas sedimentares.
Nos oceanos não existe crosta superior.
Alfred Wegener(1880-1930)
Teoria da deriva continental (1912)
Afastamento dos continentes
Formação das bacias oceânicas
Esse conjunto foi denominado Pangéia
Sistemas de falhamentos
Os 220 m.a
Zona de subduccção
Tectonismo
Dobramentos modernos
Pantalassa- oceano primitivo- Pacífico
Mar de Tétis- Mediterrâneo
Triássico- separação da Pangéia
Norte- Laurásia
Sul- Gondwana
Transitórios
Pouco antes do cenozóico ocorre a formação que conhecemos hoje.

A geografia.

Estuda a sociedade. Seu início é o espaço produzido pelo homem- o espaço geográfico.
Sociedades diferentes- Aldeias, Metrópoles, Cidades Medievais com ruas estreitas e concêntricas, rodovias expressas,bairros arborizados.
Sociedade moderna- Capitalista, desigualdades sociais.
Para entender a produção do espaço geográfico precisamos entender dois pontos. A NATUREZA(combinação de elementos naturais) que é o espaço anterior antes de se tornar geográfico; e a HISTÓRIA com episódios como a Revolução industrial que transformou a geografia do continente europeu no século XIX.
Correntes do pensamento geográfico
Friedrich Ratzel(séc XIX)- Considerado fundador da Geografia política; sofreu influência Darwinista e acreditava que o progresso de uma sociedade poderia ser mensurado por sua capacidade de se estabelecer em um território mais vasto que o original, que seria a base para a multiplicação da riqueza. Distinguia “povos naturais” de “povos civilizados”. Chamado mais tarde de “pai da escola determinista”.
Já o francês Paul Vidal de La Blache(final do séc XIX e início do séc XX) estudando a relação sociedade-natureza criou o termo “gênero de vida” que caracterizava cada grupo humano. Gêneros diferentes em contato gerariam o contínuo aumento das fronteiras e o progresso seria a ampliação da capacidade produtiva das sociedades gerados por esses contatos. Ele seria o “pai da escola possibilista”.
Friedrich Ratzel(1844-1904)
Vidal de La Blache(1845-1918)
O espaço geográfico e a História
Das civilizações agrícolas as mundo urbano-industrial
O processo de produção do espaço geográfico se torna mais complexo com o desenvolvimento histórico das sociedades.
Civilizações antigas- estabeleciam-se as margens dos rios. Eles serviam para a agricultura e para os transportes.CIVILIZAÇÕES DE REGADIO.
A criação e centralização do poder político facilitou através de construções a vida destas comunidades que passaram a produzir mais e a gerar excedentes que mais tarde permitiriam a criação das cidades e a divisão do trabalho.
A circulação das mercadorias passou pouco a pouco a gerar uma nova geografia houve o florescimento do comércio e os limites foram sendo derrubados
A cidade passa a ser principal espaço de consumo e circulação das riquezas produzidas no campo.
A revolução industrial transformou as cidades em espaço de construção de riquezas.
Séc. XIX- Principais metrópoles crescem em ritmos assustadores-consolidação do capitalismo industrial
Companhias de comércio, bancos,pesquisa, transporte são todos típicos da cidade
Manufaturas, más condições de trabalho- condições da época
Localizadas próximas as bacias carboníferas – produção siderúrgica
Produção de têxteis
A RI gerou a urbanização e a revolução dos transportes
Espaço geográfico vira espaço planetário
Era das ferrovias (Europa, EUA, África e América Latina)
Na Europa e EUA as ferrovias integram
Na África e na América as ferrovias fragmentam
Divisão internacional do trabalho surgindo para marcar as populações dos continentes.
Trens, navios à vapor, telegráfo- Revolução industrial
Investimentos no exterior- Portos,
ferrovias, companhias elétricas
Colonização na África e Ásia
A GLOBALIZAÇÃO já era mais atuante
Revolução Industrial- 1°FASE
Inglaterra - final do séc.XVIII
Máquina à vapor,máquina de fiar, tears mecânicos e hidráulicos
Cresceu a produtividade
Carvão para impulsionar – Matriz energética
A supremacia Inglesa garante a expansão de capital para investimento e assegurar o mercado de MP.
Revolução industrial-2°FASE
Segunda metade do século XIX
Europa, América do Norte, Japão
Eletricidade suplantando o vapor nas fábricas
Surgindo o petróleo vem a industria automobilística(séc. XX)
Telex, telefone
Produção em larga escala
Divisão territorial do trabalho
Maturidade britânica fez com que EUA, Alemanha e França “queimassem etapas” rumo a se tornarem potências econômicas
EUA- exemplo mais notório (principalmente devido ao seu território de enorme potencial agrícola e a ausência de passado feudal)
Consumo de Massa- última etapa
A RI formou a Economia Mundial
As potências importavam MP e produtos agrícolas tropicais
Borracha do Brasil, Cobre do Chile são exemplos destes produtos
Haviam também investimentos para a criação de esferas de influência.

Aldeias, cidades, metrópoles.

Metrópoles são aglomerações com papel central na organização do espaço regional
Aglomeram os centros de riquezas e antagonicamente bolsões de pobreza, especialmente em países em desenvolvimento
As cidades nasceram no interior das sociedades agrícolas, cerca de 2000 anos antes da era cristã, no Egito. Eram complementos do campo já que não tinham função produtiva, apenas de comercializar o excedente produzido pelo mesmo.
Na idade média as cidades adquiriram a função de entreposto comercial uma vez que desenvolveu-se o comércio de longa distância.
A Revolução industrial representou a transformação radical das relações das cidades com o campo. A indústria fez o núcleo produtivo transferir-se geograficamente para o meio urbano
Começava também a migração do campo para as cidades. Começou a mecanização do campo liberando mais ainda a mão de obra. No séc. XX ocorre o aumento da produtividade nas industrias e o crescimento do setor de serviços.
A cidade moderna é um pólo concentrador de comércio, serviços e informações. Ela organiza o espaço geográfico.
Urbanização
Processo de crescimento da população das cidades em ritmo mais acelerado que a população rural(forma conceitual- quantitativa). Na forma qualitativa ela é a transição de um padrão de vida econômica, apoiada na produção agrícola, industria comércio e serviços.
Divisão social do trabalho
Ocorre durante o percurso da urbanização , desintegrando a economia rural(que era auto suficiente) e formando uma economia cada vez mais complexa, com subordinações, criando setores.
Setores de atividades
Primário - produção agropecuária, extrativismo vegetal e mineral
Secundário – indústria de transformação, construção civil, beneficiamento de minérios
Terciário – comércio, serviços, transportes, comunicação, adm. Pública.
Percentuais no Brasil(PEA)
Setor primário – 24,20%
Setor secundário – 19,30%
Setor terciário – 56,50% ( sendo 13,4 no comércio; 19,2 em serviços; 4,6 em adm pública; 9,6 em atividades sociais; 3,9 em transportes e comunicações e 5,8 em outros.
Fonte censo IBGE2000.
Observações
Urbanização acelerada é um fenômeno recente. Em 1800, 3% da população vivia nas cidades. A revolução industrial mudou esse quadro.
4 em cada 5 habitantes nos países desenvolvidos vivem nas cidades
Êxodo rural – pobres do campo migram para a cidade.
No séc.XXI a população urbana ultrapassa pela primeira vez na história a população rural.
A urbanização é desigual. 97% da população Belga vive em cidades, mas esse nível no Bangladesh é de apenas 13%( mas não é regra geral- alguns subdenvolvidos tem população urbana maior que a rural- vide o Brasil)
Alguns países europeus exibem taxas de urbanização menores- é o HABITAT RURAL AGRUPADO (França, Itália e Suíça).
A urbanização descontrolada que ocorre na América Latina provoca uma grave crise urbana. Nesta área em poucas décadas ocorre o que na Europa levou um século pra acontecer e gera desarmonia no crescimento.
Metrópoles e Megalópoles
Aparecem apenas com a revolução industrial- Imensas aglomerações que se formaram nos países industriais à partir do séc.XIX
Paris e Londres
New York em 1920
Berlim e Tóquio
A transformação destas cidades em metrópoles resultou da tendência à concentração geográfica da produção.
Megalópoles são grandes regiões urbanizadas constituídas em um espaço polarizado por duas ou mais metrópoles. É uma forte integração econômica com intensos fluxos de pessoas e mercadorias
Crescimento natural ou vegetativo da população
Nascimentos – óbitos por ano. Expressa o crescimento da população. Sua taxa é dada em termos percentuais e informa em que proporção a população varia de um ano para outro.
A hierarquia das cidades dita que as metrópoles convivam com cidades de porte intermediário em que vivem a maioria da população e exerçam sobre elas algum tipo de influência.
Microcefalia urbana é a concentração exagerada da população urbana nas cidades mais importantes

Atores do campo

Grileiro é um termo que designa quem está na posse ilegal de prédio ou prédios indivisos, por meio de documentos falsificados, ou indivíduos que ocupam uma terra devoluta.
O termo provém da técnica usada para o efeito, que consiste em colocar escrituras falsas dentro uma caixa com grilos, de modo a deixar os documentos amarelados e roídos, dando-lhes uma aparência antiga e, por consequência, mais verosímil.
Posseiro é a pessoa que detém de fato a posse de uma gleba de terra, mas não é o dono de direito, não possuindo assim documentação e registro em cartório.
O tamanho desta terra não interfere na designação de posseiro. Pode se tratar de um morador antigo em uma terra devoluta ou privada (por mais de um ano e um dia), ou mesmo usufruir da terra através da contratação de mão de obra de terceiros, sem nela fazer sua morada definitiva.
O assentado da reforma agrária, antes de receber o título definitivo de propriedade do imóvel, como doação por parte do Governo Federal também é um posseiro usufruindo por ocupação uma terra da União.
Obtido em "http://pt.wikipedia.org/wiki/Posseiro"
Latifundiário- Dono de grandes extensões de terra.
Gato- Pessoa que contrata pessoas (trabalhadores braçais) para as fazendas e grandes projetos agropecuários
Meeiros- trabalhadores arrendatários que têm como forma de pagamentos aos donos da terra a metade de sua produção.
Sem-terra- Pequeno produtor expulso do seu meio produtivo.
Em face a esses dois principais atores temos os maiores conflitos por terras registrados nestas regiões expansivas.
Surge a partir da década de 1970 o MST, hoje Movimento dos trabalhadores rurais sem terra em reação a violenta concentração fundiária. No início esse movimento era formado por acampados vindos do meio rural.
Posteriormente foram incorporados bóias-frias, operários de obras acabadas, favelados entre outros.

África do Sul



 
Mapa político da África do Sul e aspecto de Joanesburgo, a mais industrializada cidade do país.
A África do Sul um país aparentemente alegre, de cores vibrantes.O mesmo país que viveu dias tristes e sombrios com o Apartheid, que separou negros e brancos dentro do mesmo território. Mas sua população sofre com a falta de empregos, cerca de 23% da PEA está buscando colocação e como a economia do país se tornou um atrativo as populações de outros países (por exemplo o Zimbábue que é vizinho da república sul africana)que migram em busca de uma vida melhor. Os imigrantes tem sofrido com atos de xenofobia, a África do Sul é o país mais industrializado do continente Africano, rico em recursos minerais como o ouro, produtor de commodities agrícolas, chegando até a ser exportador. É um contraste do pobre continente, embora ainda não tenha atingido boas condições para seus próprios moradores.
Fotos Wikipidia

Saneamento Básico Brasileiro


Saneamento básico é uma questão primordial no mundo em que vivemos. Pesquisa mostra o grande problema que o país enfrenta nesse quesito de infra-estrutura. A reportagem foi tirada do "Folha online".

Pesquisa mostra que menos da metade da população do Brasil tem rede de esgoto
Publicidade da Folha Online da Agência Brasil
Estudo baseado em dados do Sistema Nacional de Informação sobre Saneamento do Ministério das Cidades mostra que menos da metade da população do Brasil --49,44%-- tem rede de esgoto, ou seja, acesso ao saneamento básico. Com base nos dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostragem Domiciliar) de 2007, elaborada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a pesquisa mostra que o volume de pessoas que tem saneamento é muito inferior ao da rede de água encanada (81,11%), de lixo coletado (86,79%) e de eletricidade (98,18%).
"O que os dados mostram é que a coleta de esgoto é muito pior que a coleta de lixo e o acesso às redes de água e eletricidade. E, na verdade, os níveis de tratamento [de esgoto], que são os que garantem o manejo correto dos dejetos, ainda estão muito abaixo. O problema de saneamento é um verdadeiro buraco para o Brasil, e o país não consegue resolver", afirmou o pesquisador Marcelo Néri, chefe do Centro de Políticas Sociais, vinculado ao Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da Fundação Getulio Vargas.
Segundo o pesquisador, a questão do saneamento básico deveria ser uma das prioridades em políticas públicas, já que a sua ausência traz muitos impactos negativos na vida das pessoas. "A falta de saneamento implica pior desenvolvimento humano em todas as dimensões, em particular na saúde. A falta de saneamento rouba a vida e mata crianças, principalmente de 1 a 6 anos de idade, e também gera consequências futuras para aqueles que sobrevivem às doenças do saneamento."
Néri observou o que a pesquisa mostra é que está havendo redução na altura das pessoas e que o índice de massa corporal é dois centímetros menor nas pessoas que vivem em localidades que não têm ou oferecem serviços deficientes de saneamento."A falta de saneamento inibe o desenvolvimento físico e intelectual das pessoas", disse o pesquisador.
Para o pesquisador, o problema da falta de saneamento será resolvido somente com vontade política e mobilização social. "Não é só dinheiro. Dinheiro é importante, mas, fundamentalmente, é gestão. E, para isso, a população tem de estar conscientizada. Tem de perceber que a falta de saneamento não é só o cheiro, não é só a coceira. É doença."
Entre 79 cidades brasileiras com mais de 300 mil habitantes, Franca, no interior de São Paulo, é a que oferece à população o melhor serviço de saneamento básico disponível, conforme pesquisa divulgada pelo Instituto Trata Brasil.
Segundo o estudo, as cidades brasileiras avançaram 14% nos serviços referentes a esgotos e 5% no tratamento entre os anos de 2003 e 2007, mas, para os pesquisadores, os números ainda são insuficientes.
Sete das dez cidades que apresentaram os melhores números no atendimento de saneamento para sua população ficam em São Paulo. Por ordem, as dez primeiras colocadas são Franca (SP), Uberlândia (MG), Sorocaba (SP), Santos (SP), Jundiaí (SP), Niterói (RJ), Maringá (PR), Santo André (SP), Mogi das Cruzes (SP) e Piracicaba (SP). A capital melhor colocada no ranking é Curitiba (PR), no 11º lugar. São Paulo aparece na 21ª colocação e o Rio de Janeiro, na 36ª.
Entre as cidades com piores serviços de saneamento básico, quatro estão localizadas no Estado do Rio de Janeiro: São Gonçalo, Duque de Caxias, Nova Iguaçu e São João de Meriti. Também fazem parte da lista as capitais de Rondônia (Porto Velho), do Pará (Belém) e do Amapá (Macapá) e as cidades de Cariacica, no Espírito Santo, Jaboatão dos Guararapes, em Pernambuco, e Canoas, no Rio Grande do Sul.

Indicações de Filmes para o Vestibular

Esses filmes são uma boa pedida para relaxar e ao mesmo tempo aprender um pouco mais para as provas que vem por aí, seja você um cinéfilo ou não.
1- Uma verdade inconveniente(2006). Filme de Al Gore com direção de Davis Guggenheim, em que o futuro do planeta e o aquecimento global estão em evidência. Não deve se deixar de assistir já que Gore venceu o prêmio Nobel justamente por esse trabalho junto aos cientistas do painel das mudanças climáticas.
2- Diamante de sangue(2006) - O filme com Leonardo de Caprio e Djimon Hounsou se passa no meio da guerra civíl em Serra Leoa, pior país colocado no ranking IDH global e trata também da problemática que involve a sociedade de consumo, com a compra das preciosas pedras que valem milhões de vidas em solo africano.
3-Faixa de areia (2007) Brasileiro. O filme é muito bacana e fala das diferentes regiões do Rio de Janeiro com suas praias territorializadas. Veja que o preconceito é uma coisa normal ao ser humano. O documentário pode ser assistido em streaming no Google videos. Volta e meia é exibido no canal Brasil.
4- O jardineiro fiel(2005)- De Fernando Meirelles, com quatro indicações ao Oscar. Fala da conspiração da indústria farmaceutica que utiliza milhares de cobaias no continente africano. Um belo filme.
5- Hotel Ruanda(2007)- Veja que a ONU não parece mais ter força alguma frente a qualquer força de paz que propõe coordenar. A guerra civil em Ruanda é um dos piores espetáculos de carnificína da história da humanidade e até hoje deixa enormes sequelas na população local. A briga entre Hutus e Tutsis deixou mais de um milhão de mortos. Um ótimo filme com Don Cheadle, que já sou fã desde Onze homens e um segredo. 6- Crash no limite- Até que ponto você se conhece?(2005)- Por favor, não deixe de assistir e formar a sua opinião! O filme é incontável, e a sociedade precisa saber melhor quem ela é e o que esconde por traz do preconceito e da arrogância. O onze de setembro tem muito a ver com esse filme.
7-Inimigo do Estado - Will Smith e Gene Hackman protagonizam o filme que fala das tecnologias do futuro(presente hoje)com técnicas avançadas de sensoriamento remoto e geoprocessamento. Para quem é ligado em Gadgets e tecnologia, mas sabe que o mundo virou um grande "big brother".
8- Endless summer II- Alegrias de verão- Conheça todas as praias do mundo ideais ou não para a prática do surfe. Quem disse que geografia é só trabalho?
Indico também a procura de outras pérolas como o documentário Meninas( passa sempre no canal Brasil e tem também no streaming do Google videos), O último rei da Escócia, O senhor das armas(bela atuação de Nicolas Cage, que mostra o problema das guerras africanas, o que aconteceu com as repúblicas soviéticas após o fim da guerra fria e o comércio ilegal da poderosa indústria bélica).

Presença Americana na Amazônia


A biodiversidade chama a atenção da indústria farmaceutica de todo o mundo. Um perigo para a soberania dos países da Amazônia.
Os americanos já estão se instalando na Amazônia colombiana de acordo com a imprensa local. Um caso esperado, mas curioso. O grande problema talvez seja o famingerado presidente venezuelano Hugo Chaves, inimigo declarado do Tio Sam, acusado de ter cedido armas de guerra para guerrilheiros das FARC´s que lutam contra o governo do presidente Álvaro Huribe. Acontece que os americanos conseguem com essa manobra assegurar a presença valiosa no território amazônico, de forma legal, ficando mais próximos do "laboratório do mundo vivo" e alvo de cobiça das indústrias farmaceuticas mundiais além de uma aproximação quase visual de seu desafeto político mais indesejável na América latina. A Colômbia não informou aos seus parceiros Sul americanos da instalação anglo saxônica. Vem problema por aí!

As notícias precisam ser comparadas

Sempre digo aos meus alunos que procurem por informação em diversas fontes para que não tenham um ponto de vista viciado. Exemplo: Se você só assiste jornal da Rede Globo, você terá apenas a opinião da Globo. Se assistir outros jornais em outras emissoras terá um ponto de vista diferenciado. Hoje recebí um e-mail maravilhoso de uma amiga que nos esclarece muito mais esta questão, de uma forma brilhantemente humorística.

MANEIRAS DIFERENTES DE SE CONTAR UMA MESMA HISTÓRIA
COMO A IMPRENSA TRATARIA DE NOTICIAR A HISTÓRIA OCORRIDA COM CHAPEUZINHO VERMELHO

JORNAL NACIONAL
(William Bonner): 'Boa noite. Uma menina chegou a ser devorada por um lobo na noite de ontem...'.
(Fátima Bernardes): '... mas a atuação de um caçador evitou uma tragédia'.

PROGRAMA DA HEBE
(Hebe Camargo): '... que gracinha gente. Vocês não vão acreditar, mas essa menina linda aqui foi retirada viva da barriga de um lobo, não é mesmo?'

BRASIL URGENTE
(Datena): '... onde é que a gente vai parar, cadê as autoridades? Cadê as autoridades? ! A menina ia para a casa da vovozinha a pé! Não tem transporte público! Não tem transporte público! E foi devorada viva... Um lobo, um lobo safado. Põe na tela!! Porque eu falo mesmo, não tenho medo de lobo, não tenho medo de lobo, não.'

REVISTA VEJA
Lula sabia das intenções do lobo.

REVISTA CLAUDIA
Como chegar à casa da vovozinha sem se deixar enganar pelos lobos no caminho.

REVISTA NOVA
Dez maneiras de levar um lobo à loucura na cama.

FOLHA DE SÃO PAULO
Legenda da foto: 'Chapeuzinho, à direita, aperta a mão de seu salvador'. Na matéria, box com um zoólogo explicando os hábitos dos lobos e um imenso infográfico, mostrando como Chapeuzinho foi devorada, e depois salva pelo lenhador.

O ESTADO DE SÃO PAULO
Lobo que devorou Chapeuzinho seria filiado ao PT.

O GLOBO
Petrobrás apóia ONG do lenhador, ligado ao PT, que matou um lobo pra salvar menor de idade carente.

ZERO HORA
Avó de Chapeuzinho nasceu no RS.

AGORA
Sangue e tragédia na casa da vovó.

REVISTA CARAS
Na banheira de hidromassagem, Chapeuzinho fala a CARAS: 'Até ser devorada,eu não dava valor para muitas coisas da vida. Hoje sou outra pessoa'

PLAYBOY
Veja o que só o lobo viu...

REVISTA ISTO É
Gravações revelam que lobo foi assessor de político influente.

G MAGAZINE
Lenhador mostra o machado.

SUPER INTERESSANTE
Lobo mau! Mito ou verdade ?

Objetivos da Geografia



"O estudo do espaço supõe a análise da sociedade e da natureza, não isolados, mas como parte integrante de uma totalidade a qual se organiza e relaciona configurando-se em diferentes feições (paisagens), de acordo com os diferentes tipos de sociedade em um determinado território." Castrogiovnni A. C e Goulart L.B. Uma contibuição ao ensino de geografia.
As vezes ao me identificar como professor de geografia sou logo rotulado por ser um mestre de uma ciência incômoda a maioria dos estudantes. "Puxa, eu odeio geografia", ou então " eu nunca me dei bem em geografia!", "meu professor de geografia era muito chato e reprovava todo mundo!" , mas sintetizado como o "eu não gosto mesmo de geografia, pra quê serve geografia?"
Yves Lacoste diz que "a geografia antes de mais nada serve para a guerra", o que é uma verdade. Mas Castrogiovanni e Goulart já nos dão uma perspectiva menos intimadora.
Para meus alunos digo que tudo o que eles vivem e fazem tem a ver com geografia, por exemplo, quem nunca fez compras num supermercado e notou que o preço do tomate viria de forma tão intensa de uma semana para a outra? De quem é essa "culpa"? Do governo? Do plantador? Do transporte? Do tempo?
Pessoal, isso é geografia. Ela está no centro de todas as questões que por mais que tentemos responder sempre encontraremos várias vertentes e outras questões. Fazer geografia é observar o que está ao seu redor, o seu trabalho, o seu salário, a vegetação, o ônibus atrasado, o que passa na mídia. O geógrafo tem o papel da análise, visando o entendimento do nosso mundo. Não à toa nos envolvemos nas maiores problemáticas e impasses, pois a nossa opinião tende a interpretação também das outras áreas. Enfim, fazer geografia é fazer pensar, fazer compreender os mecanismos que movem a sociedade. Uns são mais xiitas que os outros ao defenderem seus pontos de vista, mas é isso o que move essa ciência, que aprendí a amar e que ainda temos muito o quê aprender.

..A pedra...


O distraído nela tropeçou...
O bruto a usou como projétil.
O empreendedor, usando-a, construiu.
O camponês cansado da vida, dela fez assento.
Para meninos, foi brinquedo.
Drummond a poetizou.
Já, David matou Golias,
e Michelangelo extraiu-lhe a mais bela escultura...
E em todos esses casos, a diferença não esteve na pedra, mas no homem !
Não existe "pedra" no seu caminho que você não possa aproveitá-la para
o seu próprio crescimento.
Cada instante que passa é uma gota de vida que nunca mais torna a cair,
aproveite cada gota para evoluir.
Das oportunidades saiba tirar o melhor proveito,
talvez não tenhamos outra chance.


Bacana isso!

Pensamento

"A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso: cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos."
Charles Chaplin

Fusos Horários Brasileiros.

A Lei N° 11.662, de 24/04/08 modifica a quantidade de fusos horários no Brasil:
O território brasileiro está localizado a oeste do Meridiano de Greenwich (fuso zero), abrangendo o fuso -2, fuso -3, fuso -4, isto quer dizer que em virtude da sua grande extensão territorial há sob o território brasileiro (continental e oceânico) 3 fusos horários, com regiões apresentando desde 2 horas, até 4 horas de atraso em relação a Greenwich(fuso zero). Portanto todo horário sob território brasileiro é atrasado em relação a hora GMT ou UTC.
Fusos Horários no Brasil
Horas atrasadas em relação a Greenwich
3 Fusos sobre o Território Brasileiro - Abragência dos fusos
Horas atrasadas em relação a Brasília
(Fuso 2 - oeste)
- 2 horas
Compreende as ilhas de Fernando de Noronha, Trindade, Martin Vaz, Penedos de São Pedro e São Paulo e o Atol das Rocas.
+ 1 hora
(Fuso 3 - oeste)
- 3 horas
Abrange todos os estados da região Nordeste, Sudeste, Sul, além do Distrito Federal, Goiás, Tocantins, Amapá e todo o estado do Pará (de acordo com a Lei N° 11.662, de 24/04/2008.
horário oficial brasileiro
(Fuso 4 - oeste)
- 4 horas
Compreende os estados de Roraima, Rondônia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, o Amazonas e todo o estado do Acre (também de acordo com a referida lei).
- 1 hora
(fuso 5 - oeste)
- 5 horas
ATENÇÃO: De acordo com a Lei N° 11.662, de 24/04/2008 que modifica a quantidade de fusos horários no Brasil, este fuso 5 deixa de existir.
- 2 horas

Geografia da Faixa de Gaza

Muito se fala e pouco se conhece dessa terra pequena, superpovoada e cheia de problemas.
A Faixa de Gaza possui uma fronteira de 51 quilómetros com Israel e um fronteira de onze quilómetros com o Egito, perto da cidade de Rafah.
O território é plano, sendo o ponto mais alto Abu 'Awdah, com apenas 105 metros de altura.
Tem clima do tipo temperado, com verões secos e quentes (o oposto de Brasília, por exemplo). Apenas 13% do território é composto por terras aráveis.
A população da Faixa de Gaza é de 1 428 757 habitantes (2006). Cerca de 60% da população é composta por refugiados chegados nas duas vagas geradas pelas guerras de 1948-1949 e de 1967; os restantes são populações nativas. Grande parte da população habita nas cidades, das quais se destacam Gaza, Khan Yunis, Rafah e e Dayr al Balah.
A Faixa de Gaza tem uma das populações mais jovens do planeta, com 48,1% da população enquadrada na estrututura etária entre os 0 e os 14 anos. A taxa de crescimento anual da população é de 3.71% .
A maioria dos habitantes da Faixa de Gaza muçulmanos sunitas, com uma minoria cristã. A língua falada no território é o árabe, seguida do hebraico.
A economia depende de insumos de Israel, portanto é instável e cheia de problemas, além de inexpressiva. Algumas plantações de laranja e uva, ao lado de criações incipientes de ovinos e comércio aparecem na área. Ao contrário da Cisjordânia, não há pequenas indústrias e o desemprego é muito alto.


Afinal, para que serve o Horário de Verão?

Na realidade não é exatamente para economizar energia. Podem observar que, ao fim, sempre se divulga que a economia foi de 5% ou algo do tipo. São números modestos.
A grande vantagem do Horário de Verão é que ele divide os picos de consumo, diminuindo, e muito a pressão na rede distribuidora e na produção.
Exemplo: se as 18 horas estiver escuro, haverá gasto com iluminação pública e privada, as pessoas estão usando trens e metrôs, os shoppings, faculdades e casas estarão se iluminando etc... Mas se todo mundo adiantar uma hora, na realidade essas tais 18 horas vão equivaler, astronomicamente, a 17 horas. Assim, haverá gasto de energia para o metrô mas não para a iluminação pública, por exemplo, que só irá aumentar uma hora depois. A demanda fica dividida.
A 36ª edição do horário de verão brasileiro começa no próximo domingo, 18 de outubro, e se estenderá por 126 dias, até 21 de fevereiro de 2010. Na passagem de sábado para domingo, à 0h, os relógios deverão ser adiantados uma hora nos Estados das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, além do Distrito Federal. A medida vai vigorar no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
De acordo com informações do Ministério das Minas e Energia, o horário de verão é adotado sempre nesta época do ano por causa do aumento na demanda, resultado do calor e do crescimento da produção industrial às vésperas do Natal. Nesse período, os dias têm maior duração por causa da posição da terra em relação ao sol, e a luminosidade natural pode ser melhor aproveitada.
O horário de verão foi adotado pela primeira vez no Brasil em 1931, com duração de cinco meses. Até 1967 a mudança no horário ocorreu 11 vezes. Desde 1985, no entanto, a medida vem sendo adotada sem interrupções, com diferenças apenas nos Estados em que esta mudança é adotada, e no período de duração.
Nos últimos 10 anos, segundo o Ministério de Minas e Energia, a adoção do horário de verão possibilitou uma redução média de 4,7% na demanda por energia no horário de maior consumo, chamado horário de "pico", que ocorre entre 18h e 21h. Essa redução significa que as usinas deixaram de gerar, no horário mais crítico, cerca de 2.000 MW (megawatts) a cada ano, ou 65% da demanda do Rio de Janeiro, ou ainda 85% da demanda de Curitiba.
A previsão de redução da demanda para esta edição é 4,4% nas regiões Sudeste e Centro-oeste. No sul, a estimativa é de 4,5%.


Era "FHC"


Charge


Autor: Pierre Lucena

domingo, 25 de outubro de 2009

Nobel da Paz para Barack Obama é uma brincadeira ?


O Nobel da Paz para Barack Obama é uma brincadeira de mau gosto. Nada muito destoante dos condecorados anteriores, com a diferença de que o estadunidense nem precisou fingir que trabalhava para “fortalecer a diplomacia internacional e cooperação entre os povos” – primeiro porque não teve tempo e segundo porque não quis.
Ele é responsável pela sobrevivência de um campo de concentração e duas guerras injustificáveis, espalhou bases militares na América Latina e silencia perante um golpe de Estado a poucas horas de Miami.
Mas o comitê sueco quis enfraquecer o reacionarismo obtuso dos adversários do presidente. Aproveitou o grande marco histórico de sua vitória para lhe estender um salvo-conduto ainda mais duradouro e temerário que o já concedido pela provinciana imprensa mundial.
Acho que estamos em tempos de “samba do crioulo doido” como diria Stanislaw Ponte Preta, na mesma semana e que o governo americano envia mais 13 mil dos 63 mil prometidos para ir ao vietnã quer dizer Afeganistão, o homem recebe um premio da paz. Temos que dar as mãos a palmatória estes estadunidenses são bons em markenting. Acho que nossos intelectuais que bebem em mesas fartas com drinques dourados em nova yorque, amsterdã ou paris devem mesmo é cumprir seu papel de porta-vozes dos colonizadores, mas isto é antigo..

Domínos Morfoclimáticos

O Brasil é um país imenso, é dividido em regiões. Regiões são áreas ou conjuntos de estados que apresentam características entre si e diferentes de outras áreas próximas.
Em geral, as divisões regionais se baseiam nos elementos do quadro natural destacando um ou mais deles.
Os domínios morfoclimáticos: essa divisão se baseia nos diferentes tipos de relevos que são resultantes das condições climáticas atuais e do passado bem como na cobertura vegetal e nos tipos de solo.
No Brasil existem seis domínios morfoclimáticos:

1 - Domínio Amazônico: aparece no norte do País e se estende pelos Países vizinhos.
Relevo: Predominam as planícies.
Clima: Equatorial é o mais quente e o mais úmido da Terra.
Apresenta a maior bacia fluvial da Terra ocupando ¼ das terras da América do Sul. Destaca-se o rio Amazonas que é o maior do mundo.
Vegetação: Predomina a floresta equatorial Amazônica.

2 - Domínio dos Cerrados: Aparece no Brasil Central
Relevo: Chapadas e Chapadões.
Clima: Tropical com uma estação seca bem definida.
Solos ácidos.
Rios: Diminuem muito na época das secas e transbordam na época das chuvas.
Vegetação: campos que apresentam árvores finais e retorcidas com cascas grossas.

3 - Domínio da Caatinga: Aparece do sertão do Nordeste.
Relevo: Chapadas e serras.
Clima: semi-árido quente, com chuvas escassas e mal distribuídas.
Solos ricos em minerais e pobres em matérias orgânicas.
Rios temporários – predominantes.
Vegetação: arbustos espinhentos e cactos além de árvores que perdem suas folhas nas secas.
4 - Domínio dos “Mares de Morros”: aparece na fixa litorânea do Nordeste até o Sul penetrando pelo Sudeste até o Sudeste até o interior de Minas Gerais.
Relevo: Morros arredondados que resultam da alternância de períodos de secas e de chuvas com um forte processo de erosão.
Clima: Tropical quente, com uma estação seca e outra chuvosa.
Solos Férteis(massapé).
Rios muito importantes pelo grande potencial hidroelétrico.
Vegetação: Predomina a Mata Atlântica que está muito devastada. Também apresenta campos e cerrados.
5 - Domínio das Araucárias: Predomina no Sul do Brasil.
Relevo: Predomina o planalto.
Clima: Subtropical.
Solos: fértil (terra roxa)
Rios muito importantes para a navegação e para a geração de eletricidade.
Vegetação: Floresta dos Pinhais ou de Araucária a qual está muito devastada.
6 - Domínio das Pradarias aparece no sudoeste do Rio Grande do Sul.
Relevo: Planícies.
Clima: Subtropical.
Solos férteis e arenosos.
Rios de planície.
Vegetação: de gramíneas que formam imensos campos muito utilizados para a pecuária.
Faixas de Transição: São áreas localizadas entre dois ou mais domínios, apresentando características de ambos simultaneamente, ou seja, de passagem de uma região para outra. Elas misturam as condições naturais das áreas próximas. Como por exemplo: O Agreste, O Meio Norte e o Pantanal.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Desmatamentos e Desertificação

Causas do desmatamento:
A utilização dos terrenos para a agricultura;
A exploração de recursos minerais;
A extração de madeira;
A construção de hidrelétricas;
As queimadas ( incêndios propositais ou não)

Impactos ambientais (consequências) decorrentes das queimadas e dos Desmatamentos
Extinção e redução da biodiversidade;
Extermínio de indígenas;
Erosão e empobrecimento dos solos;
Assoreamento do leito dos rios;
Desertificação;
Aumento de CO2 na atmosfera resultante das queimadas;
Rebaixamento do lençol freático;
Mudanças climáticas.
Redução nos indíces pluviométricos
Aumento nas temperaturas

Causas da Desertificação:
Uso intensivo do solo para a agricultura;
Fragilidade do ecossistema;
Desmatamento;
Pecuária extensiva(pastoreio nômade);
Técnicas não apropriadas de irrigação e cultivo

Implicações da desertificação:
 Problemas sociais: fome, analfabetismo, diminuição de renda e do consumo;
Migração dos habitantes de áreas secas: pobreza humana;
Destruição da biodiversidade;
Erosão dos solos;
Redução dos recursos hídricos;
Redução de terras cultiváveis.

Entendendo o clima Brasileiro

O extenso território brasileiro, a diversidade de formas de relevo, a altitude e dinâmica das correntes e massas de ar, possibilitam uma grande diversidade de climas no Brasil. Atravessado na região norte pela Linha do Equador e ao sul pelo Trópico de Capricórnio, o Brasil está situado, na maior parte do território, nas zonas de latitudes baixas -chamadas de zona intertropical- nas quais prevalecem os climas quentes e úmidos, com temperaturas médias em torno de 20ºC.
A amplitude térmica - diferenças entre as temperaturas mínimas e máximas no decorrer do ano é baixa, em outras palavras: a variação de temperatura no território brasileiro é pequena.
Os tipos de clima do Brasil Para classificar um clima, devemos considerar a temperatura, a umidade, as massas de ar, a pressão atmosférica, correntes marítimas e ventos, entre muitas outras características. A classificação mais utilizada para os diferentes tipos de clima do Brasil assemelha-se a criada pelo estudioso Arthur Strahler, que se baseia na origem, natureza e movimentação das correntes e massas de ar.
De acordo com essa classificação, os tipos de clima do Brasil são os seguintes:
Clima Subtropical: A região de climas mais frios no Brasil corresponde à faixa territorial situada abaixo do Trópico de Capricórnio, abrangendo os estados sulistas, com exceção do norte do Paraná. O clima subtropical destas regiões apresenta temperaturas médias inferiores a 20° C, com índice pluviométrico variando entre 2.000 e 1.500 mm anuais. Tal região circunscrita a essa faixa climática apresenta os invernos mais rigorosos do país, sobretudo nas áreas de maior altitude, onde inclusive podem ocorrer nevascas. A tipologia vegetal dominante constitui a chamada floresta de araucária (zonas de altitude mais elevada) e ainda as gramíneas (zonas mais baixas, como os Pampas gaúchos e a Depressão Periférica). A mata das araucárias também sofreu grandes devastações, mas há a ocorrência de áreas de reflorestamento. Presente na região sul dos estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Caracteriza-se por verões quentes e úmidos e invernos frios e secos. Chove muito nos meses de novembro à março. Recebe influência, principalmente no inverno, das massas de ar frias vindas a Antártida.
Clima Semi-árido: O chamado clima semi-árido estende-se pelos territórios correspondentes ao sertão nordestino, incluindo o vale do Rio São Francisco, até o norte do estado de Minas Gerais. Os índices pluviométricos destas áreas são os mais baixos do país, apresentando uma média inferior a 800 mm anuais. Em contrapartida, as temperaturas médias anuais estão entre às maiores no território brasileiro, oscilando por cerca de 27° C. A vegetação correspondente a estas regiões é a caatinga, encerrando vegetais de feições retorcidas e espinhosas, com grande constância de plantas cactáceas.
Clima Equatorial: encontra-se na região da Amazônia. As temperaturas são elevadas durante quase todo o ano. Este clima prevalece na região da Floresta Amazônica, apresentando características como temperaturas médias que oscilam entre 24 e 26° C. Chuvas em grande quantidade, com índice pluviométrico acima de 2500 mm anuais (o mais alto índice referente ao regime de chuvas do território brasileiro). A vegetação da área compreendida por este tipo de clima corresponde à chamada floresta equatorial (hiléia amazônica).
Clima Tropical: O clima tropical atua nas regiões do Planalto Central, além de áreas do nordeste e do sudeste brasileiros. Este clima é caracterizado por duas estações quentes distintas por ano, apresentando temperatura média superior a 20° C. Quanto ao regime de chuvas, o índice pluviométrico anual varia entre os parâmetros de 1.000 e 1.500 mm/ano. A vegetação das áreas circunscritas a este tipo de clima é tipicamente de cerrado, apresentando arbustos de casca grossa e gramínea. Já nas áreas adjacentes aos rios, há a presença constante de matas ciliares.
Temperaturas elevadas (média anual por volta de 20°C), presença de umidade e índice de chuvas de médio a elevado.
Clima Tropical de altitude: ocorrem principalmente nas regiões serranas do Espírito Santo, Rio de Janeiro e Serra da Mantiqueira. As temperaturas médias variam de 15 a 21º C. As chuvas de verão são intensas e no inverno sofre a influência das massas de ar frias vindas pelo Oceano Atlântico.
Pode apresentar geada no inverno. Nas regiões mais altas circunscritas pelos planaltos atlântico no sudeste, e ainda nas regiões ao sul de Mato Grosso do Sul e ao norte do Paraná. Apresentando um regime de chuvas anuais cujo índice varia entre 1.000 e 1.500 mm/ano. A floresta de araucárias (Serra do Mar e Serra da Mantiqueira) e a mata tropical predominam nas regiões mais altas destas áreas descritas, enquanto nas demais regiões a mata tropical encontra-se em estado avançado de devastação.
Clima Tropical Atlântico (tropical úmido e com chuvas de inverno): presente, principalmente, nas regiões litorâneas do Sudeste e Nordeste Oriental, apresenta grande influência da umidade vinda do Oceano Atlântico. As temperaturas são elevadas no verão (podendo atingir até 40°C) e amenas no inverno. Em função da umidade trazida pelo oceano, costuma chover muito nestas áreas. No Nordeste são comuns as Chuvas Frontais de inverno. O chamado clima tropical atlântico predomina em praticamente toda a faixa litorânea brasileira, estendendo-se desde o Rio Grande do Norte até o Rio Grande do Sul. Tal clima tem por temperatura média anual uma faixa de variação entre 18° e 26°C, possuindo índice pluviométrico médio variando em torno de 1.200 mm/ano. O quadro vegetal desta área é composto pela chamada Mata Atlântica, constituindo uma das áreas vegetais que mais sofreram com a devastação: a região do estado de São Paulo, detentora de 82% da Mata Atlântica originais, se encontra atualmente reduzida a ínfimos 5%.

Curiosidades:
A ciência que estuda o clima e o tempo é o ramo da Geografia conhecido como climatologia.
As mudanças climáticas têm provado, na atualidade, o derretimento das calotas polares e a intensificação do processo de desertificação.

A Importância da agropecuária no Brasil

A produção agropecuária é uma atividade desenvolvida no espaço rural, em áreas que se encontram ocupadas pelo setor primário da economia no qual destaca-se a agricultura, a pecuária e as atividades extrativistas.
Os tipos de produções citadas têm como finalidade principal atender o mercado de alimentos e de matéria-prima. O espaço rural é caracterizado pela tranqüilidade e presença de cobertura vegetal original, animais silvestres entre outras. Resumidamente, a produção no espaço rural é composta basicamente pela agropecuária, expressão usada para designar de forma agrupada a atividade pecuária e a agricultura.
Desde muito tempo que a agropecuária desempenha um papel de grande importância no cenário da economia nacional, além disso, é uma das primeiras atividades econômicas a serem desenvolvidas no país. Outro ponto a ser destacado acerca da relevância que a agropecuária possui no Brasil é quanto à ocupação do território que teve início com a produção de cana-de-açúcar, posteriormente do café e, por fim, a pecuária, que conduziu o povoamento do interior do país.
A atividade agropecuária no Brasil representa 8% do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro e gera emprego para pelo menos 10% da população economicamente ativa do país. A produção agropecuária tem como objetivo destinar seus produtos, tais como grãos, frutas, verduras e também carne, leite, ovos dentre outros, para abastecer o mercado interno e especialmente o mercado externo. Sem contar as matérias-primas. São vários os fatores que favoreceu o acelerado crescimento desse tipo de produção no Brasil, dentre os principais estão:

Grande população com perspectivas de mercado interno, generosa oferta de áreas propícias ao desenvolvimento de tais atividades e o processo de modernização e mecanização da produção rural.
Irregularidades da superfície favoráveis à ocupação rural e a boa fertilidade em grande parte do território.
A configuração climática foi determinante para a consolidação de culturas tropicais e criação de animais, uma vez que as temperaturas são altas durante todo o ano em grande parte do território.
O Brasil, como produtor rural, ocupa o primeiro lugar no mundo em produção de café, cana-de-açúcar, laranja e de bovinos como rebanho comercial, carne processada, além de segundo e terceiro respectivamente na produção de soja (2º), milho (3º), suínos (3º) e eqüinos (3º).

Lei de Terras de 1850

Durante o século XIX, a economia mundial passou por uma série de transformações pela qual a economia mundialmente conduzida pelo comércio passou a ceder espaço para o capitalismo industrial. As grandes potências econômicas da época buscavam atingir seus interesses econômicos pressionando as demais nações para que se adequassem aos novos contornos tomados pela economia mundial. Para exemplificar tal situação podemos destacar o interesse inglês em torno do fim do tráfico negreiro.
Com relação ao uso da terra, essas transformações incidiram diretamente nas tradições que antes vinculavam a posse de terras enquanto símbolo de distinção social. O avanço da economia capitalista tinha um caráter cada vez mais mercantil, onde a terra deveria ter um uso integrado à economia, tendo seu potencial produtivo explorado ao máximo. Em conseqüência dessa nova prática econômica, percebemos que diversas nações discutiram juridicamente as funções e os direitos sobre esse bem.
No Brasil, os sesmeiros e posseiros realizavam a apropriação de terras aproveitando de brechas legais que não definiam bem o critério de posse das terras. Depois da independência, alguns projetos de lei tentaram regulamentar essa questão dando critérios mais claros sobre a questão. No entanto, somente em 1850, a chamada Lei 601 ou Lei de Terras, de 1850, apresentou novos critérios com relação aos direitos e deveres dos proprietários de terra.
Essa nova lei surgiu em um “momento oportuno”, quando o tráfico negreiro passou a ser proibido em terras brasileiras. A atividade, que representava uma grande fonte de riqueza, teria de ser substituída por uma economia onde o potencial produtivo agrícola deveria ser mais bem explorado. Ao mesmo tempo, ela também responde ao projeto de incentivo à imigração que deveria ser financiado com a dinamização da economia agrícola e regularizaria o acesso a terra frente aos novos campesinos assalariados.
Dessa maneira, ex-escravos e estrangeiros teriam que enfrentar enormes restrições para possivelmente galgarem a condição de pequeno e médio proprietário. Com essa nova lei, nenhuma nova sesmaria poderia ser concedida a um proprietário de terras ou seria reconhecida a ocupação por meio da ocupação das terras. As chamadas “terras devolutas”, que não tinham dono e não estavam sobre os cuidados do Estado, poderiam ser obtidas somente por meio da compra junto ao governo.
A partir de então, uma série de documentos forjados começaram a aparecer para garantir e ampliar a posse de terras daqueles que há muito já a possuíam. Aquele que se interessasse em, algum dia, desfrutar da condição de fazendeiro deveria dispor de grandes quantias para obter um terreno. Dessa maneira, a Lei de Terras transformou a terra em mercadoria no mesmo tempo em que garantiu a posse da mesma aos antigos latifundiários.

INDÚSTRIA E INDUSTRIALIZAÇÃO BRASILEIRA

É a atividade por meio da qual os seres humanos transformam matéria-prima em produtos semi-acabados (matéria-prima para outros produtos) ou em produtos acabados (direto para o consumidor) .É uma atividade secundária.


 Na atualidade é  um dos ramos mais dinâmicos e mais importantes da economia.


Apesar dos seus aspectos positivos, atualmente tem contribuído negativamente em alguns aspectos como:


 Degradação do meio ambiente;


 Crescente fortalecimento econômico e político das multinacionais;


 Modificações nos padrões de consumo, através da manipulação de propagandas;


Constante especialização da mão-de-obra com a divisão do trabalho nas grandes empresas modernas.


Concentração Industrial


Concentração depende basicamente da busca de uma crescente eficiência técnica e da tendência a produção a custos sempre decrescentes. As indústrias estão distribuídas de maneira desigual, pois concentram-se onde há fatores favoráveis.


Fatores Favoráveis


Devem ser entendidos como as vantagens que um determinado local pode oferecer para a instalação de uma indústria.


Como fatores temos:


Matéria prima, mão-de-obra e energia abundante e barata, mercados consumidores, infra estrutura, vias de transporte e comunicação, incentivos fiscais, legislações fiscais, tributárias e ambientais amenas.


Concentração Industrial no espaço geográfico.


Distrito Industrial: área previamente delimitada para instalação de industrias;


Parque Industrial: representa um menor número de industrias em uma determinada área;


Complexo Industrial: concentração de vários ramos industriais que polarizam uma área.


Concentração Financeira


Concentração Horizontal: investimentos de capital em ramos que não se completam. Ex: metalurgia, cimento, agropecuária e petroquímica.


Concentração Vertical: investimentos em áreas que se completam, desde as atividades primárias até o produto final. Ex: mineração, siderurgia, construção naval e aeronáutica.


Tipos de agrupamentos financeiros


Truste: empresas que dominam o mercado, combinam-se (fundem-se) para elevar o preço dos produtos aumentando a margem de lucro. Ex. General Eletric.


Holding: empresa que mantém o controle sobre outras empresas mediante a posse das ações. Ex. Petrobrás e Autolatina.


Cartel: acordo entre empresas p/ monopolizar o mercado de um determinado produto.Ex. OPEP, indústrias automobilísticas e de cimento no Brasil.


Joint-Venture: associação econômica de risco de duas empresas que geralmente podem ser de nacionalidades diferentes, porém de um mesmo setor, com o objetivo principal de expansão de mercado.


 Monopólio: mercado dominado por um grupo ou uma empresa. Ex. AmBev


Oligopólio:é quando o mercado se caracteriza por um grande número de compradores e um reduzido número de  grandes empresas dominando as vendas. Ex. as indústrias farmacêuticas e automobilísticas no Brasil.


Oligopsônio: poucas empresas de grande porte dominam a compra de determinada matéria-prima ou produto primário. Ex. a indústria de autopeças abastecendo a indústria automobilística no Brasil.


Conglomerados: empresas que atuam em diferentes setores e ramos pertencem à mesma holding; com objetivo de monopolizar a produção e comercialização de produtos industrializados e serviços. Ex. General Motors.


 Just-in-time: produção apenas-a-tempo, ou seja, a peça certa no lugar certo, no momento certo. Toyotismo.


Dumping: venda de produtos abaixo do preço de mercado, com a finalidade de eliminar seus concorrentes ou ganhar fatia de mercado;


Tipos de indústria quanto ao fator histórico


Indústrias Clássicas: existente nos países desenvolvidos, início séc. XVIII; teve origem com a Revolução industrial.


 Indústrias Planificadas: existiu nos ex-países socialistas, séc. XX;


 Indústria Tardia: surgiu nos países subdesenvolvidos, após a 2ª GM.


Tipo de indústria quanto à evolução


 Manual ou doméstica: praticada pela família e que sua produção destina-se ao próprio grupo.


Artesanal: sua base é familiar, mais o produto é comercializado para subsistência. Ex. joalheria.


Fabril, manufatureira ou de transformação: é a indústria moderna, com divisão do trabalho, produção em série, mão-de-obra especializada e mecanização.


Tipos de indústrias quanto ao acabamento


De base: Produz bens que servirão de matéria-prima para outras indústrias.Ex. ind. Metalúrgica, química.


De derivados: tem como matéria prima bens já beneficiados ou semiacabados.Ex.  Ind. de confecções que tem como base a ind. Têxtil.


Tipos de indústrias quanto à matéria –prima e à energia.


Pesada: são indústrias que consomem grande quantidade de matéria-prima e energia. Ex. siderúrgicas e metalúrgicas.


Leve: consomem pequenas quantidades de matéria-prima e energia. Ex. têxtil, farmacêutica e alimentícia.


Tipos de indústrias quanto à tecnologia


Tradicional: Indústria pouco automatizada, que emprega muita mão-de-obra.


 Moderna: com grande automação e com alto índice de racionalização de mão-de-obra.


Tipos de indústrias quanto ao destino do produto


De bens não-duráveis:  produz bens de consumo rápido, como exemplo: alimentícias, cigarros, bebidas, confecções.


 De bens duráveis: produz bens com durabilidade, como exemplo: automobilística.


De bens de capital: são indústrias intermediárias, utilizam os bens de produção para criarem equipamentos e máquinas para outras indústrias, como exemplo: ind. de aço usada para fabricar um torno mecânico.( É a base econômica dos países industrializados).


Fordismo:


O Fordismo é um modelo de Produção em massa que revolucionou a indústria automobilística na primeira metade do século XX.


Princípio de que uma empresa deveria produzir mais em tempo menor.


Características:


Divisão e hierarquização do trabalho – cada operário realiza apenas um etapa;


Os trabalhadores não precisam ser bem qualificados;


Produção em série – mesma padronização do produto;


O trabalhador realiza tarefas específicas, simples e repetitivas.


Obs. Taylor sistematizou o processo: a separação entre trabalho intelectual e manual. (Taylorismo)


Toyotismo:


O Toyotismo é um modo de organização da produção capitalista originário do Japão, resultante da conjuntura desfavorável do país.


Princípio da flexibilização da produção.


Características:


Utiliza máquinas de ajustes flexíveis;


Permite reduzir custos e foge do modelo de padronização rígida e massificada (just-in-time);


Redução de estoques (só o suficiente para produzir);


Desconcentração espacial da produção;


Inovações tecnológicas, organizacionais e gestão.

Taylorismo

Frederick Taylor (1856-1915) concebeu o que se denominaria o “taylorismo”, que se caracteriza por:
- aplicação de métodos científicos para obter uniformidade na produção e reduzir custos;
- planejamento das etapas de trabalho (metodologia para o trabalho), visando ao aumento da produção;
- treinamento de trabalhadores para produzir mais e com mais qualidade;
- especialização do trabalho (o trabalho deve ser realizado tendo em vista uma seqüência e um tempo pré-determinados para que não haja desperdício operacional);
- inserção de supervisão funcional e do planejamento de cargos e tarefas (todas as fases do trabalho devem ser acompanhadas, o que aumenta o controle sobre a atividade e o tempo de trabalho do operário).
- a presença das máquinas e a necessidade do trabalhador de acompanhar seu ritmo para que se alcance o maior índice de produtividade provoca uma sujeição do homem à máquina, sujeição marcada pela repetição reflexa dos movimentos e pelo aparecimento de novas enfermidades ligadas ao espaço de trabalho.





Industrialização Brasileira


Cronologicamente, a história da indústria no Brasil divide-se em quatro fases:


1ª Fase: 1500 a 1808 – Proibição


2ª Fase: 1808 a 1930 – Implantação


3ª Fase: 1931 a 1955 – Revolução industrial brasileira.


4ª Fase: 1956 a 1990 - Internacionalização



1ª Fase: 1500 a 1808


Conhecida como fase da proibição.


Durante o período colonial, Portugal impôs inúmeras restrições à implantação de atividades transformadoras no Brasil Nesse período instalaram-se pequenas indústrias domésticas (fiação, calçados, vasilhames).


Em 1785 D. Maria I proíbe a indústria têxtil no Brasil o que acarreta o surgimento da agroindústria açucareira.


2ª Fase: 1808 a 1930


Conhecida como a fase da implantação.


Em 1808 com a vinda da família real para o Brasil, e a abertura de portos foram revogadas as proibições relativas as atividades industriais, porém  outros obstáculos  impediam o desenvolvimento industrial, como a escravidão que acabava impedindo o consumo interno, taxação de impostos a mercadorias estrangeiras. Só a partir de 1950 o Brasil passa a praticar atividades industriais. Entre 1914 a 1918 ( Primeira Guerra Mundial), ocorre uma maior disponibilidade de capitais e consequentemente um maior investimento na área industrial.







3ª Fase: 1931 a 1955


Fase da Revolução Industrial Brasileira.


A década de 30 marca passagem decisiva na história da indústria brasileira.


Com a Crise da Bolsa em 1929, ocorre a substituição da importação de produtos não-duráveis pela produção nacional.


O governo de Getúlio adota uma política industrializante, restringindo importações e incentivando investimentos em indústrias de base.


    Ocorre  nesse período a substituição da mão-de-obra estrangeira pela nacional, devido ao grande êxodo rural ocasionado pela crise do café.


Nesse período é criada a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), a Companhia Vale do Rio Doce, a COSIPA, USIMINAS, BNDE, Chesf, CEMIG, CESP, Eletrobrás, Petrobras.


4ª Fase: 1956 - 1990


 Conhecida como fase da internacionalização.


Com a consolidação dos setores de energia, transportes, alimentação, educação e indústria do governo JK, e com o Plano de Metas, com a finalidade de acelerar o crescimento econômico do Brasil, foram implantados estabelecimentos industriais de grande porte. Isso só foi possível através da abertura de fronteiras à livre penetração de capitais estrangeiros.


Houve grandes incentivos para a implantação da indústria automobilística, farmacêutica, siderurgia, química, construção naval.


Indústrias nas regiões do Brasil


Sudeste:  Principal polo industrial, o Estado de São Paulo desenvolveu-se a partir do maior polo industrial do país.


Composta por quatro eixos :


1º eixo : Anchieta - Imigrantes- do ABCD Paulista até a Baixada Santista.


2º Eixo:ao longo da Via Dutra, ligando a Grande São Paulo ao Grande Rio.


3º Eixo: Via Anhanguera – Bandeirantes, vai até Campinas.


4º Eixo: Via Castelo Branco


Sul: Segunda região mais industrializada do país. Região voltada para a indústria têxtil, vinícolas, artefatos de couros e calçados.


Nordeste: Essa região apresenta graves problemas sociais e econômicos, porém Recife, Salvador e Fortaleza, atraem investimentos nas áreas industriais, principalmente devido aos incentivos dados para tais implantações.


Norte e Centro-Oeste: Não possuem participação marcante na indústria nacional, apresentam economias de base primárias, com extrativismo e agropecuária.


No norte a indústria limita-se a extração mineral e à Zona Franca de Manaus e na Centro-Oeste a indústria limita-se a bens não-duráveis.